O Custeio Variavel

3.1 – Custeio Variável

O problema de alocação dos custos fixos na definição do custo do produto ou serviço reside em dois fatores:

1. Os Custos Fixos independem da quantidade de produtos produzidos;

2. Os Custos Fixos são apropriados ao custo dos produtos por processos arbitrários ou subjetivos de distribuição, por meio de critérios de rateio.

Exemplo ilustrativo:

A empresa Viamar Ltda. possui os seguintes custos para produção de um único produto:

• Matéria-prima = $ 70/unidade

• MOD = $ 30/unidade

• Depreciação dos equipamentos = $ 10.000,00/mês.

• Aluguel da Fábrica = $ 5.000,00/mês

Cenário 1: Houve apenas a produção de uma unidade de produto em fevereiro como teste da fábrica antes de início das operações.

Cenário 2: Houve a produção de 100 unidades do produto em março, qual o custo unitário do produto no período?

Cenário 3: Houve a produção de 1.000 unidades em Abril, qual o custo unitário do produto no período?

Cenário

1

2

3

Produção

1

100

1.000

Matéria-prima

70

7.000

70.000

MOD

30

3.000

30.000

Depreciação

10.000,00

10.000,00

10.000,00

Aluguel da Fábrica

5.000,00

5.000,00

5.000,00

Custo Total

15.100

25.000

115.000

Custo Unitário

15.100

250

115

• Perceba como o custo fixo tem seu grau de impacto conforme o volume produção. Tal variação de custo unitário dificulta nas decisões de planejamento de produção, preço e resultados.

• Portanto, para decisões gerenciais referentes a custo unitário de produtos, as empresas costumam utilizar-se do CUSTEIO VARIÁVEL, ou seja, avaliando apenas os custos variáveis.

Custeio Variável, também denominado custeio gerencial e custeio por contribuição, é aquele no qual só os

custos variáveis são alocados aos produtos.

Os custos fixos ficam separados e não são apropriados aos produtos, indo imediatamente para o resultado.

Para os estoques só vão, como consequência, custos variáveis.

Do ponto de vista decisorial, o Custo Variável tem condições de propiciar informações úteis gerencialmente,

no entanto, os Princípios Contábeis aceitos atualmente não admitem o uso para Demonstrações de

Resultados e de Balanços, pois o Custeio Variável fere o Regime de Competência e a Confrontação de

Receita e Despesas/Custos.

3.2 - Margem de Contribuição

A Margem de Contribuição é definida como diferença entre Receita e soma de Custo e Despesa Variáveis.

Tem a faculdade de tornar mais visível a potencialidade de cada produto, mostrando como cada um contribui

para, primeiramente, amortizar os gastos fixos, e, depois, formar o lucro.

Margem de Contribuição por Unidade é a diferença entre o preço de venda e o custo e despesa variável

de cada produto.

• Exemplo Ilustrativo: determinada empresa fabrica os seguintes produtos:

Cada unidade do produto L contribui com $770, isso não significa lucro, já que faltam alocar os custos fixos.

Os $ 770 representam a MARGEM DE CONTRIBUÇÃO UNITÁRIA.

Análise - a informação dada pela Margem de Contribuição Unitária mostra que o produto a qual mais contribui

por unidade para a empresa é o M, seguido pelo N e, finalmente, pelo L. Portanto, se existe um produto

que a empresa deve incentivar a produção e venda é o produto M, que tem a MAIOR margem de

contribuição por unidade.

(=) LUCRO OPERACIONAL

(-) CUSTOS FIXOS DO PERÍODO

(-) DESPESAS FIXAS

(=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

(-) CUSTOS VARIÁVEIS DOS PRODUTOS VENDIDOS

(-) DESPESAS VARIÁVEIS

RECEITA

CUSTOS DOS RECURSOS

(contas contábeis: materiais,

salários, encargos, energia,

depreciação)

CUSTOS FIXOS

(supervisão, aluguel, materiais

auxiliares, energia, depreciação)

CUSTOS VARIÁVEIS

(materiais diretos, mão-deobra

direta)

Valores por

unidade de

produto

Custo Direto

Variável