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Resenha 04 – J.-J. Rousseau e o Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. (Parte 2)

Por:   •  31/7/2017  •  Resenha  •  835 Palavras (4 Páginas)  •  484 Visualizações

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No ano de 1755, J.-J. Rousseau publicou sua obra intitulada: “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”. Essa obra, por completo, visa trazer respostas do surgimento das desigualdades sociais. Nesse próprio livro, pode-se perceber que o autor, já apresenta traços da sua principal obra: “O contrato Social”. Portanto o “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens” fará um estudo da natureza humana, mostrando como a sua evolução levaria a uma desigualdade do estado civil. Jean Jacques parte do pressuposto de que o homem é por natureza bom, e que só após o seu envolvimento em sociedade, que surgiram as desigualdades.

Na segunda parte do livro, o autor traz para estudo a transformação do homem natural para o homem social. Ora, as preocupações do homem natural eram basicamente voltadas a sua própria subsistência. No entanto com o aparecimento de diversas adversidades (clima, invernos longos e duros, verões escaldantes, procura por alimentos), o homem (natural) teve a obrigação de vencê-las buscando um novo tipo de conhecimento (através da perfectibilidade), tais como: aprender a pescar, convívio com outros homens (mesmo que de modo momentâneo e com objetivos em comum), construção de abrigos, dentre outros, o que por conseguinte gerou a constituição de famílias, nascendo os laços conjugais (antes, o homem só usava desse ato para reprodução) e os paternais.

Como consequência dessa relação com outras pessoas, fez-se necessário algum tipo de comunicação, dando início a criação de novos tipos de linguagens (que antes se dava por sussurros ou, em, todavia, nem acontecia pelo fato do homem viver só), e uma ideia de (mesmo que inicial) de propriedade começa a surgir. Começaram as deduções de que se tornava mais fácil vencer o inimigo comum, estando em grupos, fazendo com que as famílias passassem mais tempo uns com os outros, criando assim, os estereótipos de que a mulher ficaria mais ociosa (cuidado do abrigo e dos filhos), e o homem sairia para buscar seus respectivos meios de sobrevivência. A partir daí o autor descreve o surgimento dos primeiros conceitos de civilidade.

Para Rousseau este era o estágio (de evolução) no qual o homem poderia ter parado, e ainda sim, viveria feliz. Entretanto, a enorme vontade em busca de se aperfeiçoar (perfectibilidade), não permitiu que isso ocorresse. O autor cita que as comunidades, que se reuniam em volta do fogo para dançar e cantar, começaram a se enxergar. Ou seja, o conceito de beleza, de preferência, de ser mais desenvolto, de dançar melhor, de cantar melhor, já começaram a aparecer. O conceito de comparação sobre quem: pesca melhor, é mais forte ou mais fraco, é mais “bonito” ou tem uma aparência melhor começa a se desdobrar, fazendo o ser e o parecer se tornarem diferentes.

Não obstante, aqueles homens viviam sem nenhuma lei e eram juízes de si mesmo e das causas que apareciam em suas realidades, nascendo, portanto, o estado de guerra de todos contra todos. Paralelamente a esses fatos, o autor destaca o nascimento da metalurgia e da agricultura, no qual destaca como a “grande revolução”. Com esse advindo, surgem então, a divisão de trabalhos, e o que antes era apenas uma básica ideia de propriedade, se enraíza, existindo homens ricos e homens pobres, que dependem o tempo todo um do outro. E foi a partir dessa situação conturbada que os homens decidiram estabelecer leis para se protegerem (uns para proteger suas riquezas e propriedades), e outros da dureza e escravidão dos mais poderosos.

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