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O Caso dos Exploradores de Cavernas

Por:   •  5/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  783 Palavras (4 Páginas)  •  181 Visualizações

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FULLER, Lon Luvois (Ed.). O Caso dos Exploradores de Cavernas. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 1976.

Em de 4299, cinco integrantes da Sociedade Espeleológica (uma organização amadorística de exploração de cavernas) (p.6), adentraram uma caverna. Enquanto estavam distantes da saída da caverna, houve um grande deslizamento. Pedras calcárias de grande porte caíram, bloqueando a única saída existente na caverna. Uma expedição de resgate foi até a caverna após familiares dos membros em questão perceberem a ausência destes e avisarem ao secretário da sociedade, pois indícios na sede da organização mostravam a localização. Uma grande quantidade de colaboradores foi necessária para a missão, enquanto o trabalho era realizado, mais desmoronamentos aconteciam, o que resultou na morte de 10 trabalhadores.

No vigésimo dia após o desabamento, descobriu-se a existência de um rádio levado pelos homens que poderia estabelecer uma comunicação entre os dois lados da parede de rochas. Os exploradores tinham poucas provisões e, dentro da caverna, não havia animais ou vegetação que pudesse servir de alimento. Pediram por opinião médica, se existia uma chance de sobrevivência sem comida por mais dez dias (tempo dado pelos engenheiros para abertura da saída) (p. 7), a resposta foi negativa, o que já era de se esperar.

O chefe dos médicos assumiu a comunicação e Roger Whetmore, um dos exploradores, em nome de todos, perguntou se, consumindo a carne do corpo de um deles, existia chance de sobrevivência, dessa vez a resposta foi afirmativa. Whetmore indagou ainda se tirar a sorte para escolher qual deles seria o alimento era aconselhável, pergunta a qual não se obteve resposta. Whetmore procurou ainda por um juiz ou outro oficial do governo que lhe desse a tal resposta, nenhum dos presentes se dispôs. Perguntou também se algum sacerdote poderia respondê-lo, mas ninguém quis. A partir deste momento, a comunicação foi cortada e erroneamente, supôs-se que a bateria do rádio dentro da caverna havia descarregado. Após a libertação dos homens presos, descobriu-se que no vigésimo terceiro dia, Whetmore foi morto pelos seus quatro companheiros.

Após voltarem do hospital para tratamento físico e emocional, os quatro sobreviventes foram acusados e sentenciados à forca pela morte de Roger Whetmore (com veredito especial do júri, dando poder ao juiz), porém, mesmo a lei sendo clara: "Quem quer que intencionalmente prive a outrem da vida será punido com a morte". N.C.S.A. (n.s.) § 12-A. (p. 8), cartas enviadas por membros do júri dissolvido pediam a redução da pena para prisão de seis meses, devido às circunstâncias do ocorrido. Neste ponto, a interpretação da lei não é aberta, o artigo é conciso e as tais cartas iam contra a lei, que deveria ser aplicada de forma imparcial.

Foi o próprio Whetmore quem propôs usar como alimento a carne de um dos expedicionários, também foi Whetmore quem propôs tirar a sorte, dando como exemplo uns dados que ele tinha. Os réus, inicialmente, relutaram em adotar tal procedimento, mas, visto que não sobreviveriam sem alimento, finalmente, concordaram com o plano proposto.

Antes de tirarem a sorte, Whetmore desistiu e decidiu esperar mais uma semana para chegar a este ponto extremo. Os outros o acusaram de quebra de boa vontade e arremessaram os dados, contrariando sua vontade e o colocando em uma situação na qual ele não queria se colocar. Na vez de Whetmore, um dos réus lançou os dados em seu lugar e o resultado levou Whetmore a ser morto e consumido.

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