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Cultura e etnocentrismo: os direitos territoriais indígenas em uma perspectiva não-hegemônica

Por:   •  24/9/2018  •  Resenha  •  882 Palavras (4 Páginas)  •  150 Visualizações

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RESENHA

O terceiro texto de - BATISTA, Juliana. Cultura e etnocentrismo: os direitos territoriais indígenas em uma perspectiva não-hegemônica. Santa Catarina -, narra sobre tópicos relevantes como: o estudo da antropologia como ciência, qual o objeto desta, no que se presta a perscrutar ou analisar; qual o papel do antropólogo, sua importância, do quão relevante é o conhecimento de conceitos como o etnocentrismo e seus delineamentos, cultura e, essencialmente, as questões que envolvem os índios na demarcação de suas terras. Quais os direitos territoriais que tais grupos logram.

        No que concerne à divisão do texto, esta foi feita por seções que percorrem na elucidação de conceitos sobre etnocentrismo e cultura, a identidade étnica do índio e mais outros quatro assuntos decorridos ao longo de 17 páginas, pontualmente, os quais aqueles com maior grau de importância serão discutidos à parte neste ensejo.

                A antropologia é um termo grego que significa “antrophos” (homem, ser humano) e “logos” (conhecimento), portanto esta ciência se compromete ao estudo do homem. É-nos sabido a abrangência de temas que tal área do saber engloba, e que ela a partir do conceito “o que é homem”, estuda todas as suas formas possíveis de relação com o meio em que vivem, todos os seus costumes, usos, tradições, crenças, história, linguagem, etc. Logo a importância desta ciência é de enorme valor e traz um arcabouço/instrumental de conhecimentos das relações sociais, de certo comportamento humano frente a uma determinada situação que não lhe é comum/rotineira, da história de tal sociedade ou grupo, entre outras atribuições.

        Se existe a ciência antropologia, certamente existe o cientista; aquele indivíduo que é especialista ou estudioso na área. No texto é trazida a problemática da ociosidade da União em demarcar as terras indígenas, as quais nos últimos anos vêm sofrendo diversos tipos de ataques como invasão, desmatamento, venda de parte do seu território e até mesmo a expulsão das comunidades indígenas das suas terras decorrentes dessas vendas. A figura do antropólogo, nesse contexto, tem um papel crucial na demarcação das terras indígenas, uma vez que é o antropólogo que vai se inserir de fato na cultura dos índios para estudá-la, para saber quais são seus costumes, suas crenças e principalmente para, a partir dessa vivencia, perceber o conceito que eles adotam sobre territorialidade, observar onde se encontram essas áreas e fazer assim exercer o direito originário que eles têm sobre tais territórios.

        No texto também são trazidos conceitos como cultura e etnocentrismo que são de essencial valor no estudo da antropologia. A compreensão de etnocentrismo é de vultosa importância para se fazer entender a antropologia como ciência e seu objeto de estudo. O autor Rocha nos diz que etnocentrismo, basicamente, é quando o sujeito olha para o outro grupo a partir da existência do seu próprio grupo. E o grupo do sujeito é tido como melhor, correto, superior, real, enquanto o grupo do outro é visto como inferior, bárbaro, atrasado, selvagem, e tantos outros adjetivos negativos.

Conceituando cultura a partir da compreensão de Geertz (1989), esta pode ter um sentido bipartidário; primeiro é que não se tem uma melhor versão da cultura se a considerarmos como um conjunto de costumes, tradições, hábitos ou usos; devemos vê-la portanto, como um agrupamento de normas, instruções, planos, regras que fazem o controle do nosso comportamento. Em segundo plano, tem-se a idéia de que o homem é o ser que mais depende de tais mecanismos de controle para governar sua vida.

Nesse sentido, sabe-se que fomos culturalmente ensinados a interpretar e compreender símbolos, pois, se não fosse de tal maneira, teríamos sérios problemas comportamentais que acarretariam diretamente na nossa vida cotidiana e em muitos casos até na nossa integridade física. Trazendo para os dias atuais, uma situação bem comum do nosso cotidiano - imagine um semáforo de trânsito. É-nos sabido, e nos foi ensinado repetidas vezes que, o sinal quando está vermelho não é permitida a ultrapassagem – pois a cor vermelha nos remete a idéia de proibição, perigo, alerta, etc., enquanto a verde, positivo, permitido, siga em frente, entre outras.  Agora pense na confusão que seria se o sinal vermelho indicasse que pode haver ultrapassagem e se o verde, agora, determinasse o parar, o não ultrapassar. Seria um caos, correto? Nota-se de tal maneira o quão é necessária a simbologia para determinar nossos comportamentos, e esses só são possíveis através da cultura. O homem é o produto cultural do meio onde vive. Ele herda toda a acumulação de experiências que foram vividas repetidas vezes em gerações anteriores.

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