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Riscos e Perigos do Mundo Moderno

Por:   •  31/8/2018  •  Dissertação  •  1.284 Palavras (6 Páginas)  •  273 Visualizações

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Faça uma análise dos riscos e perigos do mundo moderno.

O mundo moderno foi construído a partir de diversos conflitos ideológicos da chamada razão objetiva instrumental, a que julga, compara, discerne e coordena meios com fins, que trouxeram abordagens do pensamento humano e da realidade do mesmo. Portanto, com o decorrer desse desenvolvimento intelectual, os dogmas da igreja foram deixados de lado, aos poucos, sendo substituídos por pensamentos humanos reais. Max Weber comentou sobre essa mudança na sociedade e chamou-a de “desencantamento do mundo”, onde o ser humano moderno se desencanta, ou seja, deixa de lado o pensamento teológico e religioso pregado até então.

No começo, a desordem social estabelecida devido à falta dos costumes religiosos que sustentavam a sociedade levou Bauman (1925-2017) (foi o grande pensador da modernidade. Perspicaz analista de temas contemporâneos deixou vasta obra - com destaque para o best-seller Amor líquido, fundamental para a compreensão das relações afetivas hoje. Sociólogo e filósofo soube se comunicar diretamente com seus leitores, levando milhares de pessoas a pensar a sociedade atual através do conceito de liquidez.) a seguinte afirmativa: a sociedade moderna está em busca pela ordem. Pode-se observar tamanho desespero nos séculos XIX e XX onde segregações mundiais envolvendo a economia, cultura e nações resultam em guerras ideológicas e silenciosas, costume este parecido com a Guerra Fria, a designação atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética, disputando a hegemonia política, econômica e militar no mundo.

“Classificar consiste nos atos de incluir e excluir. Cada ato nomeador divide o mundo em dois: entidades que respondem ao nome e todo o resto que não. Certas entidades podem ser incluídas numa classe- tornar-se uma classe- apenas na medida em que outras classes são excluídas, deixadas de fora.” (Bauman, 1999)

O mundo moderno em que vivemos foi formado a partir dessa lógica de inclusão e exclusão. Essa busca pela ordem constantemente caracteriza a sociedade moderna como divisora do que é comum e o que não é, deve-se observar essas características nos estados modernos, onde existem conflitos constantes devido a divergências de ideias que são socialmente aceitas e do que é diferente, ou seja, não aceito.

Saindo do quesito modernidade, entra-se agora nas definições de risco e perigo. Definições essas importantes a fim de que a informação chegue ao leitor sem duvidas.

Para Miguel Reale JR, perigo é:

“Perigo é, destarte, a aptidão, a idoneidade ou a potencialidade de um fenômeno de ser causa de um dano, ou seja, é a modificação de um estado verificado no mundo exterior com a potencialidade de produzir a perda ou diminuição de um bem, o sacrifício ou a restrição de um interesse.”   (REALE JR. 2000)

O perigo pode ser considerado a fonte ou situação com potencial de provocar danos.

Para Adams, risco é: A probabilidade de que um determinado evento adverso ocorra durante um periodo de tempo definido ou resulte de determinado desafio.Como uma probabilidade no sentido da teoria estatística, o risco obedece a todas as leis formais das probabilidades combinatórias. (ADAMS, 2009)

O risco pode ser considerado a combinação de probabilidade de ocorrência e da consequência de um determinado evento perigoso.

O ser humano sempre esteve exposto ao risco e ao perigo. Diz-se risco quando o dano sofrido é consequência da decisão humana e diz-se perigo quando os danos possíveis, mas ainda não efetivados, não tenham relação com alguma decisão humana.

Saindo das paginas de contextualizações e definições, cheguemos ao que realmente interessa: risco e perigo no mundo moderno. De acordo com Anthony Giddens, é preciso olhar mais detalhadamente para o perfil de risco específico da sociedade moderna, ele delineia da seguinte maneira:

“1. Globalização do risco no sentido de intensidade: por exemplo, a guerra nuclear pode ameaçar a sobrevivência da humanidade.” (GIDDENS, 1991)

Trata-se da intensidade em que o perigo está disposto. Hoje, observa-se que estamos na iminência de guerras nucleares, estamos no meio de guerras culturas e guerras civis. O desmatamento, poluição e falta de cuidado com o meio ambiente intensifica o risco que corremos na modernidade.

“2. Globalização do risco no sentido da expansão da quantidade de eventos contingentes que afeiam todos ou ao menos grande quantidade de pessoas no planeta: por exemplo, mudanças na divisão global do trabalho.”(GIDDENS, 1991)

Esta categoria leva em conta a expansão que o perigo pode levar e não a sua intensidade. Existem mecanismos que tirados da sociedade podem desestrutura-la, ou seja, desencaixam os indivíduos de seu lugares habituais, não necessariamente no bom sentido.

“3. Risco derivado do meio ambiente criado, ou natureza socializada: a infusão de conhecimento humano no meio ambiente material”. (GIDDENS, 1991)

A natureza socializada pode ser beneficente ao ser humano, porem devido ao seu abuso de poder tecnológico sobre a própria, o ambiente se tornou um risco para o mundo moderno. Deve-se levar em conta, a poluição de rios e mares que matam diariamente milhares de bactérias e fungos necessários para a manutenção da vida aquática, gases jogados na atmosfera, de queimadas, desmatamentos e o fim da terra fértil devido ao intenso uso de fertilizantes artificiais.  

“4. O desenvolvimento de riscos ambientais institucionalizados afetando as possibilidades de vida de milhões: por exemplo, mercados de investimentos”. (GIDDENS, 1991)

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