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CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA SOCIAL DA SÍNDROME DE DOWN

Por:   •  7/5/2018  •  Relatório de pesquisa  •  594 Palavras (3 Páginas)  •  405 Visualizações

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Contextualização histórica e social da Síndrome de Down

Os estudos sobre síndrome de Down surgiram há muitos anos e a cada dia novos estudos surgem. Sobre a evolução dos estudos sobre a síndrome, encontrou-se um fato curioso, que é a imagem que a sociedade teve por muitos anos dos portadores de down:

Na cultura grega, especialmente na espartana, os indivíduos com deficiências não eram tolerados. Justificavam tais atos cometidos contra os deficientes com a filosofia grega, acusando que tais criaturas não eram humanas, mas um tipo de monstro pertencente a outras espécies. (...) Na Idade Média, os portadores de foram considerados como produto da união entre uma mulher e o Demônio. (SCHWARTZMAN, 1999, p. 3-4).

A síndrome de down foi identificada a partir de um achado antropológico muito antigo, um crânio do século VII, de acordo com Cintra (2002),. Alguns relatos vão além, embora sem comprovação científica, crianças e adultos com traços faciais típicos dessa anomalia já teriam sido retratados, há cerca de três mil anos, em desenhos e esculturas da civilização olmeca, que antecedeu os astecas no México.

A Síndrome de Down é reconhecida no mundo a partir do início do século XIX, onde as pessoas com a deficiência recebiam tratamento médico homogêneo, não levando em conta as diversidades e as necessidades clínicas de cada paciente, pois os mesmo eram tratados igualmente, recebendo a mesma medicação, não medindo assim o nível acometido da doença.

O nome dado a doença é uma homenagem ao Dr. John Langdon Down, médico inglês cujo trabalho de pesquisa foi o pioneiro na identificação das características das pessoas portadoras da síndrome. Ele descreveu que, diferentemente do indivíduo dito normal, o nascido com síndrome de Down é possuidor de 47 cromossomos, sendo que o extra é ligado ao cromossomo número 21. ; apesar de que os cientistas a pouco tempo descobriram um outro provável tipo de manifestação que diz respeito a alteração da carga genética de outros cromossomos.

Cromossomos são minúsculas estruturas em forma de barras que portam os genes; estão contidos no núcleo de cada célula e só podem ser identificados durante uma certa fase de divisão celular utilizando-se um exame microscópico. (BUKOWITZ e SLIBERNAGEL apud PUESCHEL, 1998, p.54).

John, que estudava crianças com deficiência mental, em 1866 descreveu as características do distúrbio mental e o relatou como sendo a síndrome de má formação congênita mais freqüente, atingindo cerca de um a cada 600 nascimentos relatando aspectos como distintivas expressões faciais, impedimentos cognitivos, olhos em forma de amêndoa, zonas dos olhos mais claras, narizes pequenos, boca pequena com língua protuberante e orelhas pequenas; mesmo com essa descrição é importante ressaltar que cada caso é independente, e nem todos os que apresentam síndrome de Down têm todas as características mencionadas.

Após a descrição de Down, iniciou uma grande polêmica sobre a etiologia da síndrome. Ela foi atribuída inicialmente a causas infecciosas como tuberculose, sífilis e ainda foi tida como doença da tireóide. Como a expectativa de vida dos portadores era pequena na época, era comum ver mais crianças com a síndrome e elas chegavam até mesmo a serem consideradas como "crianças inacabadas".

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