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ESTIGMA – MULHER – NEGRO - POBRE

Por:   •  18/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  8.238 Palavras (33 Páginas)  •  263 Visualizações

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UNICERP

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO PATROCÍNIO

Amanda Carolina Pereira

Gabriella Martins Silva

Maria Gabriela Silva Moreira

Mariana Gomes da Silva Borges

Paloma Aparecida Lima Rocha

Renata de Assis Cunha

        

ESTIGMA – MULHER – NEGRO - POBRE

Trabalho apresentado na disciplina de Psicologia Jurídica, no 5º período diurno do curso de Direito, para a professora Tacyana no Unicerp.

PATROCÍNIO

2018

Mulher

Estigma de gênero da mulher

No passado, especialmente na Grécia, onde o culto era forte, uma pessoa estigmatizada era uma pessoa com marcas. Essas marcas tiravam a beleza, então essas pessoas eram excluídas. Ter marcas significava ter algum mal para a sociedade. Nesse caso, as pessoas marcadas eram excluídas do convívio social. Também não podemos esquecer os estigmas de Cristo, para o cristianismo quem apresentava marcas corporais, era uma graça divina ao contrário dos estigmas anteriores.

De acordo com Goffman, o estigma confere atributos depreciativos aqueles que saem de uma norma padrão. Pois, quem sofre a estigmatização afasta-se da sociedade e até mesmo por sentir que não pode diante de muitas coisas. Assim ocorre a busca da socialização o faz aproximar do grupo que tem o mesmo estigma para serem aceitos e ocorrem também alterações na concepção como você se alto vê. A palavra estigma hoje representa um mal, coisa que deve ser evitada.

Estigmatizar é uma forma de “rotular” uma pessoa como inaceitável e diferente do “normal” por ter algum atributo, traço ou doença. O estigma envolve estereótipos, preconceitos e comportamentos de discriminação. Assim como os negros foram injustiçados no sentido de não terem as mesmas oportunidades que os brancos, as mulheres também sofreram e ainda sofrem a falta de igualdade em muitas áreas da sociedade. Pois, nos dias de hoje a mulher é chamada de delicada, dedicada, sensível, submissa, dona do lar, paciente, calma, mãe, cuidadosa e já os homens tem o sentido de superioridade como, chefe, racional, provedor, forte, dominador e por ai vai os elogios para com os homens. É toda uma cultura social que foi imposta para diferenciar o homem e a mulher com propósitos bem claros de dominação masculina, em toda a sociedade.

As mulheres hoje são muito estigmatizadas e o vírus HIV é uma doença também estigmatizada, pois os estigmas ferem muito mais que a própria doença e os sintomas que ela causa. E no caso, da mulher o preconceito é ainda maior. Maioria das pessoas ao descobrir a doença, acredita que seja um castigo de Deus, mas não é verdade. Pois como já foi falado, os estigmas de Cristo eram vistos como ação divina, assim podemos ver por esse lado e a partir daí buscar o tratamento.

O estigma relacionado ao HIV refere-se ás crenças, atitudes e sentimentos negativos em relação a que as pessoas vivem com HIV, e também com os familiares e pessoas que convivem com elas. Assim, pesquisas mostram que o estigma e a discriminação em prejudicando a sociedade em procurar mais informações sobre o HIV, como um medo de levantar suspeitas ao seu estado sorológico. Por exemplo, uma pessoa não pode deixar de usar preservativo ou não pedir ao seu parceiro para não usar, deixar de fazer um teste com medo que suspeitem que ela ou ele tenha HIV. Pois, também tem pesquisas que mostram que isso também pode estar ligado com o medo da violência do seu parceiro ou até mesmo familiares, prejudicando assim a vontade de acessar e aderir o tratamento no qual ela deveria se submeter, enfraquecendo a ideia da possibilidade da sociedade se protegerem do vírus.

Estigma pode assumir muitas formas, como a verbal que vem com os boatos que a pessoa pode ter a doença, insultos, estigma institucional o qual inclui a perda o emprego pelo status HIV e a negação de cuidados com a saúde, discriminação que sofre. E com isso vêm alguns mitos, que levam a isso, como “As pessoas com HIV são um risco para a saúde pública”, sendo que o contato diário com a pessoa soropositivo não pode adquirir.

Em pesquisa do Programa Conjunto das Nações Unidas, em 19 países, uma em cada quatro mulheres já sofreram ao procurar serviços de saúde, e que também 20% dos indivíduos não frequentam ou evita uma clínica por medo de sofrerem preconceito. Mas as mulheres por ter excesso de confiança muita das vezes não pedem para que seus parceiros usem preservativo, como a estatística preocupa 64% das Brasileiras tem HIV e contraíram dos maridos ou parceiros. Maior parte da dificuldade esta na negociação para o uso do preservativo, pois ai que o parceiro pergunta “Por que quer usar camisinha?” ou então “Pra quê isso, você não tem nada, eu também não tenho nada.”.

O medo do estigma e da discriminação da insegurança a mulher para que fale da condição sorológica para o parceiro assim, temendo a reação deste, pois muitas das vezes o afastamento amoroso do parceiro acontece e isso é o que mais motiva a mulher a não contar sua condição, mas também tem aquele medo de expor sua vida e a situação de sua saúde tida com alguém intimo. Isto muita das vezes causa o isolamento das pessoas vivendo com HIV, pois acreditam que está fadada a solidão.

Agora já o estigma contra os relacionamentos sorodiferentes, vem se mostrando ao contrário, que o HIV é apenas um mero detalhe na união de duas pessoas, sendo possível a união de uma pessoa soropositivo com soronegativo, pois a única diferença, é que deve usar preservativo em todas as relações sexuais que o casal terá.

Hoje, com a comprovação científica de que os soropositivos com carga viral indetectável não transmite o vírus, além da segurança com os métodos contraceptivos vem causando mais segurança e vem quebrando este estigma de que a pessoa com HIV é rotulada como diferente na sociedade por apenas ter uma condição que muitas pessoas não têm. Existe também uma lei de igualdade contra a discriminação ou sendo tratada injusta devido ao estado positivo do HIV, assim todas as pessoas são protegidas pela lei da mesma forma que as outras pessoas são discriminadas por raça, idade, orientação sexual.

Podemos destacar a Lei 12.984:

LEI Nº 12.984, DE 2 DE JUNHO DE 2014.

 

Define o crime de discriminação dos portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e doentes de AIDS.

Art. 1o  Constitui crime punível com reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, as seguintes condutas discriminatórias contra o portador do HIV e o doente de AIDS, em razão da sua condição de portador ou de doente:

I - recusar, procrastinar, cancelar ou segregar a inscrição ou impedir que permaneça como aluno em creche ou estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado;

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