TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRÂNSITO COM PEDIDO DE ANTECIPACAO DE TUTELA

Por:   •  14/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  5.540 Palavras (23 Páginas)  •  586 Visualizações

Página 1 de 23

EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ........ VARA CIVEL DA COMARCA DE UBERLANDIA-MG

MARIA CAROLINA, brasileira, solteira, estudante de nutrição, portadora do RG n(.....) e do CPF n(.....), residente e domiciliada na rua( .......) n(......), bairro(.....), na cidade de (......), Estado(.....), vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por meio de seu advogado devidamente inscrito na OAB/ seção do(.....), sob o n(......), com escritório profissional na rua (.....) n(.....), bairro(....), na cidade (......), Estado(.......), onde recebe intimações e notificações, propor com fundamento no art 159 do código civil c/c o art 275 , inciso ll, letra “e” do código de processo civil, a seguinte

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRÂNSITO COM PEDIDO DE ANTECIPACAO DE TUTELA

em face de LUCIANO, de qualificação desconhecida, portador do RG n(....) e do CPF n (.....),residente e domiciliado na rua(......) n (.....), na cidade (......), Estado(.....,)pelos fatos a seguir expostos

l – DOS FATOS

No dia 10 de novembro do ano de 2015, por volta das 22 horas, ao sair de um jantar na Hipo Pizza, a requerente trafegava com seu veículo VW Space Fox, ano 2013, da cor(....), placa(....),com valor estimado em 55 mil reais, pela avenida Guilhermina Candida de Oliveira, em direção a sua casa, quando foi atingida por Luciano, condutor do veículo(.......), ano(....), da cor(.....), placa(....), que transitava em velocidade muito acima da permitida.

O condutor do veículo causador do acidente parecia estar participando de um racha, sendo a velocidade empregada tamanha, que acabou por capotar o veículo da requerente, deixando o mesmo de cabeça para baixo na pista.

Dessa irresponsável conduta, advieram cortes faciais e fraturas na perna da requerente, que necessitou de uma cirurgia ortopédica urgente. Valendo ainda mencionar, que houve a perda total de seu veículo, o qual era de uso de toda família e não possuía seguro.

De acordo com a requerente, os gastos com tratamentos e medicamentos para a dor e recuperação cirúrgica, até o momento, somam 2 mil reais, além dos gastos relacionados a faculdade privada onde estuda, que foram resultados da sua reprovação em diversas matérias, em detrimento da perda de provas e trabalhos durante o período de internação e pós- cirúrgico, sendo necessário para cursa-las novamente o desembolso de 7 mil reais.

O requerido foi procurado diversas vezes, pelos pais da requerente, com o objetivo de solucionar amigavelmente o conflito existente, sendo que em nenhuma delas obtiveram sucesso.

Assim, para a requerente, aflita e fragilizada emocionalmente pelo acidente, não resta outra alternativa senão propor a presente ação.

ll – DOS FUNDAMENTOS JURIDICOS

Os fatos narrados ensejam a aplicação de um importante instituto do direito civil, qual seja o da responsabilidade civil, assim determinado por Fábio Ulhoa Coelho:

‘’Responsabilidade civil e a obrigação em que o sujeito ativo pode exigir o pagamento de indenização do passivo por ter sofrido prejuízo imputado a este último. Constitui-se o vínculo obrigacional em decorrência de ato do devedor ou de fato jurídico que o envolva. (Fábio Ulhoa Coelho,2004, p. 254).’’

Essa responsabilidade tem o papel de determinar o dever de reparação dos danos causados a outrem pelo sujeito que desrespeitou a lei. Sendo caracterizada pela combinação de quatro fatores, os quais sejam: i) a ação ou omissão do agene; ii) a culpa ou dolo do agente; iii) o nexo de causalidade; iv) o dano.

Conforme disposto nos artigos 186 e 187 combinado com art 927:

‘’Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.’’

‘’Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.’’

‘’Art 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo’’

Em consonância com o exposto e a seguinte jurisprudência

‘’1. CIVIL – ACIDENTE DE TRÂNSITO – COLISÃO DE VEÍCULOS – REPARAÇÃO DE DANOS – ECT – 1- A responsabilidade resultante do art. 159 do Código Civil pressupõe a existência do comportamento do agente, do dano, da relação de causalidade e da culpa ou dolo. Preenchidos tais requisitos, impõe-se a observância da seguinte regra: "Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano". 2 - Com efeito, como acima explicitado, a Responsabilidade subjetiva tem como requisitos a conduta, o dano, o nexo causal e a culpa. A partir do momento em que alguém, mediante conduta culposa, viola direito de outrem e causa-lhe dano, está diante de um ato ilícito, e deste ato deflui o inexorável dever de indenizar. Assim, configurado o nexo causal entre o dano e a culpa, é devida a indenização. In casu, o dever de indenizar surgiu com a conduta culposa da Ré, que agiu de forma imprudente que é a falta de cautela ou cuidado por conduta comissiva, positiva, por ação. Com efeito, foi exatamente o ocorrido quando da colisão, a falta de cuidado da Ré ao adentrar em uma a pista do lado oposto, sem observar as condições de tráfego do local, ou seja, sem a prudência de olhar se viria outro carro no sentido contrário. Deste modo,

...

Baixar como (para membros premium)  txt (19.2 Kb)   pdf (112 Kb)   docx (17.6 Kb)  
Continuar por mais 22 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com