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Questionário sobre santo agostinho, sao tomá de aquino, jusnaturalismo e outros

Por:   •  3/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.879 Palavras (8 Páginas)  •  1.274 Visualizações

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Questionário

  1. Defina como se dá a construção da ética segundo os estoicos.

R: A ética estoica é uma ética que se pauta na compreensão reflexiva, na meditação que conduz a um estado de imperturbabilidade, de serenidade e de paciência: virtudes saturninas que, se integradas, conduzem a uma paz duradoura e permitem o exercício do verdadeiro poder, aquele que exercemos sobre nós mesmos, sobre nossos aspectos mais animalescos e primitivos. Resumidamente podemos dizer que, “a ética dos estoicos é uma teoria do uso prático da Razão”. É uma busca de fazer com que a razão seja algo “materializável”.

  1. Que interpretação sobre justiça pode-se obter da afirmação: “numa profunda ordenação cósmico-natural se pode encontrar o fundamento de toda ética e de todo conceito de justiça na teoria ciceroniana”.

R: São as leis naturais a ordenação do todo, de acordo com elas se funda a reta razão, de modo que o direito natural passa a representar a única razão de ordenação da conduta humana na República.

  1. Esclareça o que é vita theologica de Santo Agostinho.

R: Se Deus criou as coisas, deu-lhes um princípio regulador, uma lei. Nos seres irracionais, a lei opera de modo necessário. Para o homem, criatura racional, essa lei depende de sua livre aceitação. A lei natural que se exprime na consciência é a participação da criatura racional na ordem divina do universo.

  1. Qual a diferença entre lex aeterna e lex temporalem, segundo o pensamento de Santo Agostinho.

R: A concepção agostiniana acerca do justo e do injusto concebe transcendência que se materializa na dicotomia havida entre a Cidade de Deus (lex aeterna) e a Cidade dos Homens (lex temporalem). E nos remete à discussão da relação existente entre a lei humana e a lei divina (perpassando pela justiça política, justiça distributiva, justiça comutativa e justiça corretiva). E se identifica com a oposição divina versus humana.

  1. O que Santo Agostinho quis demonstrar ao afirmar que: “a vontade governa o homem, e pode faze-lo contra ao a favor do próprio homem”.

R: O livre-arbítrio é o que permite que o homem atue segundo a sua vontade e, pode ser a favor ou contra a lei divina. A vontade governa o homem, e há o apelo à prudência que nos remete à noção de equilíbrio na atuação da vida prática.

  1. Para Santo Tomas de Aquino os princípios de justiça devem emanar-se da sindérese. Esclareça como se dá essa construção.

R: Já se disse que é sobre o agir (individual, familiar, social), ou seja, sobre a razão prática que a ética incide. Na filosofia tomista, esse conceito corresponde a sindérese (sinderesis) que é o conjunto de conhecimentos conquistados a partir da experiência habitual; da onde se podem cunhar os conceitos acerca do que é bom e do que é mau, do que é justo ou injusto.

  1. Esclareça como é a definição de justiça segundo o pensamento de São Tomas.

R: O conceito tomista de justiça emerge de conceitos éticos: ethos, em grego, significa hábito, reiteração de atos voluntários que se destinam a realização de fins (a justiça é uma virtude). E repete: a justiça é uma vontade perene de dar a cada um, o que é seu, segundo a razão geométrica. Trata-se de igualdade proporcional. E, pode-se dizer, então que razão (ratio) e experiência (habitus) caminham de mãos dadas, tudo no sentido de dizer a justiça, em particular, consiste em dar a cada um, o que é seu, nem a mais e nem a menos do que é devido. A justiça não tem haver com um exercício do intelecto especulativo, puramente reflexivo. A justiça é um hábito, portanto, uma prática, que atribuiu a cada um, o que é seu, à medida que cada um possui.

  1. Qual deve ser a participação do legislador e do juiz na justiça para Tomas de Aquino?

R: o juiz deveria ser imparcial e profundo conhecedor das leias para poder fazer o julgamento justo e o legislador deveria ser profundo conhecedor da realidade que o cerca para poder criar as leis de maneira a atender todas as causas e promover a justiça.

  1. Como se encontrava a politica, a justiça e a economia na Inglaterra e em grande parte da Europa na época de Thomas More.

R: O século XVII foi marcado na Inglaterra por uma série de lutas políticas que opuseram de um lado a monarquia absolutista e a nobreza feudal e de outro a burguesia e a nobreza mercantil (que tinha transformado seus feudos em pastos para produção de lã). A influencia da igreja diminui na Inglaterra e o rei se rebela criando sua própria, o que acaba por causar a morte de More (ele se recusou a negar a igreja católica).

  1. Como deveria ser a politica, a justiça, a economia e a vida social na ilha de Utopia de Thomas More?

R: O modelo utopiano de organização social, política e econômica e jurídica refunda a realidade em novas bases. Destaca-se atenção pelo sistema comunal de produção e pela divisão de trabalho de acordo com a aptidão de cada membro de corpo social. Entre as condições geográficas, as mais favoráveis, a Utopia oferece a seus habitantes a ordem, abundância de alimentos, sistema jurídico organizado, sistema político organizado, integração povo-poder, e divisão de tarefas na construção de ideais sociais. Na cidade utópica inexistem burocracia excessiva e inoperabilidade do sistema jurídico devido à excessiva quantidade de normas, leis e regulamentos, bem como a grande distância entre o povo e a ordem jurídica, sendo esta inteligível e manuseável unicamente por seus técnicos, sendo pouco democrática.

  1. Como se encontrava a politica. A justiça e a economia em grande parte da Europa na época do jusnaturalismo moderno.

R: Remonta ao Iluminismo Europeu, o Homem torna-se o centro das preocupações – não mais o império do fanatismo e da fé religiosa, conceitos dominantes na era medieval, mas sim o da razão e o da Ciência. É neste contexto que nascem os direitos humanos que provém do jusnaturalismo moderno. A justiça estava em imparcialidade, sobre o poder do rei absoluto, não havia separação dos poderes (o que provem das ideias iluministas) e a Europa estava em crises econômicas pelas guerras, com sua população passando fome em grande parte. Tendo como importância os comerciantes, únicos com reservas de dinheiro o que fez sua influência aumentar. O que é conhecido hoje como tendo 3 estados na Europa naquela época (Igreja, Nobreza e Pobres) sendo que a terceira parte era composta por 98% da população, tendo que sustentar as regalias dos 2% ricos o que teve grande influencia sobre os pensadores iluministas e o contrato social ser propostos e que tratasse todos de forma igual, já que aos nobres era dados privilégios como não pagar impostos e não terem obrigações feudais como os camponeses ainda tinham.

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