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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA DOMINIQUE MATOS DE MATOS DA EXCLUSÃO A RESSOCIALIZAÇÃO

Por:   •  9/9/2017  •  Trabalho acadêmico  •  854 Palavras (4 Páginas)  •  463 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

DOMINIQUE MATOS DE MATOS

DA EXCLUSÃO A RESSOCIALIZAÇÃO

Araranguá

2017

  1. INTRODUÇÃO

O presente estudo tem por finalidade abordar os temas apontados no livro “Vidas quebradas: reflexos do crack”, de autoria do jornalista Reginaldo Osnildo, e no artigo “Um olhar histórico-social sobre a ressocialização dos presos através do trabalho”, de autoria de Marilene da Rosa Lapolli e Michel Fortunato Ulysséa.

  1. A EXCLUSÃO

Em nossa sociedade, dia-a-dia acompanhamos várias situações de violência, roubo, estupros, e diversidades enormes de crimes em série, porém o que raramente é mostrado a nós, membros pacíficos da sociedade é o “outro lado da moeda”. O ser humano costuma tirar conclusões precipitadas a cerca da maioria dos assuntos, e com a criminalidade não é diferente. O que acontece é que por trás de cada “delinquente” há uma história, um motivo que o levou a tal situação, e por trás dessa pessoa pode haver também a vontade de mudar, de voltar à sociedade, e não a criminalidade.

Em nosso país, é comum a ideia de que as pessoas que cometem crimes devem ir para os presídios para que sejam punidos, para que essas pessoas “apodreçam” nas cadeias, e não retornem mais para a sociedade para fazerem arruaça, a sociedade os exclui.

  1. OS DOIS LADOS DA MOEDA

O livro supracitado, trás em seu conteúdo diversos depoimentos de presidiários, sob o ponto de vista de uma psicóloga efetiva do sistema penitenciário, baseado em suas gravações efetuadas em seu primeiro dia de trabalho. Os principais personagens dessa história são: Inocêncio dos Anjos, o Playboy, o Surdo e o Mudo, o Soldado Usuário, o Soldado do Morro, José, Vitória, o Bandido e Jesus dos Santos Emanuel, todos presidiários, que tem em comum em sua trajetória o crack, mas diferentemente, cada um tornou-se presidiário por um motivo, e cada um tinha uma visão diferente sobre o que fariam quando saíssem do presídio.

A história que se passa dentro de um presídio, mostra de forma mais ampla o que os internos passam, o que sentem, o que os levou aquela vida, e também suas perspectivas para o futuro.

Nos depoimentos colhidos pela psicóloga, pode se perceber que parte dos internos entrou na vida do crime por influência do uso do crack, e outra parte por falta de alternativas de trabalho, foram aliciados ao transporte ou venda da droga, pessoas que por falta de alguém que lhe estenda a mão e lhe dê oportunidade, voltariam a criminalidade assim que saíssem da cadeia, pessoas com vidas difíceis, que precisam de apoio vindo tanto do governo quanto da população, pessoas que precisam de ressocialização.

  1. RESSOCIALIZAÇÃO

A ressocialização é um assunto pouco discutido, mas de grande relevância. Afinal as penitenciárias não devem servir como uma escola de criminalidade, onde presos comuns aprendem a se tornarem criminosos poderosos, onde um ladrão que roubou leite para dar de comer aos filhos convive com um assassino em série, onde as pessoas “podres” são largadas com o intuito de limpar a sociedade.

A legislação, neste sentido, prevê vários programas pra ressocializar os presos, porém na prática isso é pouco aplicado. Pessoas que deveriam estar em boas condições de higiene e limpeza, se preparando para voltarem para a sociedade, se especializando para terem novos empregos, pessoas que precisam de oportunidades para recomeçar, para tentarem uma vida de forma diferente, são largadas aos montes dentro das penitenciárias, amontoados, sujos, com condições de vida precárias, abandonados pelas famílias, e principalmente, pelo Estado.

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