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PLANO mARSHALL

Por:   •  17/11/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.432 Palavras (10 Páginas)  •  372 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

 

Com o final da Segunda Guerra Mundial, muitos países ficaram destruídos. Era necessário muito investimento financeiro para que fosse possível reconstruí-los. Neste contexto, várias medidas foram criadas, entre elas o Plano Marshall, objeto de nosso estudo, que foi criado pelos Estados Unidos pelo seu secretário de Estado George Marshall. Se tratava de um plano econômico onde a ajuda foi feita através de empréstimos financeiros.

Veremos que o Plano Marshall deve ser entendido dentro do contexto histórico da Guerra Fria, pois foi uma forma de fortalecer o sistema capitalista e a hegemonia dos Estados Unidos fazendo frente ao sistema socialista da União Soviética. Teve como alguns dos principais objetivos, possibilitar a reconstrução material dos países capitalistas destruídos na Segunda Guerra Mundial, recuperar e reorganizar a economia dos países capitalistas, aumentando o vínculo deles com os Estados Unidos, principalmente através das relações comerciais e fazer frente aos avanços do socialismo presente, principalmente, no leste europeu e comandado pela extinta União Soviética.

A implantação do Plano Marshall suscitou muitas reações nos países contrários aos Estado Unidos, como a criação da COMECON pela URSS.

 

  


2. EUROPA APÓS A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Com o fim da segunda guerra mundial em 1945, a Europa ficou destruída com milhões de mortos, desaparecidos e órfãos.

Milhares de pessoas ficavam vagando pelas ruas sem casa, comida nem abrigo. A destruição tinha atingido a indústria, os transportes, as comunicações e a Europa se encontrava totalmente em crise.

Ao fim do conflito, a Europa Ocidental encontrava-se devastada, a falta de alojamento e o desemprego, somados aos estragos da guerra, causavam constante agitação social, que ameaçava a estabilidade do sistema capitalista.

Além disso, com as enormes dívidas que os países contraíram com a guerra, não sobravam recursos suficientes para a reconstrução.

O Mapa continental mudou drasticamente, países perderam territórios e fronteiras, conforme demonstram os mapas a seguida Europa após a primeira guerra mundial e a segunda guerra mundial.

Mapa geográfico da Europa após a I Guerra Mundial:

[pic 1]

Mapa geográfico da Europa após a I Guerra Mundial:

[pic 2]

O fim da Segunda Guerra trouxe um grande prejuízo ao continente Europeu. Sendo o maior palco dos conflitos, o Velho Mundo fez parte de números inimagináveis. O conflito contabilizou um gasto total de 413, 25 bilhões de libras, fabricou mais de 296 mil aviões e 53 milhões de toneladas de equipamentos navais. Por todo o mundo, cerca de 45 milhões de vidas foram ceifadas, sendo a grande maioria de inocentes. 

          Por outro lado, existiram aquelas nações que viram no sangrento conflito uma grande oportunidade de ganho econômico. Os canadenses fabricaram mais de 16 mil aviões e 3 milhões de navios. Em curto espaço de tempo, ampliou sua indústria de metais pesados, principalmente nas áreas de alumínio, níquel, cromo e aço. Os Estados Unidos, considerado o maior beneficiário, dobrou o seu parque industrial nos anos de guerra.
 

          Depois de estabilizada a situação, os países aliados começaram a promover os diálogos sobre a situação política e econômica mundial. Entre os anos de 1943 e 1947, diversas reuniões internacionais foram realizadas com o propósito de selar diferentes acordos diplomáticos e ajudas financeiras, como por exemplo o plano Marshall, que iremos ver a seguir.


  1. PLANO MARSHALL

Tudo se iniciou no ano de 1947, quando após o final da Segunda Guerra Mundial, em meio ao caos deixado por ela, os países europeus viviam em uma crise imensurável, onde a comida e emprego eram escassos e as cidades encontravam-se desmoronadas, devido aos bombardeios de outrora, onde seus cidadãos se viam sem perspectiva de recuperação econômica e muito menos emocional.

Quem desembarcasse no porto do Havre, em Antuérpia ou em Amsterdam, entrando no continente adentro, somente veria ruínas e desolação por todos os lados.[1]

Diante de tal cenário, todas as lideranças influentes da época pensavam em alternativas para tirar a Europa deste cenário decadente. Acima de tudo era necessário fazer renascer a esperança restaurando a economia das vítimas da guerra e da ocupação militar.

Em março de 1947, a pretexto de apoiar o governo monarquista da Grécia (envolvido numa guerra civil contra os comunistas), o presidente dos EUA comprometeu-se a combater o comunismo em escala global, lançando assim as bases da Doutrina Truman. Faltava-lhe, porém, uma plataforma econômica para respaldar sua política de contenção ao comunismo.²

Em abril de 1947 George Marshall, então secretário de Estado dos EUA, apresentou argumentos para que os Estados Unidos iniciassem uma estratégia de ação unificada e que tinha como objetivo a resolução dos problemas da Europa. George Frost Kennan foi designado para que esboçasse o plano de apoio e reconstrução que superasse ações isoladas de atendimento aos problemas de cada uma das nações. Acreditava-se em uma ação conjunta de recuperação e desenvolvimento ao continente europeu como um todo. O secretário de Estado George Marshall em discurso realizado em Harvard, apresentou a defesa da criação de um plano para recuperar a economia da Europa. Depois houve uma intensa propaganda, em busca de apoio da população e do congresso estadunidense à aprovação da lei. Sua aprovação aconteceu no dia 02 de abril de 1948 e foi assinada por Harry Truman, no dia seguinte.

Surge assim o Plano Marshall, conhecido também como Programa de Recuperação da Europa.

Tratava o problema europeu de forma integral, pois seus mentores acreditavam que somente era possível recuperar a economia, gerar empregos, superar o imenso déficit habitacional e, dessa forma, elevar o nível de vida da população, através de uma ação sistêmica. Assim, entre abril de 1948 e dezembro de 1951, os EUA investiram 13,3 bilhões de dólares na Europa.

A reconstrução da Europa Ocidental e a contenção à possível expansão comunista foram apresentadas como objetivo do programa. Contudo, alguns especialistas afirmam que o seu alvo principal não era a recuperação da Europa, mas redirecionar o capitalismo autárquico enraizado no continente, atender às necessidades domésticas do capitalismo dos EUA e alicerçar a nova ordem mundial em construção. Dessa perspectiva, o Plano Marshall visava à americanização da Europa, à universalização do modelo econômico dos EUA e do American way of life. (MUNHOZ, 2007, p. 56)

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