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As Ciencias políticas

Por:   •  8/11/2016  •  Projeto de pesquisa  •  8.010 Palavras (33 Páginas)  •  226 Visualizações

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Tema da aula: a autonomia da política no pensamento de Nicolau Maquiavel (clássico – ainda atual -; primeiro grande moderno):

  1. Algumas teses da teologia (Deus no centro; católico) política medieval (antes de Maquiavel): termo política já existia, porem a ideia era diferente
  1. O fundamento (justificativa/ porque existe) do poder político é divino: alguém só pode deter o poder político porque é autorizado por Deus; poder  capacidade de imposição da vontade/ visão do mundo:
  • Econômico: emprego/ corrupção
  • Religião/ hierocrático
  • Simbólico: poder de ‘’fazer ver’’; poder de interpretação; autoridade (cientifica, mídia, ...)
  • Político: armas (permitido por Deus)
  1. A comunidade (reunião de grupos) política é uma ordem natural (criada por Deus), hierárquica (rei  clero  nobres  servos; imutável) e harmônica (conflito – diabo – tem que ser evitado): não há ideia de indivíduos, só de comunidade marcada por grupos; igreja e nobreza são o mesmo grupo, com as mesmas vontades; não há mobilidade social; sociedade conservadora; maior importância espiritual; houveram conflitos no medievo; a interpretação é que a existência de conflito é algo ruim, logo destruído (Maquiavel rompe com essa ideia – conflito é algo vital); necessidade de mudança cidade-estado europeu (Maquiavel), isso vai contra a igreja
  2. O bom governo se orienta pela palavra de Deus: uma boa ordem política é a que atua levando as diretrizes da palavra de Deus; governante deve agir com a teologia (vontade de Deus); não há contradição a vontade de Deus, a menos que os homens não saibam interpreta-la; para Maquiavel a fonte de conhecimento político é outra, não Deus, a partir de problemas mundanos que grandes líderes ofereçam solução; para Maquiavel, quem governa tem responsabilidades, as vezes em desacordo com a religião
  3. A tarefa do bom governante é promover as virtudes dos súditos: a tarefa de um bom governante é que sua sociedade siga virtudes cristãs, preparando-os para a vida eterna/divina; buscar a salvação deste mundo perdido, material; para Maquiavel a política não tem compromisso com outro mundo, mas com realizações materiais e mundanas; para Maquiavel o governante que a gloria terrena (grandes líderes formados por grandes feitos) e é ensinado de forma brutal, frieza, coragem do leão e astucia da raposa; Maquiavel tira o peso da igreja na política, porem a religião pode ser aproveitada como instrumento de governança; religião tinha capacidade de mobilização; visão teocentrista precisa ser antropocentrista (homem no centro); Maquiavel era um realista da política – ‘’quem produz as regras da política são os grandes líderes’’
  4. A liberdade é uma conquista interior: de acordo com preceitos divinos, ser humano é ruim, não há salvação para a sociedade; para Maquiavel o ser humano é ruim, egoísta, ..., porem é possível que tenhamos a capacidade de ser algo melhor, a partir do governante; quanto mais busca-se o melhor, mais se falha; ética política: (para Maquiavel não resolve os problemas) respeito político quando houver um documento para seguir; para Maquiavel o bem-estar público não se consegue sem medidas que rompam com a moral, não é um caminho fácil/ mais positivo que o pensamento medieval/ político trilha caminho para melhorias, governante quer a gloria pessoal/ violência é um recurso da política, zelando a construção da imagem
  5. A legitimidade da ordem política está baseada no respeito a tradição: a tradição é a autoridade do passado; o poder se transmite por linhagem de sangue; Maquiavel rompe com essa ideia, pouco interessa como alguém chega ao governo, o que interessa é o que vai se fazer dali para frente/ religião, moral e direito, suas ideias não tem nada a ver com a politica
  1. A revolução Maquiaveliana:

O fundamento do poder político é sempre uma invenção humana, enquanto no medieval era divina. Para Maquiavel, uma sociedade quando justifica o poder político, o faz de forma arbitraria, em determinado momento e lugar, buscando apenas convencer os comandados, que precisavam compreender a existência de quem os governe. Não existe justificativa verdadeira, mas a que convence. Toda sociedade necessita de crenças.

Não rompe com a religião, se ela funcionar vamos utiliza-la.

Recorre ao absolutismo pois é o ideal para o momento histórico. Maquiavel traz o povo como participativo na política. Todas as comunidades políticas são invenções arbitrarias dos seres humanos e são conflitivas. É possível transformar a sociedade, pois essa é inventada.

Altera o simbólico.

Não existe lugar que não haja conflitos, a não ser no cemitério. O conflito não é só indesejável, é visto como algo natural e desejável. Uma sociedade sem conflitos é uma sociedade alienada. Conflitos ampliam a liberdade, oxigena, tem o papel de solidificar a sociedade, dar voz aos grupos mais excluídos. O problema é quando a sociedade é sufocada a todo tempo, pois uma hora ela se torna pior. Manutenção da conflitividade torna a sociedade mais coesa. Política os administra.

Maquiavel oferece uma política que quer transformar a sociedade através de uma configuração melhor e mais rica. Integração de várias religiões, grupos diferentes, prometendo transformar a vida das pessoas para melhor.

Armas: proteger a legalidade.

Poder nem sempre deve ser na legalidade, somente a imagem. As vezes respeitar a lei é não chegar lá. Necessária justificativa para violação da legalidade – razão de estado. Só há bom estado com boas leis (que todos possam participar), quando o direito for desrespeitado podem se usar armas.

Pensamento e ação política em Maquiavel: a política tem leis próprias. Quais são? Como descubro? Qual a fonte?

Passado e presente interagem de forma a construir o futuro. As regras da política são descobertas na investigação do passado.

Melhor ser temido do que ser amado.

Savonarola: profeta desarmado. Conseguia falar como mais nenhum outro e coração dos florentinos, mas confiou que a política podia ser tocada só com isso.

Fortuna: é uma metáfora, um símbolo; as relações humanas, vida, e principalmente na questão da política são marcadas por mudanças, as relações humanas são instáveis. A fortuna sendo uma mulher é instável, pode ser domada desde que o governante tenha qualidades masculinas que a atraia. Determinação. A instabilidade da fortuna não garante que as coisas estão resolvidas, ela coloca enigmas para que o governante resolva. O governante deve entender o cenário, que não muda de acordo com a moral. A fortuna é amoral. Para Maquiavel, ser livre é dominar a fortuna. A maioria está destinada a sofrer as ações da fortuna. Só uma elite pode segui-la. Desafios colocados por certo tempo histórico, contexto.

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