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Fichamento do Livro “Cultura um Conceito Antropológico”

Por:   •  10/10/2018  •  Resenha  •  1.480 Palavras (6 Páginas)  •  312 Visualizações

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Disciplina: Antropologia Jurídica

Professor: Dr. João Simões Cardoso  Filho

Aluno: André Matheus de Lucena Moura (201506140120)

Turma:0302015

Fichamento do Livro “Cultura um Conceito Antropológico”

Belém-PA

  1. Introdução

O livro serve de introdução ao tema ‘Cultura’ em seu aspecto antropológico, tendo em vista esse ser um dos objetos de pesquisa dessa ciência social.

O texto inicia com uma abordagem sobre os diversos períodos da história, onde diversas pessoas buscavam descrever práticas de outros povos que não eram praticados por quem observava. Deste modo, percebe-se que desde a antiguidade, foram comuns as tentativas de explicar as diferenças de comportamento entre os homens, a partir das variações dos ambientes físicos.

Ademais, durante muito tempo tentava-se justificar essa diferença de comportamentos, culinárias entre os grupos humanos por fatores de diversidades somatológicas ou mesológicas, bem como através de teorias do determinismo geográfico ou determinismo biológico. No entanto, essas tratativas, mostraram-se incapazes de resolver o dilema entre a conciliação da unidade biológica e a grande diversidade cultural da espécie humana.

 Quanto a teoria determinista, os antropólogos são unanimes em descartar suas hipóteses, por não se convencerem que diferenças genéticas determinam as diferenças culturais. Pois, o comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado, o que se chama endoculturação..

Quanto a teoria do determinismo geográfico que considera que as diferenças do ambiente físico condicionam a diversidade cultural, que considerava o fator climático como um importante fator de diversidade cultural. Um dos grandes argumentos que refutou essa teoria, foi a existência de grande diversidade cultural localizada entre diferentes povos que abitavam o mesmo ambiente físico.

  1. Desenvolvimento do Conceito de Cultura.

O termo inicial foi formulado por Edward Tylor no vocábulo inglês Culture, que significa o todo complexo que inclui conhecimentos, crença, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade. Desse modo, a Cultura passa a ter um caráter de aprendizado em oposição ao caráter de aquisição inata. Tal conceituação, trouxe a contribuição de definir que Cultura é um comportamento aprendido, e que independe de transmissão genética.

Após a inauguração dessa conceituação clássica, surge diversos outros autores tentando formular novos conceitos, seja com acréscimo de elementos ou pela omissão de elementos.

Temos o particularismo histórico (Boas) que defende que cada cultura segue os seus próprios caminhos em função dos diferentes eventos históricos que enfrentou, é uma abordagem que toca na ideia de um evolucionismo cultural por uma perspectiva multilinear.

Enquanto Alfred Kroeber que aborda como a Cultura atua sobre o homem, defendendo a ideia que graças à Cultura a humanidade distanciou-se do mundo animal. O que acarretou sua superioridade em relação aos limites orgânicos.  O que reforça a ideia que a carga genética nada tem haver com as ações e pensamentos culturais, logo todos seus atos dependem de um processo de aprendizado.  

Por isso ele defende que o homem criou o seu próprio processo evolutivo, sem precisar se submeter a grandes modificações biológicas, podendo se adaptar às mais diferentes condições mesológicas. Por isso, o homem superou a própria natureza.

Ademais, aborda que o homem ao adquirir cultural se distanciou da prática de seus antepassados, perdendo suas características animais.  Deste modo, a evolução do homem difere-se em ralação aos demais seres do reino animal.

Por isso o texto defende que o homem é o resultado do meio cultural em que foi socializado, através de um processo acumulativo de experiência e conhecimento adquiridos pelas gerações que antecederam.

Pode-se resumir as ideias de Kroeber sobre cultura nos seguintes elementos, que ela é mais do que uma herança genética; o homem age de acordo com os seus padrões culturais; a cultura é o meio de adaptação aos diferentes ambientes ecológicos; ao adquirir Cultura o homem passou a depender muito mais do aprendizado do que agir através de atitudes geneticamente determinadas; a cultura é um processo acumulativo, resultante de experiências históricas de gerações anteriores.

  1. Ideia sobre a Origem da Cultura.

O texto aborda que uma das preocupações dos estúdios é o modo pelo qual se originou a Cultura. No iniciou buscou-se explicações paleontológicas.

O autor aborda dois antropólogos que passaram a dar uma resposta mais robusta, o primeiro é Claude Lévi-Strauss, que defende que a Cultura surgiu no momento em que o homem convencionou a primeira regra, a primeira norma. E o outro é Leslie White, que considera a origem como sendo a passagem do estado animal para o humano, que ocorre quando o cérebro do homem foi capaz de gerar símbolos.

  1. Teorias modernas sobre Cultura

Uma das tarefas da antropologia  modera tem sido a reconstrução do conceito de cultura, fragmentado por numerosas reformulações. Um das Teoria modernas pertence ao antropólogo Roger Keesing, no qual classifica as tentativas modernas de obter uma precisão conceitual. Keesing refere-se, inicialmente, às teorias que consideram a cultura como um sistema adaptativo. Difundida por neo-evolucionistas como Leslie White, esta posição foi reformulada criativamente por Sahlins, Harris, Carneiro, Rappaport, Vayda e outros que, apesar das fortes divergências que apresentam entre si, concordam que:

  1. Culturas são sistemas que servem para adaptar as comunidades humanas aos seus embasamentos biológicos;
  2.  Mudança cultural é primariamente um processo de adaptação equivalente à seleção natural;
  3. A tecnologia, economia de subsistência e os elementos da organização social estão diretamente ligada à produção constituem o domínio mais adaptativo da cultura.

Posteriormente ele aborda às teorias idealistas de cultura: A que considera cultura como sistema cognitivo, sendo a cultura um sistema de conhecimento (i). A segunda abordagem é aquela que considera cultura como sistemas estruturais (Claude Lévi-Strauss), que busca desvendar as estruturas de domínios culturais (ii). A última abordagem é aquela que considera Cultura como sistemas simbólicos, sendo desenvolvida pelos Estados Unidos, que buscavam uma definição de homem baseado na cultura, logo estudar cultura é estudar um código de símbolos partilhados pelos membros dessa cultura.

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