Resumo do Caso dos Exploradores de Cavernas
Por: 0123567 • 26/4/2025 • Trabalho acadêmico • 1.345 Palavras (6 Páginas) • 12 Visualizações
FACULDADE DE DIREITO DO VALE DO RIO DOCE
BACHARELADO EM DIREITO
NAYARA STEFANI KNOFELL SILVA
RESUMO DO LIVRO “O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNAS”
GOVERNADOR VALADARES
2025
NAYARA STEFANI KNOFELL SILVA
RESUMO DO LIVRO “O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNAS”
Trabalho referente à leitura de um livro, apresentado ao Curso de Graduação em Direito, da Faculdade de Direito do Vale do Rio Doce, a ser utilizado no 1° semestre da disciplina de Introdução ao Direito.
Professor: Lucas Pereira Cunha
GOVERNADOR VALADARES
2025
RESUMO
O presente resumo refere-se ao livro “O Caso dos Exploradores de Cavernas”, escrito por Lon L. Fuller. Tal obra, relata a história fictícia de cinco exploradores de cavernas. O livro conta que durante uma das expedições do grupo a uma caverna formada por pedras calcárias houve um deslizamento de terra, o que fez com que grandes pedras caíssem e bloqueassem a única passagem do local, deixando os cinco exploradores presos dentro dela. Ao perceber que os exploradores não retornavam à suas casas, os familiares solicitaram ajuda e um grupo de resgate foi acionado e enviado à caverna. Foi um árduo processo de resgate, dificultado pelos novos desmoronamentos – o que ocasionou a morte de dez operários.
Sabia-se que os exploradores contavam com escassas provisões e por não terem acesso a animais ou a qualquer tipo de vegetação, a situação mostrava-se crítica. Não havia qualquer tipo de comunicação de dentro da caverna com o mundo exterior, até que, no vigésimo dia de confinamento, os exploradores lembraram que haviam levado um aparelho capaz de enviar e receber mensagens. Após estabelecerem a comunicação com a equipe de resgate, eles descobriram que levariam no mínimo mais dez dias para que o resgate, de fato, acontecesse.
Com as provisões que tinham era óbvio que as chances de sobrevivência eram baixas. No entanto, Roger Whetmore, um dos cinco exploradores, representando todo o grupo, questionou se as chances de sobrevivência aumentariam caso consumissem a carne de um deles. A contragosto, um médico respondeu positivamente.
De acordo com os próprios exploradores, Whetmore foi quem sugeriu tanto o consumo da carne de um deles para a sobrevivência da maioria, quanto a sorte como meio de escolher aquele que seria morto, a partir de um par de dados que ele havia levado consigo. Contudo, Whetmore hesitou e propôs que esperassem mais uma semana antes de tomar tal medida. Não aceitando sua desistência, os outros quatro exploradores continuaram a arremessar os dados, e chegando a vez de Whetmore, outro explorador arremessou em seu lugar.
No fim, o desafortunado nos resultados dos dados foi o próprio Whetmore, tendo por consequência a morte e o consumo de sua carne por seus companheiros.
Após terem sido retirados da caverna e submetidos a tratamentos de saúde física e mental, os quatro sobreviventes foram julgados e condenados a pena de morte por um juiz de primeira instância, sentenciados pelo Tribunal do Condado de Stowfield. Porém, recorreram ao Superior Tribunal de Newgarth, de onde foram estudados os votos de outros juízes sobre o caso.
O primeiro voto apresentado é o do juiz Foster, que defendeu que os acusados devem ser declarados inocentes do crime de homicídio. Salientando que se a lei condenasse os quatro acusados, essa seria também condenada no tribunal do senso comum, já que grande parte da população desejava que os exploradores fossem inocentados.
O primeiro argumento por Foster para a absolvição dos réus é o de que o caso em questão deve ser julgado pela lei da natureza, não pelo direito positivo. Pois, se a coexistência dos homens se torna impossível, então a condição para a aplicação das normas jurisprudenciais deixa de existir. Além disso, em um sentido físico, os acusados se encontravam abaixo de uma expressa camada rochosa, estando fora dos alcances geográficos da constituição.
O segundo argumento se baseia na ideia que diz que o objetivo da lei é prevenir o crime, porém, em situações extremas, essa não seria capaz de mudar a decisão da qual depende a vida dos envolvidos, senão perderia seu sentido.
O segundo posicionamento foi o de Tatting, que alega discordar do voto de Foster por encontrar nele demasiadas contradições e falácias. Afirmando que se os homens estavam sob a lei da natureza, eles não teriam autoridade para condená-los ou absolvê-los, já que fizeram um juramento de aplicar as leis do próprio país. Ademais, a lei teria mais de um propósito, então não seria correto deixar de defende-la por causa de apenas um deles. Visto que eles agiram de forma intencional e racional, não seria justificável deixar de condená-los por homicídio.
Entretanto, apesar de considerar os argumentos para a inocentar os acusados intelectualmente insuficientes e abstratos, acha absurda a ideia de condenar os julgados à morte, quando suas vidas custaram a de dez operários. E por não conseguir decidir de forma objetiva e sem influência sentimental, Tatting declara sua retirada do caso.
O terceiro voto vem do juiz Kenn, que afirma que na sua opinião pessoal como cidadão concederia perdão total aos quatro explorados de cavernas, pois estes já teriam sofrido o suficiente para pagar por qualquer crime. No entanto, irá julgá-los somente de acordo com a lei e o papel que lhe é devido como juiz. Kenn defende a supremacia do Poder Judiciário, afirmando que é obrigatoriamente necessário julgar somente conforme a lei, sem interpretá-la de forma tendenciosa, o que, segundo ele, é o que o juiz Foster teria feito.
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