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Noções Introdutórias de Psicologia. Psicologia Jurídica. Interdisciplinaridade

Por:   •  26/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  17.329 Palavras (70 Páginas)  •  711 Visualizações

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PSICOLOGIA JURÍDICA

Noções Introdutórias de Psicologia. Psicologia Jurídica. Interdisciplinaridade. Comportamento e Convivência Social. Violência, Criminalidade e Toxicomania. Normal e Patológico.

ALERTA: 

*Este material de apoio pode ser um ótimo ponto de partida, mas não substitui o contato direto com a ampla pesquisa Brasileira desenvolvida em Psicologia Jurídica

        Iniciaremos este trabalho explicitando o que é a Psicologia, seus objetivos e suas principais especialidades. Assim sendo temos: Psico = mente e logos = estudo, trabalho, assim a Psicologia moderna pode ser definida como o “estudo científico do comportamento e dos processos mentais” (Trindade, 2004). O comportamento por sua vez é tudo aquilo que caracteriza as ações do ser humano (falar, escrever, dançar, ler, crenças) e os processos mentais são as experiências internas (sentimentos, afetos, desejos, lembranças).

        A Ciência Psicológica possui diversas áreas de atuação, assim como a Ciência Jurídica. Citaremos aqui algumas: Psicologia Clínica, Psicologia Educacional, Psicologia da Saúde, Psicologia Organizacional, Psicologia Comunitária, Psicologia Esportiva, Psicologia Ambiental. Assim como existe diferentes áreas de atuação existe diferentes linhas teóricas. Vejamos:  

Linhas Teóricas, aplicações e características de tratamento.           Quadro da autora

Modelo Teórico

Elemento Básico

Tipo de Tratamento

ᴪ Psicanálise/ Sigmund Freud

Cria o conceito de consciente, inconsciente e subconsciente/ id, ego e superego

Psicanálise e Psicoterapia psicodinâmica (usa a interpretação de sonhos, transferência e contratransferência)

ᴪ Experimental/ Wilhelm Wundt, Ernest Weber

Examina comportamentos de humanos/animais ligados a aprendizagem, motivação, emoção, condicionamento, percepção.

Parte do rigor da análise em laboratório de comportamentos trabalha com estimulo e resposta.

ᴪ Comportamental, Behaviorismo / Ivan Pavlov, Skinner

Trabalha com a Observação sistemática do comportamento e dos efeitos que os estímulos e as respostas podem causar  

Terapia de modificação de comportamento desadaptado. Técnicas de condicionamento operante.

ᴪ Humanista/ C. Rogers, Abraham Maslov

Os valores humanos e as experiências subjetivas de cada indivíduo na sua trajetória existencial

Terapia centrada no cliente

ᴪ Gestalt/ Kurt Kofka, Wolfgang Kohler

Estudo dos processos psicológicos e físicos envolvidos na ilusão de ótica.  Causa e Efeito

Gestalt-terapia visa à adaptação harmoniosa do indivíduo ao ambiente/grupoterapia.

Ainda nesta perspectiva é importante sabermos que a Ciência Psicológica possui cinco Paradigmas Teóricos, como o Modelo Psicanalítico, Modelo Comportamental, Modelo Humanista, Modelo Cognitivo e o Modelo Biológico.

  1. Historia da Psicologia Enquanto Ciência

Se partirmos do princípio que o homem é um ser histórico, que produz a história e paralelamente se constrói dela, isso implica que para compreendê-lo é necessário estudar a sua história. Assim, para entendermos o presente devemos estudar e entender o passado, pois desta forma estaremos entendendo o pensar e agir humanos condicionados pelo tempo.

A autora Agnes Heller (1985, p.2) em seu livro O Cotidiano e a História __ afirmam que: “A história é a substância da sociedade. A sociedade não dispõe de nenhuma substância além do homem, pois os homens são portadores da objetividade social, cabendo-lhes exclusivamente a construção e transmissão de cada estrutura social”. Então pode-se concluir que o acúmulo dos conhecimentos advindos de outras épocas, nos faz progredir, criar, reinventar, aperfeiçoar o que as gerações antecessoras já desenvolveram, dando assim continuidade ao processo de “desenvolvimento” da humanidade. A humanidade se reinventa de geração em geração.

Atores importantes da historia da humanidade são os filósofos, que nas suas respectivas épocas buscavam dimensionar as múltiplas facetas do homem. Temos assim, os primeiros pensadores de idéias úteis à Psicologia. Alcméon de Crotona (520 – 450 a.C), médico que viveu por volta do século V a.C. ao praticar a dissecação de animais estabelece a existência de nervos e formula um esboço da fisiologia dos sentidos e sugere ainda que o cérebro fosse o centro da alma. Sugeria ainda que a saúde do indivíduo esta no equilíbrio dos contrários onde a supremacia de um deles resulta em doença.

Ainda entre os pré – socráticos (nome dado aos pensadores que viveram antes de Sócrates, entre 469 – 399 a.C.), são merecedores de destaque Anaximandro e Anaxímenes (século VI a.C.) os quais afirmavam ser a alma o ar, o sopro da vida, o hálito vital ou a psyché.

Mas foi com Sócrates que a filosofia se dedicou ao estudo da consciência humana e direcionou ao homem o seu objeto de estudo. Seu método esta ligada a introspecção, ou seja, procurar dentro de si, a verdade que lá se encontra (conhecer a si mesmo), configurando assim a consciência como um dos objetos de estudo da Psicologia.

Outros pensadores contribuíram ao longo da história para a consolidação da Ciência Psicológica. Vejamos a seguir:

Contribuições para a Formação da Ciência Psicológica através da História

Filósofo

Contribuições

Sócrates (469 -399 a.C)

Postula que a principal característica do homem é a razão e que esta o diferencia de outros animais.

Platão (427 – 347 a.C)

Concebe a razão (alma) separada do corpo, tendo como elemento de ligações a medula. A razão se localizaria na cabeça. Para ele, as idéias/características humanas eram geradas a partir do próprio interior do homem.

Aristóteles (384 – 322 a.C)

Alma e corpo não podem ser dissociados. Para ele, a psyché seria o princípio ativo da vida. O homem possuiria a alma racional, com a função pensante, Estuda os fenômenos de sensação e percepção (órgão dos sentidos). Reconhece a importância dos fatores externos que são percebidos pelos órgãos sensoriais. Considerado o pai da Psicologia por ter escrito o tratado Da Anima.

Santo Agostinho (354 – 430)

Defende a cisão entre homem e corpo. Alma como prova da manifestação divina no homem.

São Tomás de Aquino (1225 -1274)

Discussão entre essência e existência. O homem, na sua essência, busca a perfeição através da existência, que seriam unidas pelo encontro com Deus.

Quadro da apostila Psicologia nas Instituições Jurídicas (Bastos, 2009)

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