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Caso dos Exploradores de Cavernas Júri Popular

Por:   •  16/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.013 Palavras (5 Páginas)  •  230 Visualizações

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Tese de acusação: Os exploradores de cavernas

Vossa excelência, senhores jurados, advogados e demais pessoas que nos assistem, boa noite!

Vou embasar meu argumento no seguinte fato: os acontecimentos aqui contados são circunstanciais, circunstancias pelo fato da única fonte de provas aqui expostas terem sido ditas pelos acusados, a única circunstância que nós temos para embasar esse argumento é no estado de inércia que se encontra o corpo do vitimado.

Pensem comigo senhores jurados, imaginem-se no lugar dos réus. Vocês cometeram uma irregularidade e agora estão sendo julgados por esse crime, mas vou mais além, o que está em jogo são as suas vidas. Agora, quão seguro pode ser o depoimento de alguém que está lutando para não perder a vida? Manuela Matos Monteiro e Pedro Tavares Ferreira em seu livro científico “Ser Humano Volume 2” diz que todo ser humano mente, e essa “necessidade” se intensifica nos momentos em que nos encontramos em risco.

        Meu primeiro argumento senhores jurados, é que os réus não se encontravam em Estado de Natureza. Não há como afirmar que o estado se omitiu, o Estado não disse: “olha, se vira. Aja conforme seus instintos, matem ou quem for mais fraco morre primeiro. ” Não. O estado diz: “estamos trabalhando arduamente, incansavelmente na tentativa de resgatá-los. ”  O crime aconteceu dentro de um território soberano, onde existe uma constituição e leis vigentes para punir quem se recusa a cumpri-las. Agora, poderia ser considerado estado de natureza, caso o crime tivesse ocorrido fora do território do país, como por exemplo a Antártida, continente onde nenhum país pode exercer sua soberania. Declarado isso, os réus se encontravam dentro do Estado Positivo, um Estado com normas e leis quem devem ser cumpridas.

        Os réus eram pessoas letradas, sendo assim conheciam a lei, ou seja, foram contra a lei cientes do que estavam fazendo quando decidiram tirar a vida de Roger.

        No caso, os homens tiraram a sorte e a própria vítima no início concordou com o que foi contratado, porém desistiu e podemos ver claramente uma manipulação em relação ao lançamento dos dados. E caso Whetmore tivesse recusado desde o começo a participar do plano? Permitir-se-ia que uma maioria decidisse contra a sua vontade? Onde fica o direito de Roger se abster do jogo?

        Senhores, temos uma declaração onde consta que o jogo foi manipulado na hora em que o vitimado se recusou a jogar os dados e os mesmos foi jogado em seu lugar, o jogo não foi cumprido como determina as regras, cada um tem a sua vez. Senhores, vejamos que Roger desistiu do acordo, enraivecidos, os réus o lançaram, só depois então que Roger concordou em dar continuidade. Quais as chances de depois do jogo ter sido celebrado, Roger ter aceito continuar e se sacrificar. Ninguém que prese a vida a jogaria fora a menos que não tivesse escolha. O ato de raiva e manipulação pode-se ter clareza que os acusados tinham intenção quando se levantaram contra a vítima.

        Senhores jurados, temos que considerar mais um ponto importantíssimo, o fato da vítima ter sofrido coação por parte dos acusados.

Sabe quando você é criança e a sua família se reúne para alguma comemoração, então você pede para o seu primo, amigo ou qualquer outra pessoa para pedir alguma coisa para os seus pais, mas sempre com aquela famosa frase: “ só não diz que fui eu que pedi. ”

Assim como as crianças fazem, podemos concluir que os réus fizeram com que Roger expressasse a ideia para que no fim do ocorrido não fossem julgados pelo crime, pois o ato não foi por eles proposto.

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