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O Gerenciamento de Resultados

Por:   •  23/3/2021  •  Trabalho acadêmico  •  735 Palavras (3 Páginas)  •  141 Visualizações

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Em nome do artigo, os autores Antonio Carlos Coelho e Iran Siqueira Lima chamam a atenção para a questão do Gerenciamento de resultados contábeis no Brasil, verificando o gerenciamento de resultados em companhias de capital aberto, e verificando se há diferenças nos graus de gerenciamento entre elas e as companhias de capital fechado.

O artigo é mais expositivo do que analítico, utilizando metodologias diversas, essas metodologias convergem para explicar o uso econômico das apropriações contábeis, seja pela motivação de uso oportunista, seja pelo incentivo ao emprego dos ajustes com a redução de desigualdade informacional. Admite-se essencialmente que a atividade econômica de fora define o desempenho das firmas, cabendo ao método contábil de autorizar os gestores e os controladores façam por opção por quais informações oferecer aos públicos interesse da firma.

Nessa decisão haverá necessidades de avaliação dos benefícios e custos econômicos que possui associação a cada alternativa, conforme as características institucionais do ambiente contratual do momento histórico em que a decisão está ocorrendo, considerando a maximização de utilidade das pessoas envolvidas.

Em suas páginas, os autores se concentram em realizar testes que captem o grau de gerenciamento de resultados realizados pelos gestores das sociedades por ação brasileiras (separadas em companhias de capital aberto e de capital fechado). O grau de gerenciamento de resultados dessas firmas foi mensurado por meio do modelo de Jones modificado (modelo 2 – DECHOW, SLOAN E SWEENEY, 1995) e do modelo 3 que segmenta funções econômicas inclusas nas apropriações da contabilidade, ajustado por Ball e Shivakumar (2006) para afastar os efeitos de apropriações contábeis naturais de antecipação assimétrica de perdas econômicas.

As equações foram processadas de forma separada para companhias abertas e companhias fechadas, uma vez que a análise de suas diferenças são por meio de variáveis binárias que consome muitos graus de liberdade, dada a quantidade de variáveis a serem consideradas na construção.

Em seguida foi aplicado o modelo de avaliação do oportunismo de gestores (BALL e SHIVAKUMAR, 2005), que explora as correlações entre fluxos de caixa e lucros desatualizados cujos coeficientes estão separados para companhias fechadas e companhias abertas.

Como se observa, os modelos utilizados no artigo aplicam apenas variáveis contábeis, uma vez que as companhias fechadas, objeto dominante do estudo, não dispõem de outros dados públicos que não os contábeis, já as companhias abertas, claramente, podem ser avaliadas por meios de modelos que usem informações públicas. A análise foi feita para o período de 1995 a 2004, sendo necessário considerar dois anos a menos, dada a característica atrasada de cálculo de alguns dos dados. Além do mais, o processo das séries mais longas (1991 a 2004) não acrescenta maior significado aos modelos, mesmo considerando a mudança estrutural que se iniciou em 1994, com o Plano Real, na economia do país.

Contudo, o artigo carece de dados, pois a análise de gerenciamentos de resultados por meio de apropriações discricionárias careça de critérios setoriais e temporais de comparação ou da seleção de variáveis que possam ser responsáveis do fenômeno.

Em virtude disso, os autores acabam concluindo que a questão a respeito da existência de gerenciamento de resultados no Brasil, já foi detectada em pesquisas anteriores, mas agora é percebida no modelo de sociedades de ação no Brasil. Esse artigo tem questões orientadas após os testes realizados pelo modelo de apropriações ilimitadas, pela não rejeição, estatisticamente de que os gestores das sociedades por ação brasileiras praticam o gerenciamento de resultados, com a ressalva de que o comportamento é similar nos segmentos de companhias de capital aberto e capital fechado. Portanto, atribui-se a tal resultado a ocorrência de que o ambiente de negócios no mercado de capital no Brasil não tenha condições de procura por informações contábeis públicas que instiguem os gestores de companhias de capital aberto a elaborar relatórios contábeis com maior eficácia de informações que as empresas de capital fechado.

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