TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

MODELO PETIÇÃO REVISIONAL

Por:   •  5/4/2018  •  Tese  •  3.239 Palavras (13 Páginas)  •  220 Visualizações

Página 1 de 13

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA     VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL DE SANTO AMARO DA CAPITAL DE SÃO PAULO – SP.

Defesa do Consumidor com pedido de antecipação parcial dos efeitos de tutela

WAGNER ANTONIO MARTINS, brasileiro, maior, divorciado, motorista, inscrito no CPF/MF sob o nº 107.003.458-41, portador do RG nº 186.83.006 – SSP/SP, residente na Rua Antônio Pinto, 780 – Lins/SP – CEP: 16401-473, via de seu procurador adiante assinado, vem a presença de Vossa Excelência, com o devido e costumeiro acato, propor

                                  AÇÃO REVISIONAL

   

   

em face de

AYMORÉ C.F.I S.A,, instituição financeira de Direito Privado, regularmente inscrita no CNPJ/MF sob o n° 07.707.650/0001-10, com endereço na Rua Amador Bueno, n° 474 – Bloco C, 1 Andar – Santo Amaro - São Paulo/SP, com fundamento no artigo 6º, inciso V da Lei 8.078/90, pelos motivos de fato e de direito que a seguir expõe:

DA COMPETÊNCIA DESTE MM. JUÍZO

Preliminarmente, requer a distribuição do feito junto a este MM. Juízo, nos termos do disposto no artigo 46 do Código de Processo Civil, tendo em vista a localização da sede do réu, bem como, por ser o mais adequado para defesa dos direitos de consumidor do autor, conferidos pela Lei n.8.078/90.

PRELIMINARMENTE:

O Requerente pleiteia os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, assegurada pela Lei 1060/50, tendo em vista tratar-se de Pessoa Física que atravessa grave crise econômica, não podendo arcar com as despesas processuais e custas sem prejuízo do seu sustento e de sua família.

Salienta-se que a área profissional em que o autor atua fora gravemente afetada pela crise econômica que assola o país, tendo alterando o poder aquisitivo do autor, bem como o nível de comprometimento de sua renda junto a sua família.

Dessa forma, uma vez que o Novo Código de Processo Civil é cristalino ao afirmar que a pessoa física, brasileira ou estrangeira, que por insuficiência de recursos não puder arcar com as custas e despesas processuais fazem jus ao benefício da assistência judiciária gratuita, nos termos do Art. 98 do NCPC, requer o  requerente que seja deferido o benefício pleiteado.

DOS FATOS

O autor firmou com a ré Contrato Crédito Bancário, tendo o contrato a duração de 60 (sessenta) parcelas no valor de R$1.784,03 cada, para a aquisição de um veículo de MARCA: CHEVROLET, MODELO: CRUZE LT NB, ANO/MODELO: 2015/2015, COR: PRATA, destinado a uso exclusivo para a atividade laboral do autor, uma vez que labora como motorista e utiliza o referido bem para tanto.

 

Insta salientar, que o requerente sempre agiu de boa-fé e procurou honrar com o pactuado. Porém, ocorre que quando veio a atrasar o pagamento de uma parcela, notou um valor exorbitante cobrado pela inadimplência, o qual acresce de forma absurda a cada dia, impossibilitando que o requerente venha adimplir com a parcela, trata-se de prática abusiva de Instituição Financeira, prendendo o autor na dívida. Incrédulo com a prática abusiva, não teve outra alternativa senão socorrer-se ao judiciário para que fosse feito justiça.

O autor não concorda com parte das cláusulas contratuais expressas no contrato, uma vez que vão contra a legislação em vigor e Súmulas do STJ, o que acarretou e acarretará o aumento excessivo das parcelas que estejam ou poderão estar em atraso, causando dificuldades para que o Requerente consiga adimplir com estas parcelas, bem como limitou os direitos do autor concedidos pelo CDC, restando ao requerente buscar a tutela jurisdicional do Estado.

Cabe esclarecer, que a ré prevê em seu contrato de adesão, de forma expressa que quando em mora, incidirá três tipos de encargos: comissão de permanência (podendo estar camuflada a título de juros remuneratórios), juros moratórios e multa contratual, havendo cumulação excessiva, sendo que é prática abusiva, estando já pacificado este entendimento pelos Tribunais de todo o país, inclusive do Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo, conforme acórdãos anexo a esta exordial.

Diante disso, será comprovado na instrução processual a prática denunciada com a simples visualização das cláusulas contratuais ou caso necessário, através de perícia contábil.

Daí o motivo dos reclamos ao poder judiciário, com base no art. 6º incisos V, VII e VIII da Lei 8.078/90 e Decreto n. 22.626/33, consubstanciando na instauração da presente demanda, para que todo o relacionamento negocial entre autor e ré seja trazido ao âmbito da legalidade.          

   

       

DA POSSIBILIDADE DE REVISÃO DO CONTRATO

O contrato firmado entre as partes é nos termos do artigo 2º da Lei 8.078/90 c/c a parte final do Parágrafo 2º do artigo 3º do mesmo diploma legal (Código de Defesa do Consumidor) uma autêntica relação de consumo, confira-se:

                                     

 Art. 2º ......

“Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final”  

                                                        Art. 3º, parágrafo 2º....              

                                       

“Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes de relações de caráter trabalhista.”                         

             

                 

E, o mesmo diploma legal, (Lei 8.078/90) no seu art. 6º, inciso V, assegura, de modo expresso que:

são direitos do consumidor: (...) a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas.”  (grifamos) 

...

Baixar como (para membros premium)  txt (19.1 Kb)   pdf (287.3 Kb)   docx (27.8 Kb)  
Continuar por mais 12 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com