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O Embate Heráclito e Parmênides

Por:   •  9/3/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.604 Palavras (7 Páginas)  •  70 Visualizações

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Introdução à Filosofia

  1. O embate Heráclito e Parmênides.

Heráclito

           Heráclito, Nasceu em Éfeso, na Ásia Menor, no século VI a.C. Aristocrata de nascimento e engenho, despreza multidões  e os falsos sábios, e não poupava em suas críticas nem mesmo a grande tradição literária e a religião. Não foi fundador de nenhuma escola filosófica entretanto os Estóicos aprenderam muito com os seus ensinamentos.  Não foi a experiência do múltiplo, que tanto impacto causara em seus concidadãos, como Tales, Anaximandro e Anaxímenes, mas a experiência do devir tudo é vir-a-ser, tudo muda, tudo se transforma. Para Heráclito o mundo estava em constante transformação “As coisas são como um rio, não há nada permanente”. O mesmo reconhece que também o devir tem sua causa e obedece  a uma lei. A causa do devir só pode ser homogênea com ele. Por isso Heráclito lhe dá como princípio o fogo o qual é é existido pela consumação de outras coisas é o tipo mais apropriado do devir. Como o fogo tá em constante transformação variando entre o ascendente e descendente o fogo vai sempre se transformar até se tornar ar, água, e terra novamente portanto no movimento ascendente estes elementos se rarefazem e voltam a ser fogo. Heráclito acreditava que a lei que regula os movimentos ascendente e descendente e que causa a ordem e a harmonia das coisas é a razão universal, o logos que segundo Heráclito, o logos não é uma realidade transcendente nem uma inteligência ordenadora existente fora do mundo, mas algo de imanente, uma lei intrínseca existente nas coisas, logo esta lei imanente nas coisas é Deus únicos na visão de Heráclito. Mas as ideias de Heráclito até então não se afastava muito das ideias dos jônios. Mas ela entra por um caminho novo e atinge alturas desconhecidas quando começa a indagar sobre a natureza do devir e descobre que ele é sempre o resultado de uma luta. O devir é essencialmente uma unidade de polaridade com pólos opostos e contrários e a realidade que está toda no via-a-ser, não é outra coisa senão a renovada harmonia de contrários: do dia e da noite, do verão e do inverno, e da diferença entre a vida e da morte. Heráclito julgando que o homem tem dois instrumentos para o conhecimento da verdade, a saber, a sensação e a razão, considerou que a primeira não digna de fé, fazendo por isso, da razão o critério da verdade, rejeita a sensação, dizendo literalmente Olhos e ouvidos são más testemunhas para os homens. Ele funda a moral diretamente sobre o logos. O homem pode torna-se sábio, bom e feliz se procurar unir-se ao logos. O meio principal para se conseguir isto é o conhecimento de si mesmo, porque o conhecimento de si mesmo leva ao Logos. Pelo o conhecimento do Logos o homem compreende que as tensões da vida são contrabalançadas pela harmonia geral das coisas. O homem aproxima-se do Logos percorrendo a vida ascendente da verdade e não a via descendente do prazer. Todo homem é responsável pelo o próprio destino, porque ele que decide seguir a via ascendente ou a descendente. A alma que segue a via descendente, a via do prazer, no momento da sua morte cessa de existir, Mas a alma que percorre a via ascendente, no momento da morte, se une novamente ao fogo eterno.

Parmênides

        Parmênides, Nasceu em Eléia no século V a.c, foi filósofo e poeta de altíssimo engenho. Acreditasse que Parmênides foi discípulo de Xenófares que por sua vez foi discípulo de Anaximandro. A sua obra principal é poema sobre a natureza, dividido em duas partes: Da verdade e Da opinião. O núcleo central do pensamento é constituído pela distinção radical entre o ser e o não ser e pela afirmação da exclusiva realidade do ser. Esta doutrina vem admiravelmente expressa nos versos seguites:

Jamais poderá existir força de constrangimento que faça ser aquilo que não é;

Porque é integro em seus membros e firme e sem um termo para o qual tender.

Jamais foi e jamais será, porque é agora e simultaneamente tudo em sua completeza.

      Vê-se que, para Parmênides a única realidade é o ser não é possível nenhuma outra realidade, nem o vir a ser como queria Heráclito. De fato, ou uma coisa é ou não é. Se é, não pode vir a ser, porque já é. Se não é, não pode vir a ser, porque do nada não se tira nada( se o não ser fosse alguma coisa, teríamos a contradição de alguma coisa que, ao mesmo tempo, é e não é). Parmênides  provavelmente queria pôr em relevo a correlação entre o ser e o pensamento, e a necessidade para o pensamento de pensar “O ser e o pensar são a mesma coisa” Sem o ser, no qual o pensar se encontra expresso, não há pensamento”. Logo Parmênides quer afirmar que o objetivo de nosso pensamento é o ser e que o não ser não é pensável. Coerente com este postulado, passando das exigências do pensamento ao mundo da experiência, interpreta-o à luz das leis do pensamento e conclui que o nascer e o perecer das coisas, ou seja, toda forma de vir a ser, são puros nomes que exprimem as opiniões.

Parmênides é considerado universalmente como o primeiro grande metafísico da História, porque foi o primeiro filósofo que procurou esclarecer a noção fundamental do ser. Parmênides também foi o primeiro a insistir na distinção entre razão e sentidos: os sentidos nos enganam, dando a impressão de que as coisas são sujeitas ao vir a ser, ao passo que a razão nos revela o absurdo desta impressão.

Posicionamento sobre o embate

          Meio a meio, Heráclito acreditava que na existência de um ser que está em constante transformação, em um mundo que está em constante movimento com a ideia de tudo flui, “Tudo é vir a ser tudo muda, tudo se transforma”. Entretanto, Parmênides acreditava que o ser é imutável de tal maneira que pra ele ou uma coisa é ou não é, “se é, não pode vir a ser, porque já é, então se não é, não pode vir a ser”. Acredito que se consideramos a pessoa como um ser e pensarmos na essência da mesma isso não vai mudar e nisso podemos adicionar o conceito de  Parmênides a ideia do ser imutável. E também pegando o homem como exemplo de um ser que tá em constante mudança seria justamente o homem que tá em constante transformação

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