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Resenha sobre mercado financeiro

Por:   •  19/4/2015  •  Resenha  •  2.715 Palavras (11 Páginas)  •  2.579 Visualizações

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No Livro Mercado Financeiro, o autor Eduardo Forturna, faz um breve retrospectiva Histórica do Mercado Financeiro, onde o autor faz um link do banco tradicional, da fase intermediária até os bancos atuais. Neste contexto, Fortuna descreve o Banco Tradicional sendo trazido ao Brasil pelo Império, o modelo Europeu, onde existiam basicamente os serviços de depósitos e empréstimos. Estes bancos tinham características nobres e seus gerentes operacionais ficavam nos fundos dos bancos, com portas muito bem trancadas, onde poucos tinham acesso.

Esse modelo foi até a metade do século XX segundo Fortuna, pois após o progresso e as consequências do pós-guerra, começaram a aparecer as primeiras mudanças, onde a partir dos anos 50, solidificaram as posições brasileiras, com maiores quantidades de unidades bancárias, sendo ao todo 500 na ocasião. Essa é a chamada Fase intermediária, que de forma mais organizada, em 1945, cria-se a Sumoc (Superintendência da Moeda e do Crédito), com a intenção de substituir a forma errada de fiscalização dos bancos, afim de controlar de forma mais eficaz o mercado monetário. Com isso, inúmeros bancos encerraram suas atividades e outros desapareceram com fusões e incorporações.

Com a reforma bancária e do Mercado de Capitais, em 1964 e 1965, respectivamente, surge a necessidade de uma evolução do modelo Europeu, ou então da adoção do modelo americano, onde as instituições financeiras deixam de ser as principais peças do Sistema Financeiro. Para tanto, os bancos ficariam com o segmento de capital de giro e outras operações, existindo as empresas de crédito, financiamento, investimento, em 1959. Em 1965 criam-se os bancos de investimento e em 1969, as Associações de poupança e empréstimo. Onde desde 1951 e 1952, já operavam o Banco Nacional de Crédito Cooperativo e o BNDES, respectivamente.

De acordo com Fortuna, foi criado o Banco BNH em 1964, mas este foi extinto e absorvido pela Caixa Econômica Federal. Após, apareceram outros bancos como o Banco do Brasil, da Amazônia e do Nordeste.

O resultado dessas mudanças foi a criação do Conselho Monetário Nacional e o Banco Central do Brasil e posteriormente a incorporação da Comissão de Valores Mobiliários, em 1976. Após o acordo da Basiléia, um processo de privatização e fusão de instituições bancárias, o Brasil começa a evoluir a partir do início do século XXI, iniciando uma revolução nos métodos bancários.

Com a implantação do Plano Real e o fim dos ganhos fáceis, onde as aplicações financeiras chegavam a ter ganhos de 80%, com uma margem dessas, quem iria querer investir no crescimento do Brasil, quem investiria nas próprias empresas, criando empregos e aumento da economia? Para que ter trabalho, se o ganho era quase de 100% sem precisar fazer nada, era só investir, sentar e esperar. Nessa época, com a inflação desenfreada, os bancos tinham que buscar outras alternativas para captação de receitas.

Fortuna explica que com a queda da inflação elevada, foi feita uma nova reestruturação, obrigando os bancos para ganhar o mercado, mudar a forma de atendimento e aumentar a oferta de produtos e serviços, aliando-se também à tecnologia. De lá pra cá, cada vez mais as prestações de serviços e vendas de produtos vem sendo a maior fonte de receitas. Em 2002 os bancos, no Brasil, tiveram 40% de receita com empréstimos, enquanto com operações com papéis públicos, apenas 32% do faturamento. Com isso, alguns bancos já conseguiam custear todo o gasto com pessoal em 100% somente com os ganhos de serviços.

Segundo Bruni, os Mercados Financeiros são caracterizados pela transferência de recursos entre agentes que possuem recursos em excesso  que querem receber uma remuneração  e agentes que necessitam desses recursos e aceitam pagar por isso, ou seja, pessoas com necessitam suprir suas necessidades se sujeitam a pagar por juros até muita das vezes não tão baixos para obterem esses recursos.

Bruni coloca em seu livro a diferença entre poupar e investir. Segundo ele, poupar é um ato de abstenção, pois o indivíduo abre mão de consumir uma parcela de sua renda, a troco da expectativa de se poder consumir mais, uma vez que quando se poupa a renda aumentará no futuro, aumentando seu padrão de vida e outros por causa da sensação de segurança, pensando no futuro da família, para que esta não fique desamparada.

No caso do investimento, segundo o autor, é a aplcação de um dinheiro em um negócio lucrativo, como a compra de um imóvel, compra de ações, etc... Sendo uma aplicação de recursos, próprios ou de terceiros, para o aumento do estoque de bens produtivos, se diferenciando do ato de consumir em apenas um grau, pois consumir é pagar por uma satisfação presente e o investimento nada mais é do que o pagamento por uma satisfação futura, tornando-se uma aplicação organizada, planejada, mas muitas vezes de risco.

Para Bruni, existem 3 fatores que afetam as decisões de poupar, pois para isso faz-se necessário que o indíviduo tenha o desejo de poupar, seja capaz e tenha a oportunidade de poupar.

Falando sobre a poupança e as Instituições Financeiras, o autor coloca que é do interesse do investidor e da instituição, pois esta última se valerá desse recurso para investir e captar outros clientes. É neste ato que nasce a necessidade de se criar um sistema financeiro, afim de se conectar usuário e poupador, sendo esse o principio de uma intermediação financeira.

Diante disso, o intermediário financeiro capta recursos de milhares de pequenos investidores em pequenos montantes que se tornam em grandes empréstimos, ou seja, são dos pequenos investimentos que as instituições financeiras conseguem reverter esses recursos em grandes investimentos e grandes retornos. O pequeno investidor nem imagina o quanto ele é importante para as Instituições Financeiras e não somente aqueles que investem grandes valores de uma só vez.

Na segmentação dos Mercados Financeiros, Bruni destaca que em qualquer sistema econômico, o papel do sistema monetário e de capitais consiste em permitir a transferência de recursos poupados, formando, respectivamente, o lado da oferta e da procura, onde a primeira é suprida pela necessidade da segunda e vice e versa.

Bruni especifica os divesos tipos de Mercados, sendo eles: O mercado de crédito, onde são efetuados os financiamentos a curto e médio prazo; o Mercado de Capitais, onde são efetuados os financiamentos do capital de giro e fixo das empresas; Mercado de Câmbio, onde são efetuadas transações com títulos de prazos médios e longo indeterminado; o Mercado Monetário, onde se realizam as operações de curto e curtíssimo prazos, onde atuam nesse mercado as Instituições Financeiras de depósitos à vista e o Mercado Não Monetário, onde atuam Instituições Financeiras que recebem depósitos à prazo;  e, por último os Mercados primários e secundários, no qual o primeiro é onde as empresas obtém recursos para seus investimentos e o segundo tem por função dar liquidez aos papéis negociados no mercado primário.

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