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RELATÓRIO: Desconforto Térmico

Por:   •  15/9/2016  •  Artigo  •  1.375 Palavras (6 Páginas)  •  449 Visualizações

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Desconforto térmico

Stress térmico  é caracterizado pela união da produção interna do corpo a partir da atividade física desempenhada aos aspectos ambientais do local de trabalho que permitem a troca de calor entre o corpo e a atmosfera. Quando o sistema humano que regula a nossa temperatura interna, que deve ser por volta de 37 °C sofre uma sobrecarga e passa a não ter condições de manter essa temperatura, ocorre então o stress térmico.

Em algumas circunstancias, além das temperaturas elevadas a nível ambiental, para os bombeiros, talvez seja necessário o uso de EPIs pesados, quentes e/ou oclusivos que potenciaram o desconforto térmico, e a desidratação. A transpiração é a principal forma de defesa do organismo perante o calor. Contudo, a não ingestão de agua e o uso de EPIs oclusivos pode prejudicar tal processo. Junto com a aporte de água os bombeiros devem ingerir também carboidratos e eletrólitos, deve ser evitado o consumo de cafeína e de bebidas as álcool, dado estes potenciarem a desidratação. Nas pausas de 20 a 30 minutos os bombeiros devem remover os EPIs e hidratar-se devido ás elevadas temperaturas provenientes da radiação térmica das chamas, por isso necessitam de dissipar mas calor.

Bombeiros veteranos e/ou mais tempo de serviço apresentam menos alterações fisiológicas associadas ao desconforto térmico, eventualmente devido a uma melhor aclimatização; suportar o calor será também em função da hidratação e capacidade física. O excesso de peso, por sua vez, perturba a tolerância ao calor, sudação e frequência cardíaca, potenciando-se assim também os riscos cardiovasculares.  Realçando que a climatização pode ser definida como o processo lento e progressivo de adaptação fisiológica, que aumenta a tolerância térmica do indivíduo ou seja, a sudação inicia-se mais cedo e tem menor concentração salina, verificando-se também uma melhor distribuição sanguínea e menos alteração na frequência cardíaca.

Temperatura elevadas associada a atividade física intensa pode aumentar a atividade inflamatória; tal irá aumentar a rigidez arterial, diminuir o volume de ejeção ventricular e potenciar a coagulação; por isso, alguns dos marcadores inflamatórios são produtores do risco cardiovascular. A exposição repetitiva a temperaturas elevadas pode deprimir o sistema imune, pelo que as infecções e os processos oncológicos poderão também ficar mais prevalentes.

Ruído

A perda auditiva associada ao ruído ocorre com longa exposições, gradualmente, danificando o ouvido interno; tal patologia não tem tratamento mas é previ nível.

Investigações concluíram que a perda da audição por bombeiros avaliados era maior á espetável para a idade, na fase inicial da carreira. Essa perda que ocorre nos bombeiros, é neurossensorial.

Estudo norte-americano quantificou que 13 dos 15 equipamentos de trabalho utilizados em um departamento de bombeiro emitiam som igual ou maior a 85dBAs. Estudo brasileiro conclui-o que 27% da amostra estudada apresenta perda da audição e, 36% dos casos, esta era bilateral.

Agentes biológicos

Patologias associadas aos principais agentes biológicos no contexto profissional são as hepatites B e C; em relação ao socorro prestado a vítimas de acidentes e transporte de doentes. No contexto dos sinistros é mais difícil o uso de EPIs. Na desinfeção dos utensílios, parte dos bombeiros não usa qualquer EPI por achar que existe risco. O cansaço devido os turnos prolongados ou pela cronodisrrupçao secundária pode prejudicar o rigor no uso. Bombeiros devem fazer suporte básico de vida ou até mesmo têm que manusear agulhas dentro de uma ambulância movimento em espaços confinados até mesmo com pouca visibilidade. Na localidade do acidente, pode não ter acesso a um recipiente adequado para descartar agulhas e outros objetos cortantes e isso favorece os resultados de estudos que quantificou cerca de 8% das infeções ocupacionais por HIV atingia os bombeiros.

Risco respiratórios

Frequentemente bombeiros têm de se expor a condições adversas a nível de poeiras e concentração de oxigênio. Em incêndios florestais, produz mais partículas inaláveis, contendo derivados do carbono, que acaba induzindo processos inflamatórios. O aumento da inflamação sistémica é consequência da inalação aguda do fumo, e mesmo na ausência de hiperresponsividade brônquica. A exposição cumulativa pode implicar na diminuição discreta da função pulmonar. Mesmo os bombeiro tendo equipamentos de proteção respiratória, não é utilizado, devido a sensação subjetiva da quantidade de fumo ser escassa. Não é viável o uso contínuo aparelho respiratório porque a exposição ao fumo é proveniente dos contrafogos ou até mesmo dos fogos preventivos realizados antes da época mais quente, altura em que a vegetação está bem desenvolvida e a produção de fumo é maior, o uso dos aparelhos também gera um grande esforço físico, que implica um aumento do volume respiratório.

Risco cardíacos

Bombeiros correm  um alto risco de sofrer falência cardíaca no trabalho, diz estudo WASHINGTON, 21 mar (AFP) - O combate às chamas aumenta consideravelmente o risco de se morrer de falência cardíaca, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira, que sugere que o trabalho dos bombeiros é, de longe, a profissão mais perigosa para o coração. O estudo da Escola de Saúde Pública de Harvard demonstrou que, apesar da crença comum de que riscos chave de morte na categoria incluem a inalação de fumaça e o risco de queimaduras, "a principal causa de morte no trabalho entre os bombeiros americanos é a doença cardíaca coronariana".

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