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Fichamento capitulo 2 livro Raízes do Brasil

Por:   •  19/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.161 Palavras (5 Páginas)  •  2.675 Visualizações

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Centro Universitário Unifieo

Osasco, 2014

Trabalho de Sociologia e Antropologia

Professor Benedito

Turma: 2º NA

Centro Universitário Unifieo

Osasco, 2014

Trabalho de Sociologia e Antropologia

Professor Benedito

Turma: 2º NA

Nomes:

Erika Gurgel

Gabriela Vieira

Marcus Silva

Tereza Thamires Borges


Introdução

Nas paginas seguintes abordaremos o conteúdo do livro “Raízes do Brasil” do autor Sergio Buarque de Holanda.

Sobre o capítulo 2

”Trabalho e Aventura”

Capítulo 2 – Trabalho & Aventura

O segundo capítulo, “Trabalho & Aventura”, volta-se mais diretamente para o caráter da colonização portuguesa. Sérgio Buarque classifica os homens em dois tipos:

  • O trabalhador, “aquele que enxerga primeira à dificuldade a vencer, não o triunfo a alcançar” e,
  • O aventureiro para o qual apenas o triunfo final interessa.

 Há uma ética do trabalho e outra da aventura. Na conquista do Novo Mundo, tanto a feita por portugueses quanto espanhóis e ingleses predominou o espírito de aventura.

Ele insiste em incluir os ingleses nessa categoria, não fazendo, como faria Caio Prado Jr. em História Econômica do Brasil, a distinção entre a colonização de exploração mercantil, que combinaria com aventureiros, e a colonização de povoamento, que caracterizou a Nova Inglaterra. Mas seu interesse real é pela colonização portuguesa do Brasil, que se transforma imediatamente em característica dos brasileiros. E pergunta: “Essa ânsia de prosperidade sem custo, de títulos honoríficos, de posições e riquezas fáceis, tão notoriamente característica de nossa terra, não é uma das manifestações mais cruas do espírito de aventura?” (p.16).

Esse espírito de aventura, e um radical desinteresse por viver aqui, só pensando no retorno a Portugal, irá caracterizar a colonização portuguesa. O latifúndio, a monocultura e a escravidão surgem naturalmente no trópico, como surge a miscigenação. Os portugueses foram pioneiros nessa matéria. Já era um povo mestiço no momento da descoberta, e já possuíam ampla experiência de escravizar mouros e negros na própria metrópole; as técnicas da plantação da cana-de-açúcar foram transplantadas da sua experiência nas ilhas Madeira. A adaptabilidade do português ao trópico, ao seu clima e a seus alimentos, como a mandioca, e a seus hábitos, como dormir na rede, foi sempre notável.

É também esse espírito que vai determinar a “natureza perdulária” da grande lavoura no Brasil, quase tanto quanto a da mineração. O caráter atrasado, rotineiro, da lavoura, e o pouco uso do arado, não podem ser explicados apenas pelos obstáculos propostos pelo meio tropicais. Estes sem dúvida tiveram seu papel. Imigrantes alemães, por exemplo, adaptaram-se aos mesmos métodos predatórios. Mas os portugueses jamais se sentiram estimulados a vencer a natureza. Os métodos agrícolas, baseados muitas vezes na agricultura itinerante, não apresentavam progresso em relação ao dos indígenas.

Por outro, continuando sua crítica dura da colonização, Sérgio Buarque afirma que não apenas a escravidão e o latifúndio monocultor, mas também a informalidade portuguesa, constituíram-se em obstáculos às demais atividades produtivas e a ao desenvolvimento de profissões e grêmios de ofício. O personalismo, por sua vez, impediu as associações e a competição, que têm um objetivo material comum. Em seu lugar tivemos a “prestância” (helpfulness), que nada tem a ver com a cooperação, e a rivalidade, que, ao contrário da competição, só se interessa pelo dano ou pelo benefício que uma das partes possa fazer à outra. Em linguagem contemporânea, o jogo era sempre de soma zero.

Este lado irracional é completado por uma “suavidade dengosa e açucarada” que invade desde cedo todas as esferas da vida colonial, neste caso por influência da escravidão. E conclui ele, neste momento em oposição polar a Casa-Grande e Senzala (que ele em nenhum momento cita) “Sinuosa até a violência, negadora de virtudes sociais, contemporizadora e narcotizante de qualquer energia realmente produtiva, a ‘moral das senzalas’ veio a imperar na administração, na economia e nas crenças religiosas dos homens do tempo”.

Em compensação faz a crítica da colonização holandesa no Brasil com grande força. É certo que o bom êxito da Holanda em suas próprias fronteiras impedia a emigração para o Brasil. Mas o certo é que os holandeses não tiveram a plasticidade dos portugueses em relação aos trópicos. Seu esforço colonizador “só muito dificilmente transpunha os muros da cidade e não podia implantar-se na vida rural de nosso Nordeste, sem desnaturá-la e perverter-se”.(p.33)

Conclusão

Neste capítulo aborda-se a diferença do Trabalho e Aventura, a fase do Brasil Colonial, a escravidão e a forma que a terra era tratada.

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