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INFLUÊNCIA DO SOLO E TOPOGRAFIA SOBRE AS VARIAÇÕES DA COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA NO PARQUE ECOLÓGICO SEBASTIÃO CAMARGO

Por:   •  5/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.071 Palavras (13 Páginas)  •  445 Visualizações

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INFLUÊNCIA DO SOLO E TOPOGRAFIA SOBRE AS VARIAÇÕES DA COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA NO PARQUE ECOLÓGICO SEBASTIÃO CAMARGO

Matheus da Costa Gondim¹, Denise Garcia Martins¹, Antônia Sandra Oliveira da Silva¹

¹Graduandos do Curso de Engenharia Florestal, da Universidade Federal do Pará-UFPA, Campus Tucuruí.

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RESUMO

A importância do estudo da relação dos solos e vegetação para a definição e conservação desses ambientes é ressaltada para caracterização física, química, morfológica e mineralógica dos solos, visando compreender os processos relacionados à sua gênese. O presente estudo objetivou caracterizar a composição e estrutura florística de um fragmento de florestal do Parque Ecológico Sebastião Camargo localizado no município de Tucuruí – Pará, correlacionando relevo e solo através de uma topossequência. Nesse contexto, foram mensurados os indivíduos com circunferência e altura do peito 1,30 m (CAP) > 32 cm, dentro de 19 subparcelas de 10 x 25 m. As amostras de solos foram coletadas num transecto medindo 150 metros, sendo as amostras coletadas nos pontos ( P1, P2, P3, P4) que distanciaram-se de 40 em 40 metros sendo a ultima em 30 metros retirada nas profundidades 0 a20, 20 a 40, 40 a 60 e 60 a 80 cm. Observou-se que nas parcelas próximas a um igapó, as árvores possuem menor porte, e nas subparcelas com menor inclinação houve a predominância de indivíduos com fuste do tipo reto e de médio porte. Além disso, notou-se a preponderância de indivíduos arbustivos com CAP insuficiente fora das subparcelas, logo não se procedeu à coleta de dados dendrológicos dos mesmos.  Para os pontos coletados houve mudança no parâmetro cor (Brown e Yellow) e textura (argilo-arenoso e franco argiloso) e a vegetação segue padrões onde o relevo é acidentado.

PALAVRAS-CHAVE: Mineralogia, Topossenquência, Vegetação.

INTRODUÇÃO

Os solos encontrados na paisagem retratam sua história, desde o exordial instante de sua gênese até o presente, como resultado da atuação de cinco fatores: material de origem, clima, relevo, tempo e organismo; e quatro processos: adição, remoção, translocação e transformação. Fenômenos físicos e químicos extremos atuam no material de origem, ocasionando progressivas transformações e determinando as características morfológicas, físicas, químicas e mineralógicas dos solos formados (MORAES, 2015).

Em estudo realizado por Meireles et al. (2012) demonstrou-se que os solos oriundos de mesmo material de origem, apresentaram atributos físicos e químicos com comportamento dependente das formas do relevo. Tal heterogeneidade ambiental faz com que cada local tenha algumas características próprias, influenciando na estrutura das florestas (FAGUNDES et al., 2007).

A topografia do terreno desempenha enorme controle sobre os processos hidrológicos superficiais e sobre os ecossistemas, influenciando a radiação solar, precipitação, escoamento superficial, evaporação, regime de umidade do solo e tipo de vegetação. As condições de energia e fluxo de massa intervêm sobre os tipos de vegetação e sua sucessão e estes fluxos são afetados pela topografia através da influência combinada da elevação, declividade, orientação e rugosidade do terreno. Os padrões topográficos definam a exposição de uma paisagem, condicionando assim, seu microclima (CHAGAS et al., 2013).

Segundo Campos (2009), a relevância da vegetação é retrato do momento topográfico e do recurso natural solo, pois à medida que ocorre elevação do terreno, altera-se a fisionomia. A paisagem é a imagem da ação marcada dos fatores de formação, tais como o relevo, material de origem, o clima, ao longo do tempo.

 A respeito da importância do estudo dos solos e relevo para a definição e conservação desses ambientes, ressalta-se a realização de estudos para caracterização física, química, morfológica e mineralógica dos solos, visando compreender os processos relacionados à sua gênese. Segundo Sousa (2010), essas informações constituirão a base dos conhecimentos para subsidiar o emprego de técnicas para o uso e manejo sustentável desses solos, além de integrar uma base de dados que poderá auxiliar futuros planos de recuperação de áreas degradadas.

Costa (2009), afirma que alterações nas propriedades físicas e químicas do solo podem levar à perda de sua qualidade e da capacidade dele de sustentar a produtividade biológica, manter a qualidade ambiental e promover a sanidade vegetal e animal.

Spanner (2014) aponta o estudo do solo, em relação a suas características de cor e textura, como sendo base para o planejamento de seu uso em atividades de recuperação de áreas degradadas, plantios comerciais e florestais. O autor relata ainda, que pesquisas envolvendo o relevo e a vegetação quando somados são de grande relevância para o entendimento da dinâmica e da formação da Floresta Amazônica.

Pode-se dizer que a cor do solo corresponde a um atributo que exerce referência obrigatória para a descrição morfológica dos perfis e estudos de solos desde o advento da pedologia, sendo comum a utilização de termos referentes a cores em vários sistemas de classificação de solos (BARRÓN et al., 2000). A textura é a propriedade física do solo que menos sofre alteração ao longo do tempo, constituindo uma característica de grande importância na descrição do solo (POVESAN, 2010).

Apesar de sua importância, raras são as referências sobre o ordenamento e a idiossincrasia dos solos e suas relações com a disposição do relevo na região amazônica (CAMPOS et al., 2011).

Considerando o exposto, este trabalho objetivou avaliar os atributos morfológicos de acordo com a variação de altitude equiparando-os com vários aspectos dendrológicos encontrados.

MATERIAIS E MÉTODOS

O estudo foi desenvolvido no Parque Ecológico Sebastião Camargo, localizado no município de Tucuruí, a 1,5 km do perímetro urbano da cidade e próximo às instalações da UHE- Tucuruí. O Parque possui aproximadamente 400 hectares de área verde e objetiva a preservação de espécies da fauna e flora da região. Situado sob a coordenada S 3°47’24.68” e W 49°39’27.54”, possui uma floresta caracterizada como secundária.

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