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RESENHA CRÍTICA DA OBRA MORAL E ÉTICA: DIMENSÕES INTELECTUAIS E AFETIVAS, DE YVES DE LA TAILLE

Por:   •  15/11/2020  •  Resenha  •  1.368 Palavras (6 Páginas)  •  1.095 Visualizações

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Nome: Kaique Zanette da Costa

R.A.: 8286940

Turma: 3209C02

Ética Geral e Profissional - Atividade Prática Supervisionada (APS)

RESENHA CRÍTICA DA OBRA MORAL E ÉTICA: DIMENSÕES INTELECTUAIS E AFETIVAS, DE YVES DE LA TAILLE

O primeiro capítulo da obra tem por objetivo apresentar novas definições a respeito das palavras ética e moral, buscando não enfatizar as respostas dadas pela ciência e pela filosofia, mas sim as perguntas que as deram ensejo.

Destaca-se as várias interpretações referente ao fenômeno da moralidade, que conferem sentidos diferentes diante do ponto de vista de cada filósofo, sendo possível inclusive dizer que não existe apenas uma psicologia, mas sim psicologias.

É evidenciado que para se encontrar o conceito da psicologia moral são utilizados vários métodos de estudos, como questionários, observações de comportamento, experimentos em laboratório, dentre outro. O que seria uma coisa boa se houvesse diálogo entre as mais variadas correntes.

Primeiramente para a realização do estudo do fenômeno da moralidade busca dividir a ênfase na razão ou na afetividade. Ou seja, para alguns estudiosos, a  moral pode estar relacionada a comportamentos que buscam sentido na razão e assim há uma procura pelo que é considerado boas práticas, como princípios de igualdade, reciprocidade e justiça, enquanto aqueles que dão ênfase a afetividade, tem como foco ações com base em sentimentos e pulsões.

Cita exemplos de interpretações de grandes psicanalistas: Freud, Piaget e Durkheim são exemplos. Evidencia que Piaget divide em duas fases uma pré moral e outra moral, Durkheim por outro lado, encara a moral como o repeito incondicional pelas autoridades, pelo grupo ou pela sociedade. Piaget, tem como como o centro de sua teoria sobre a moral, a razão, ele atribui uma grande parte do exercício da moral a racionalidade. Em uma de suas obras busca esclarecer não estudos das ações e sentimentos, mas de como os critérios utilizados pela criança para julgar o que é certo e errado evoluem. O autor também fala sobre afetividade, mostrando ter concordância com Durkheim, uma vez que diz que existe uma fase em que o indivíduo, quando é criança tem uma obediência cega, por não ter autonomia e não ser capaz de discernir o que seria moral, então age de acordo com suas vivencias, instintos e não com uma bagagem intelectual já construída para fazer uso da razão para agir.

Após fazer análises individuais das teorias de cada um dos pensadores, mostra que existem pontos de semelhança entre eles. Pieaget e Kohlberg elegem a razão como fator central, enquanto Durkheim e Freud, tem como foco a afetividade. Além disso é possível notar um ponto de coincidência entre todos eles: todos eles acreditam que existe um conjunto de deveres e a partir daí procura-se o fator que dá ensejo ao sentimento de obrigatoriedade para o exercício da moral.

Chega-se a conclusão de que o conceito de moral está diretamente ligada a obrigatoriedade, devendo ser analisada como um dever, uma vez que é este sentimento que nos faz discernir o que devemos ou não fazer. O indivíduo tem como costumo a análise da consequência do ato para analisar se determinada conduta é ou não moral, pois se o que pode ser considerado uma má conduta for praticado para alcançar um bem então esta má conduta passa a ser considerada mora.

Ao final do primeiro capítulo, é analisado a busca do ser humano para uma consciência moral para alcançar o que seria uma experiência de bem estar frente a sociedade, de modo que seus valores e princípios tenham sentido para si próprio e se encaixe na vida em comunidade.

O que faz com que a ética e a moral tenha conexão é a convicção e respeito que cada um tem de si mesmo, fazendo valer o que ele considera como correto a partir de ensinamentos, regras, deveres, fazendo uso da razão e também de suas emoções para agir diante de relações interpessoais, evidenciando a afetividade.

No segundo capítulo, encontramos uma reflexão mais aprofundada sobre a construção da moral a partir da possibilidade de exercer a moral de modo racional. Após, é evidenciado e definido as regras imputadas diante da sociedade com base nos seus princípios e moral. Além disso, destaca-se a capacidade de deixar de lado o que é imposto pela maioria e fazer com que seja capaz o alcance do uso da moral fundado em suas próprias convicções.

A partir dos estudos realizados por Piaget, o autor da obra analisa de que forma a moral deixa de ser apenas um conjunto de valores e princípios absorvidos ao decorrer da vida de cada um, e se transforma no que é chamado de uma moral autônoma, e então busca entender como é possível que isso aconteça.

Então, chega-se a conclusão que nem todos os indivíduos são capazes de atingir tal nível da moral pois para isso é necessário a junção de vários elementos que passa por operações mentais complexas, que são pautadas na cooperação e reciprocidade. A transição da Heteronomia para a autonomia não é binária, não é um evento que ocorre instantaneamente, é um caminho que percorre três estágios: a negação às regras; as regras são provenientes do exterior até chegar a capacidade de governar a si próprio.

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