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A UNIVERSIDADE E AÇÕES DE EXTENSÃO NOS CURSOS DE DIREITO

Por:   •  19/12/2017  •  Artigo  •  3.505 Palavras (15 Páginas)  •  283 Visualizações

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 UNIVERSIDADE E AÇÕES DE EXTENSÃO NOS CURSOS DE DIREITO:

estudo comparativo das universidades UFMA, UEMA e CEUMA.

Jequedma Caldas da Silva[1]

Luciano Augusto Teixeira Soares[2][3]

RESUMO

Estudo sobre a Universidade e a produção do conhecimento com foco na Extensão. Objetiva enfocar a universidade como produtora de conhecimento; destacar o papel da Extensão como peça fundamental para auxiliar na resolução dos problemas sociais, além de aproximar Universidade e comunidade e identificar as ações de Extensão da Universidade Federal do Maranhão, da Universidade Estadual do Maranhão e da Universidade Ceuma no curso de Direito. Trata de pesquisa bibliográfica e documental pautada nas abordagens de Gurgel (1986), Nogueira (2001), Serrano (2006), Nunes (2011) e nas pesquisas realizadas nos sites das universidades estudadas. Conclui que a universidade possui papel de destaque na construção de uma sociedade e que a Extensão é tão fundamental quanto a Pesquisa e o Ensino.

Palavras-chave: Universidade. Produção do Conhecimento. Extensão. Sociedade.                          

1 INTRODUÇÃO

Que Universidade faz-se de ensino, pesquisa e Extensão, a comunidade acadêmica já tem conhecimento. A Extensão universitária, ator principal de nosso trabalho, constitui-se como peça fundamental e mola propulsora dos saberes gerados na universidade a serem a aplicados na sociedade, auxiliando na resolução de problemas.

        Entendida como uma ligação da universidade com a sociedade, a Extensão traz os anseios das comunidades para as portas da universidade a fim de que, nesse contato, nessa relação teoria e aplicação prática na realidade, os atores envolvidos (alunos, professores, etc.) se beneficiarão sobremaneira dos resultados dessa interação profícua e reveladora, no sentido de criar novos olhares sobre os antigos e revisitar lugares antigos sob novas óticas.

        Não deve, pois, a Extensão, estar apartada dos outros programas da universidade. Parece-nos, conforme adentramos os ambientes acadêmicos de várias instituições de ensino superior, o “pé” do tripé fundamental mais esquecido ou não muito mencionado, o que é um equívoco visto que a Extensão, conforme Gurgel (1986, p.22), “[...] está intimamente vinculada às linhas principais dos programas de pesquisa e de ensino da universidade.”.

        Pensando na Extensão com a grande importância que o tema suscita no meio acadêmico e incontestavelmente para a sociedade, pois, conforme apontamos, é através dela que a comunidade dialoga com a universidade e vice-versa, pensamos na seguinte questão, notadamente circunscrita à nossa realidade de cursos de Direito em São Luís, no Estado do Maranhão: Como está a Extensão dos cursos de Direito da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e Universidade Ceuma (CEUMA)? Quais são os programas de Extensão em Direito oferecidos por essas universidades? A quais comunidades assistem? Qual os aspectos convergentes e divergentes entre os programas de Extensão dessas universidades?

        Esta pesquisa versa sobre as questões apresentadas, buscando respondê-las e apresentar os dados extraídos da coleta realizada na literatura analisada como forma de melhor apresentar os programas de Extensão, auxiliando, a quem interessar possa, sobretudo à comunidade acadêmica do Direito, a conhecer os programas vigentes e como funcionam.

        Assim, constituiu objetivo geral da pesquisa analisar de que formas os cursos de Direito das universidades UFMA, UEMA e CEUMA têm dado visibilidade às suas ações de Extensão. E, por específicos: a) aprofundar os conhecimentos sobre a modalidade Extensão caracterizando-a como elemento indispensável na formação do aluno em intercâmbio com a sociedade; b) conhecer o que os cursos de Direito das universidades UFMA, UEMA e CEUMA têm divulgado na modalidade Extensão, por meio de seus sítios eletrônicos; e c) indicar possibilidades de fortalecimento da parceria universidade-sociedade, por meio da visibilidade das ações dos cursos de Direito referentes à extensão.

A pesquisa é tipificada como bibliográfica e campo embasada em autores como Gurgel (1986), Nogueira (2001), dentre outros, além dos resultados das pesquisas realizadas diretamente nos sites das Universidades estudadas, e se estrutura em abordagens sobre Universidade e Produção de Conhecimentos e, especificamente, com o aporte da Extensão Universitária, Resultados e a Conclusão.

2 UNIVERSIDADE E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO

        A Universidade é meio de produção de conhecimento por excelência. Sob seus muros circunscritos, as descobertas científicas são alicerçadas e seus resultados poderão ser utilizados em prol de toda a sociedade. Aliás, como veremos adiante, quando tratarmos especificamente da Extensão, veremos que Universidade e sociedade caminham juntas, visto que a razão de existir da Universidade pousa sobre os anseios da mesma sociedade que lhe serve de sustentação e suporte. É inegável seu caráter de instituição social.

        Sabemos que Universidade se faz de Ensino, Pesquisa e Extensão. A questão do Ensino é intrínseca à sua natureza de ensinar, descobrir, estudar, desvendar. Está ligada à sua origem e finalidade primeira. A Pesquisa serve de base para o Ensino, pois através de seus resultados, a Universidade obterá material para o Ensino. Até aqui, vemos, basicamente, a atividade acadêmica voltada para dentro dos ‘muros’ da instituição.

        Entretanto, não é o que verificamos quando afirmamos que a razão de existir primordial da Universidade é a própria comunidade que a circunda e uma instituição que delimita seus conhecimentos a seus muros, não condiz com o que a Universidade deve ser. A Extensão é o elo de comunicação entre Universidade e comunidade/sociedade. É através das ações extensionistas que o conhecimento segue para além muros acadêmicos diretamente para as transformações sociais, agindo em prol de quem é razão de existir da Universidade.

3 EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA                    

A Extensão universitária surgiu na Inglaterra, nos anos derradeiros do século XIX, como uma ideia de educação continuada na universidade. Essa ideia foi levada para os Estados Unidos, ligada à prestação de serviços nas zonas rural e urbana, sobretudo na primeira, como auxiliar do desenvolvimento agropecuário (NOGUEIRA, 2001, p. 58).

        No Brasil, a universidade surge nos primeiros anos do século XX através da união de escolas superiores, aliando as necessidades práticas do governo e da sociedade da época. O primeiro programa de Extensão nasceu na USP, em São Paulo e data de 1911, primeiramente voltado aos serviços da área rural (NOGUEIRA, 2001, p. 58).

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