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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA HERMENÊUTICA

Por:   •  15/3/2016  •  Resenha  •  615 Palavras (3 Páginas)  •  291 Visualizações

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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA HERMENÊUTICA

Aluna: Sarah Silvéria de Souza.

Curso: Direito.

Professor: Jesus.

2016


A análise dos textos Interpretação: Jogo e poder; Da critica à autoridade por trás do texto à intentio de auctores (REIMER, Haroldo, 2009) e História da Interpretação Bíblica (VIRKLER, Henry) visa compreender a evolução histórica da Hermenêutica com destaque à influência religiosa e interpretação de seus textos Sagrados.

Segundo Haroldo Reimer, a interpretação tem duas fases: jogo e poder. E é isso que o autor explora em seu texto, dando destaque à interpretação de textos bíblicos, justificando-se pelo fato de que os textos sagrados judeu-cristianismo serviram de arena para o esboço e a experimentação das ideias e conceitos sobre a interpretação enquanto arte ou ciência.

O autor começa então sua análise através da interpretação segundo a tradição rabínica, onde a interpretação se realiza em dois estágios, sendo o primeiro desdes a observação da literalidade do texto e o segundo a atribuição de sentido ao mesmo pelos interpretes, guiados por um conjunto de regras atribuídas segundo a tradição hebraica.

Busca-se, por meio desta análise, constatar a polissemia de um mesmo texto, necessitando assim do que seria mais tarde chamada de teoria da congenialidade (Schlelermarcher), ou seja, a ligação de dois gênios (leitor e autor) por meio de um mesmo texto, trazendo diversas interpretações sobre este.

Dessa forma, para a tradição hebraica, o texto a ser interpretado é um texto aberto, isto é, não cabe a uma autoridade externa admitir um sentido único e último a esse texto, trazendo, diferente do cristianismo medieval, uma metodologia alienada do dogmatismo, sendo possível assim um jogo de interpretações, e apesar da possibilidade de se chegar a uma interpretação dominante, essa interpretação não chega a ser tido como verdade, pois nessa tradição a verdade é vista como inatingível.

O caráter dialógico na hermenêutica hebraica se deve, então, a ausência de poder centralizado na maior parte da história do povo hebreu, dessa forma o sentido da vida estaria, segundo o autor, orientado por sentidos a partir de textos, consagrando a pluralidade de sujeitos e de interpretações.

Diferente dos hebraicos, o cristianismo medieval tomou outro rumo: o controle do sentido pelo chamado Magistério Eclesiástico, que determinava um sentido único para esses textos, partindo do argumento de que a Escritura não é clara em si, necessitando, pois, de agentes autorizados para atribuir-lhe um sentido mais profundo.

Foi este argumento que a Reforma Protestante questionou, junto com outros humanistas e reformadores como Lutero e Calvino o cânon cristão medieval, constituídos por ambos a novo e o antigo testamento, abuscando um certo retorno as fontes originais das Escrituras, em língua e forma, pois a interpretação cabia não a uma autoridade específica, mas sim ao próprio intérprete, que teria o sentido revelado pelo Espirito Santo.

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