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O Método Hipotético Dedutivo

Por:   •  27/9/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.721 Palavras (7 Páginas)  •  280 Visualizações

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Método hipotético-dedutivo

1 conceito

O método hipotético-dedutivo nada mais e do que um método cientifico, que se inicia com um problema acerca de um conhecimento cientifico, em que o autor deve formular hipóteses através de um processo de inferência dedutiva, o qual irá testar o prognóstico da ocorrência dos fenômenos abarcados na referida hipótese.

De acordo com Soares (2003, p.39): “os estudos hipotético-dedutivos: na construção de conjecturas, as quais deveriam ser submetidas a testes, os mais diversos, à crítica intersubjetiva e ao controle mútuo pela discussão crítica, à publicidade crítica e ao confronto com os fatos, para ver quais as hipóteses que sobrevivem como mais aptas na luta pela vida, resistindo às tentativas de refutação e falseamento.”

Aplicando o método hipotético-dedutivo as contabilidades têm que o profissional contábil deve formular hipóteses, ou seja, criar argumentos válidos o qual serão testados de acordo com as informações disponíveis; tais argumentos podem ser informações gerencias projeções de balanços, comparabilidade com entidades do mesmo setor de atuação, dentre outros.

2 Etapas do Método Hipotético-Dedutivo Segundo Popper

  • Problema, que surge, em geral, de conflitos ante as expectativas e teorias existentes.
  • Conjectura (nova teoria); dedução de consequências na forma de proposições passíveis de teste.
  • Falseamento: tentativas de refutação, entre outros meios, pela observação e experimentação.

 Se a hipótese não supera os testes, estará falseada, refutada, e exige nova reformulação do problema e da hipótese, que, se superar os testes rigorosos, estará corroborada, confirmada provisoriamente, não definitivamente como querem os indutivistas (POPPER,2013).

Esquema da proposição de Popper:

[pic 1]

3 Etapas do Método Hipotético-Dedutivo Segundo Bunge

a)Colocação  do problema

  • Reconhecimento dos Fatos: exame, classificação preliminar e seleção dos fatos que, com maior probabilidade, são relevantes no que respeita a algum aspecto;
  • Descoberta do Problema: encontro de lacunas ou incoerências no saber existente;
  • Formulação do Problema: colocação de uma questão que tenha alguma probabilidade de ser correta; em outras palavras, redução do problema a um núcleo significativo, com probabilidades de ser solucionado e de apresentar-se frutífero, com o auxílio do conhecimento disponível.

b) Construção de um modelo teórico

  • Seleção dos fatores pertinentes: invenção de suposições plausíveis que se relacionem a variáveis supostamente pertinentes;
  • Invenção das hipóteses centrais e das suposições auxiliares: proposta de um conjunto de suposições que sejam concernentes a supostos nexos entre as variáveis (por exemplo, enunciado de leis que se espera possam amoldar-se aos fatos ou fenômenos observados).

c) Dedução de Consequências Particulares

  • Procura de Suportes Racionais: dedução de conseqüências particulares que, no mesmo campo, ou campos contíguos, possam ter sido verificadas;
  • Procura de Suportes Empíricos: tendo em vista as verificações disponíveis ou concebíveis, elaboração de predições ou retrodições, tendo por base o modelo teórico e dados empíricos.

d) Teste das Hipóteses

  • Esboço da Prova: planejamento dos meios para pôr à prova as predições e retrodições; determinação tanto das observações, medições, experimentos quanto das demais operações instrumentais;
  • Execução da Prova: realização das operações planejadas e nova coleta de dados;
  • Elaboração dos Dados: procedimentos de classificação, análise, redução e outros, referentes aos dados empíricos coletados;
  • Inferência da Conclusão: à luz do modelo teórico, interpretação dos dados já elaborados;

e) Adição ou Introdução das Conclusões na Teoria

  • Comparação das Conclusões com as Predições e Retrodições: contraste dos resultados da prova com as conseqüências deduzidas do modelo teórico, precisando o grau em que este pode, agora, ser considerado confinado ou não (inferência provável);
  • Reajuste do Modelo: caso necessário, eventual correção ou reajuste do modelo;
  • Sugestão para Trabalhos Posteriores: caso o modelo não tenha sido confirmado, procura dos erros ou na teoria ou nos procedimentos empíricos; caso contrário - confirmação -, exame de possíveis extensões ou desdobramentos, inclusive em outras áreas do saber.

4 Exemplo de Método Hipotético-Dedutivo

Estudando um ambiente, o pesquisador acha (hipótese) que a causa da mortalidade dos peixes de um lago seja devido à presença de determinada planta aquática. Desta forma, solicita que  as plantas sejam removidas do lago. Se a hipótese do pesquisador for justa, a mortalidade dos peixes vai diminuir, se ela não diminuir, é porque a hipótese é falsa ou insuficiente para chegar a uma conclusão.

Estudo de caso

1 Conceito

O estudo de caso é uma metodologia cientifica que visa coletar e analisar informações sobre determinado individuo, uma família, um grupo ou uma comunidade a fim de estudar aspectos variados de sua vida, trata-se de um tipo de pesquisa qualitativa e/ou quantitativa que pode ser objeto de estudo, como também de investigação.

É um tipo de estudo que se concentra a um caso particular, considerado representativo de um conjunto de casos análogos, por ele representados. A coleta de dados e sua analise ocorrem da mesma forma que nas pesquisas de campo, em geral, de acordo com (SEVERINO, 2016) os dados devem ser coletados e registrados com o necessário rigor e seguindo todos os procedimentos da pesquisa de campo, devem ser trabalhados, mediante analise rigorosa e apresentados em relatórios qualificados.

O estudo de caso é um tipo de pesquisa caracterizada pelo estudo aprofundado e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento. É dotado na investigação de fenômenos das mais diversas áreas do conhecimento. (LEÃO, 2017).

A metodologia é usada com frequencia em pesquisas na área de administração, mas nas demais áreas é pouco compreendida e bastante criticada. Uma das principais críticas é a impossibilidade de, a partir da análise de um ou de poucos casos, estabelecer generalizações. Outra crítica importante é a falta de rigor científico, já que o pesquisador está sujeito a aceitar evidências equivocadas ou visões tendenciosas que podem influenciar suas conclusões (Flybjerg, 2006; Thomas, 2010).

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