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Cidade Antiga - Livro Primeiro

Por:   •  22/6/2016  •  Resenha  •  1.241 Palavras (5 Páginas)  •  620 Visualizações

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LIVRO PRIMEIRO - ANTIGAS CRENÇAS

CAPÍTULO I

CRENÇAS A RESPEITO DA ALMA E DA MORTE

O autor do livro sustenta sua tese na compreensão das crenças para se entender a formação das instituições.

Primeiramente, até os últimos tempos da história da Grécia e de Roma, vemos persistir entre o vulgo um conjunto de pensamentos e costumes, os quais explicam a opinião que o homem em relação à própria natureza, da alma e da morte. Desde as mais antigas gerações acreditava-se que a morte era uma mudança de vida e não uma dissolução do ser. Conforme algumas crenças, a alma continuava vivendo junto aos homens, ela vivia sobre a terra.

Em decorrência disso, surgiram os ritos fúnebres e cerimônias religiosas, eles acreditavam que estavam enterrando algo vivo, e a partir disso faziam as narrações dos funerais, o enterro de pertences e objetos que supunham necessários, tais quais vestidos, vasos e armas, também derramavam vinho sobre o túmulo, bem como levavam alimentos para saciar a fome, sacrificavam escravos e cavalos que prestariam serviços ao morto dentro do túmulo, entre outros.

A partir dessas crenças, surgiu a necessidade do sepultamento, pois a alma que não tivesse sepultura não tinha morada e ficava errante e assim infeliz, então se tornava perversa e atormentava os vivos, destruía colheitas, provocavam doenças aos vivos e assustava-os, tudo isso para que eles dessem uma sepultura ao seu corpo. Eis de onde surgiu a crença na existência em almas do outro mundo. No entanto, não bastava apenas fazer uma sepultura, deviam também obedecer aos ritos tradicionais.

Também tinham outra opinião acerca da morte e do sepultamento, acreditavam que existia uma região muito mais espaçosa que o túmulo, onde os mortos conviviam e onde penavam ou gozavam em conformidade com a sua conduta durante a vida. Então, em determinados dias do ano era oferecida uma refeição para cada morto.

Portanto, essas crenças, por mais falsas ou ridículas que aparentam ser, influenciaram os homens por diversas gerações. Elas governaram as almas e dirigiram as sociedades, levando a origem da maior parte das instituições domésticas e sociais.

CAPÍTULO II

O CULTO DOS MORTOS

Essas crenças antigas acabaram dando espaço para regras de conduta. Era considerado deve dos vivos satisfazer às necessidades dos mortos através de alimentos e bebidas, e isso tornou-se obrigatório, como uma verdadeira religião da morte e os seus ritos duraram até o triunfo do Cristianismo.

Os mortos eram considerados criaturas sagradas, onde cada morto era considerado um deus e os túmulos eram os templos dessas divindades. Esse culto era idêntico tanto na Índia quanto na Grécia e na Itália.

Segundo os gregos e os romanos, se eles deixassem de oferecer o banquete fúnebre aos mortos, esses se tornariam sombras errantes e sairiam dos seus túmulos para castigar os vivos com doenças, pragas e outros castigos. Então, o sacrifício, a oferta de alimentos e a libação levavam-nos de volta ao túmulo, e proporcionavam-lhes o repouso e atributos divinos. O homem assim estava em paz com eles.

CAPÍTULO III

O FOGO SAGRADO

Tanto na casa do grego, quanto na casa do romano era obrigatório que tivesse um altar com um fogo aceso, era obrigatório mantê-lo aceso sempre. Se o fogo apagasse, eles acreditavam que a família também acabaria. Além disso, não era permitido manter o fogo aceso com qualquer tipo de madeira, a religião distinguia quais deveriam ser usadas. Também devia ser mantido sempre puro e obedecer a certos ritos onde uma vez por ano ele deveria ser apagado e acendido outro imediatamente, obedecendo sempre às normas.

O fogo era considerado algo divino e era adorado e cultuado, também lhe faziam ofertas de flores, frutos, incenso, vinho, entre outros. Acreditavam que o fogo era poderoso e assim pediam a sua proteção e em tempos de felicidade lhe davam graças. Não era permitido sair ou entrar na casa sem antes reverenciar o fogo sagrado, pois ele era a providência da família. Esse culto e adoração ao fogo sagrado eram feitos na Grécia, Itália e também no oriente.

Vale ressaltar que o culto ao fogo e o culto aos mortos têm uma estreita ligação, tendo por objeto a adoração do ser invisível que há em nós, a força moral e pensadora que anima e governa nosso corpo.

CAPÍTULO IV – A RELIGIÃO DOMÉSTICA

A religião dos primeiros tempos era a adoração feita a vários deuses, sendo que os deuses não aceitavam adoração de todos os homens. Nessa religião primitiva cada deus só podia ser adorado por uma família, pois era essencialmente doméstica, sendo que apenas os familiares poderiam observar o culto. O banquete fúnebre era feito em determinadas épocas do ano, onde o morto só aceitava a oferta vinda das mãos de seus familiares, e a presença de um desconhecido era considerado um perturbo ao descanso dos manes, então era proibida a aproximação de estranhos aos túmulos. Esse culto era ao seu antepassado, o qual tornava-se o protetor da família.

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