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A PEÇA ALIMENTÍCIA

Por:   •  29/6/2020  •  Trabalho acadêmico  •  3.401 Palavras (14 Páginas)  •  92 Visualizações

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Excelentíssimo (A) Senhor (A) Doutor (A) Desembargador (A) Relator (A) Do Tribunal De Justiça Do Estado De Goiás  

 

 

 

 

Processo na Origem n.º X

 

 

 

 Bianca, menor impúbere, representada por sua genitora Beatriz, ambas já qualificadas nos autos da Ação em

Epígrafe que move em face de Jair, também já qualificado, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por sua procurado resignatária, interpor o presente.    

 

 

 

 Agravo De Instrumento  

 

 

 

Com fundamento no Artigo 1.015 I NCPC, conforme razões anexas: Requer ainda, a juntada da cópia integral do processo para o cumprimento do disposto no Artigo 1.017, §1° do NCPC, bem como a juntada da guia de preparo, devidamente recolhida conforme o Artigo 1.016, III, informando - se assim o nome e endereço do advogado da Agravante, ora recorrente:  

 

 

 

 

Nome e endereço do patrono  do  Agravante :  

Advogado; OAB x;  

 Endereço x;  

Rio Verde - GO

1– Da Síntese  

 

1º) Trata-se  de  Ação  de  Alimentos  interposto  por Bianca, ora Recorrente,  e m face de  

Jair,  ora  Recorrido  e,  apesar  do  nome não  constar  na  Certidão  de  Nascimento  da Recorrent e,  se u  pa i  E me rso n  rea lizo u  o  e xa me  de  DN A  e m  2014 ,  vo lun ta r ia me nte  e  

extr aj ud ic ia lme nt e  a  ped ido  d e  s ua  e x- espo sa,  na  q ua l  fo i  apo ntada  a  e xis tê nc ia  de  

pate r nidade  e m  re lação  a  Ra fae la.  

2º)  Se gundo  co ns ta  na  Pe t ição  I nic ia l,  a  Reco rre nte  info r mo u  ao  J uízo  q ue  s ua  

ge nit or a  e nco nt ra va - se   des e mp re gad a  e  q ue  s e u  pa i  Emer so n  não  e xerc ia  e mp re go  

for ma l  c o m  ca rt e ira  ass ina da,  por é m,  vivia  d e  “b ic os ”  e  se r viços  p res tado s  de  for ma  

autô no ma,  ra zão  p e la  q ua l  p ed iu  a  fixa ção  d e  pe nsã o  a lime nt íc ia  no  va lor  d e  30%  

(t r inta po r c e nto ) so b o s a lá r io  mín imo .  

3º)  P o r  fim,   o  j uiz  de  p r ime iro   gra u  da  1ª   Va ra  de   Fa mí lia   da  Co mar ca  da   C ap ita l  do  

Es tado  Y IN D E FER I U o  ped ido  de  t ute la  a nte c ip ada   inaud it a  alt era  part e,  r eje it a ndo  

o ped ido de  fixa ção  dos a l ime nto s pr o visór ios  co m bas e  nos  se guint es  funda me nto s :  

 

a)  I ne xis tê nc ia  de  ve ross i mi lha nça  da  pat er nidade ,  uma  ve z  q ue  o  no me  de  E me rso n

nã o  co ns ta va  na  Cer t idão  de  N asc i me nt o  e  que  o  e xa me  de  DNA  j unt ado  er a  uma  

pro va e xt rajud ic ia l, c o lhida  se m o de vido  pro cess o  le ga l, se ndo, po rt a nt o,  inse r víve l; e  

b)  I ne xist ê nc ia  de  poss ib ilidad e  po r  pa rte   do  r é u,  q ue  não  t inha  co mo   pa ga r  pe nsão  

a lime nt íc ia  pe lo  fato  d e  não  e xer cer  e mp re go  for ma l,  co mo  co nfe ssa do  pe la  p rópr ia  

auto ra.  

2 - DAS R A ZÕ ES  

 

 

1º)  Ap esa r  do  ped ido  inde fer ido  na  ação  e m  ep ígr a fe,  na  q ua l  fo i  e xp la nado  a  

ine xis tê nc ia  de  ve ros s imilha nça  da  pa ter nid ade  e  de  q ue  o  no me  do  Reco rrido  não  

co nst a va   na Ce rtidã o de  N asc i me nto da   Reco rr e nte , e m  2014  fo i r ea liza do o  e xa me  de  

DN A,  a inda  q ue  fe ito  e xt ra j ud ic ia lme nte,  fo i  poss íve l  co mpro var  at ra vés  do  me s mo,  a  

pate r nidade d o Reco rr ido e m r e lação à  s ua   filha  R a fa e la :  

2º)  E,  no  q ue  d iz  resp e ito  à  pe nsão  a l ime nt íc ia  t a mb é m  inde fer ida  p e lo  j uízo  de  

pr ime iro  gra u,  t e ndo  e m  vis ta  a  fa lta  d e  e mpre go  for ma l  e  a   fo r ma   de  sobr e viver  

atr a vés  d e  “b icos ”  por  par te  do  Re cor r id o,  cab e  re ssa ltar  q ue  o  Reco rr ido  p res ta  

ser viço s  de  for ma  a ut ô no ma  poss ib il it a ndo - o  e m  adq uir ir  a tra vés  dos  d iver sos  

trab a lhos,  q ua isq uer  t ipo  de  r e nda,  inc lus ive  os  d e  va lore s  a lto s  pode nd o  ultra pas sar

um  s a lá r io  mín ino  por  mê s,  po rt a nto ,  co nfor me   o  §  1 º  do  A rt igo 16 94 do   CC,  e m

re lação d o b inô mio  ne ces s id ade do  a lime ntado, d iz  q ue :

§  1o O s  a lime nto s  de ve m  se r  fixa dos   na  p ropo rção   das   nec ess ida des  do  rec la ma nt e  e  

dos re c ur sos d a pe ssoa  obr igad a.  

E, e m  re lação  a pos s ib ilid ade do  a li me nt a nt e,  va le  res sa lta r o  Ar tigo  1065, NC PC .

 

“A rt.  1695.  São  de vido s  os  a lime nto s  q ua ndo  q ue m  os  pre te nd e

nã o  t e m  be ns   s ufic ie nte s,  ne m  po de  p ro ve r,  pe lo  se u  tr aba lho,  a

própr ia  ma nte nç a,  e  aq ue le,  de  q ue m  se  r e c la ma m,  p ode m

for ne cê- los , se m de s fa lq ue do  neces sár io  ao se u s uste nto.  

Sendo  ass im,  c o nfo r me  a fir ma  o  do ut r inador  Wa s hingto n  d e

Ba rros   Mo nte ir o,  “se  o   a li me nta ndo   se   ac ha  e m  s it uaç ão  d e

pe núr ia,  te m  ce rta me nte  d ire it o  de  imp et rar  a li me ntos ,  a inda  q ue

possa   se r  r espo nsab il izad o  pe la  p róp r ia   s it uação  de  mis ér ia ”.

(MO N TE IRO , 2 001, p.  304) .  

O   a lime nta nte,  po r  s ua  ve z,  te m  o  de ve r  de  c ump r ir  co m  a  pe nsão  a lime nt íc ia,  

...

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