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Não Queirais julgar para que não sejais julgados

Por:   •  5/11/2017  •  Resenha  •  452 Palavras (2 Páginas)  •  293 Visualizações

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Não queirais julgar para que não sejais julgados

ASSIS, Machado de. Suje-se gordo! In: Páginas recolhidas/ Relíquias de casa velha. Edição preparada por Marta de Senna. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2008. p. 195-202.

Joaquim Maria Machado de Assis é considerado por muitos o maior nome da Literatura Brasileira. Um escritor completo escreveu romances, contos, teatro, poemas e mais de seiscentas crônicas. Um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, como também o seu primeiro presidente. Como exemplo o conto Suje-se, Gordo! Que faz parte de um livro chamado Relíquias de Casa Velha. Machado de Assis viveu entre os períodos do Romantismo e do Realismo, nasceu em 1839, no Rio de Janeiro, onde passou toda a sua vida, até morrer de câncer em 1908.

O conto fala de um homem que encontra um amigo no Teatro ambos estão assistindo um peça que reproduz um tribunal do júri, o que lhe faz lembrar que participou de um júri, e que não era a favor  desse tipo de julgamento. E que já havia participado de dois julgamentos e havia absolvido os réus nas duas ocasiões.

O homem começa a lembrar de um dos julgamentos, e relata que não tinha assistido a um julgamento tão brilhante. Fala com detalhes dos debates, do discurso do promotor, lembra-se das fisionomias dos membros do júri. E um dos jurados chama-lhe a atenção em especial, um ruivo, de nome Lopes, que firmemente condenava o acusado, e insistia em dizer que o valor era uma miséria, e cada vez que falava que ele era culpado, falava suje-se gordo.

O tempo passa e o homem é novamente convocado para o júri, a priori recusa, mas depois é convencido, e um dos casos que julga, é do desvio de um valor ilusório cometido por um funcionário de um banco, que ele mesmo reconhece sendo o mesmo Lopes, o jurado, agora do outro lado, e a expressão que o mesmo Lopes falava agora faz sentido ao homem, ele assustado tem convicção do crime do seu antigo colega de júri, e condena o mesmo, porem os outros jurados o inocenta, colocando em duvida a sentença do homem, que por sua vez sente-se de consciência tranquila, pois julgou conforme acreditou ser o correto.

A leitura do conto é recomendada, pois trata de um texto brilhante, capaz de prender o leitor, a cada paragrafo, mostra a diferença de julgamentos de uma mesma pessoa, diante de um crime, confronta o senso e o conceito de justiça, quando o homem que outrora acusava o homem pelo desvio de duzentos contos de reis, encontra-se no banco dos réus acusado do desvio de quantia de menor valor. Trata da moral do ser humano, e das contradições de sua mente, quanto ao que é justo.

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