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O mundo assombrado pelos demônios

Por:   •  29/5/2019  •  Resenha  •  949 Palavras (4 Páginas)  •  447 Visualizações

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O livro de Carl Sagan - O mundo assombrado pelos demônios - traz consigo importantes apontamentos que se tornam passíveis de discussão a medida que se relaciona ciência e senso comum. Já na apresentação de seu livro é possível constatar que o autor possui o intuito de discutir a ciência e a racionalidade humana. Não somente isto, a obra trata de criticar o que o autor chama de "analfabetismo cientifico" que seria o resultado da falha na educação científica da sociedade, deixando enormes lacunas para que fenômenos cotidianos sejam considerados "fantásticos" à medida que as pessoas não os entendem cientificamente. É possível constatar uma aspecto especial do cientista escritor que se caracteriza por se tratar de uma tentativa de oferecer uma visão resumida e de fácil compreensão de como funciona o método científico, e de como aplica-lo no cotidiano. A sua abordagem, de modo geral, trata-se de um tratamento de desintoxicação de ignorância das pessoas, sendo esta por sua vez considerada o demônio do obscurantismo.

Por conseguinte, no primeiro capítulo da obra nomeado "A coisa mais preciosa", Carl discorre sobre aquilo que ele nomeia de ciência verdadeira e sua imitação barata. Para isso ele se utiliza de uma conversa com seu motorista como ponto de partida. Esse caso se passa na sua ida a um programa de tv para fazer parte de "uma conferência de cientistas e profissionais de televisão cujo objetivo, aparentemente inútil, era melhorar a apresentação da ciência na televisão." (pág. 11) Carl Sagan constata, a partir de seu diálogo, que o homem que dirigia tinha grande conhecimento acerca de assuntos que não possuíam a menor credibilidade científica por não apresentarem constatação concisa. Dessa forma, ele critica o condutor e diz que este deveria ser mais cético e acreditar menos nas informações fornecidas pela cultura popular como é possível se observar na passagem: "Se houvesse ampla compreensão de que os dados do conhecimento requerem evidência adequada antes de poder ser aceitos, não haveria espaço para a pseudociência." (pág. 14)

A partir de então, Sagan define o que é ciência, pseudociência e busca indícios para mostrar que mesmo hoje, nos dias modernos, acreditamos em diversos mitos tão fantásticos como os de antigamente, apenas maquiados, como os primeiros mitos por exemplo. Dessa maneira, a pseudociência seria aquela que nutre fantasias do senso comum, que parece utilizar métodos mas que na realidade são infiéis e não possuem comprovação alguma. Tratam-se de mitos que tentam se utilizar da roupagem cientifica para constatar sua veracidade mas que na verdade não são resultado de ciência alguma. Por fim, a sua popularidade se dá por meio de uma visão romântica da vida que as pessoas gostariam de viver e isso se torna ainda mais forte a medida que os meios midiáticos a reproduzem. Por sua vez, a ciência é justamente o contrário da primeira, uma vez que se utiliza do ceticismo, do pensamento lógico, racional, e do conhecimento acerca do método científico. Isso demonstra sua credibilidade, pois ao poder ser constatada através da razão, descarta automaticamente falácias que se sustentariam no caso da pseudociência.

Valido é, dessa maneira, identificar a proposta que o recente capítulo faz aos seus leitores por meio do que traz em seu conteúdo. Assim, de acordo com Sagan, "o método da ciência, por mais enfadonho e ranzinza que pareça, é muito mais importante do que as descobertas dela". (pág. 29) O método cientifico, portanto, caracteriza-se por ser

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