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Crítica de Paradigmas

Por:   •  9/3/2016  •  Relatório de pesquisa  •  612 Palavras (3 Páginas)  •  119 Visualizações

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Universidade de Brasília

Disciplina: Pesquisa Jurídica

Texto-referência: KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1994.

Análise Crítica

Para Thomas Kuhn, a tendência científica é sempre se desenvolver, jamais dando passos para trás. Esse é um dos motivos de porquê um novo candidato a paradigma deve sempre ser mais elaborado possível, aumentando as chances de seu sucesso e dificultando o caminho para aqueles que poderiam vir a refutá-lo.

Mesmo com todo o caminho percorrido para chegar ao nível científico que temos hoje, lacunas ainda persistem. A ciência normal, como abordada por Kuhn, tem, na resolução de problemas um grande motivo para continuar existindo. Novos paradigmas podem contribuir com uma futura "exatificação" da ciência, tornando-a cada vez mais positiva, em suas diversas áreas de atuação. Como aspecto negativo, a obra de Kuhn acaba se desencontrando ao cair em contradição: hora afirma que solucionar o problema das lacunas é a maior função da ciência normal em tempos atuais, ao ver a limitação de suas ações. Entretanto, mais adiante, Kuhn faz questão de ressaltar que a ciência normal vai muito além disso, dando a entender a contradição cometida anteriormente no livro.

Problemas também podem surgir após a ascensão do paradigma. São as anomalias, que podem até mesmo vir a ter os seus próprios paradigmas. A descoberta delas cabe ao cientista, e são um dos motivos para a refutação de um paradigma, sendo que a chance de seu surgimento é proporcional ao tamanho do alcance científico de cada paradigma. Há também o fato de paradigmas contarem com "prazos de validade", desconhecidos até o momento que torna-se evidente a necessidade de um revolução científica.

Para que uma revolução ocorra, deve haver mais do que apenas uma anomalia a sustentando. A cabeça fechada de um cientista é tão prejudicial à sua carreira quanto ao surgimento de novos paradigmas. Muitos, por esse motivo, acabam abandonando mundo científico, que deveria aceitar com honra a existência de uma crise. A deturpação científica, que se dá quando um paradigma é, em grande parte esquecido, com o uso apenas parcial é algo altamente nocivo à ciência. Kuhn não expõe tal nocividade da forma explícita que deveria ter sido exposta.

Algo incoerente, do ponto de vista do autor é que o cientista não deve ser imparcial, algo contrário ao pensamento de Durkheim quanto ao cientista social. Para Kuhn, é interessante saber que teorias científicas sofrem grande influência da percepção pessoal de cada cientista por cada uma delas. Outra observação relevante do autor é de que uma mudança de paradigma acaba por se refletir no mundo exterior a ela, destacando também que não são apenas paradigmas ultrarrevolucionários que devem ser aceitos. Se paradigmas com poucas alterações não causassem mudanças, a ciência jamais se alteraria.

Kuhn, em seu livro, deixa claro que a ciência passa por altos e baixos, algo comparável a um grande "transtorno bipolar". Cientista podem repentinamente ir de uma situação de fácil adaptabilidade a paradigmas, até uma semelhante à dos antigos caçadores de bruxas, tentando derrubá-los através dos mais sórdidos

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