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VISÕES SOCIAIS DE MUNDO, IDEOLOGIAS E UTOPIAS NO CONHECIMENTO CIENTÍFICO-SOCIAL.

Por:   •  30/8/2016  •  Resenha  •  641 Palavras (3 Páginas)  •  685 Visualizações

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VISÕES SOCIAIS DE MUNDO, IDEOLOGIAS E UTOPIAS NO

CONHECIMENTO CIENTÍFICO-SOCIAL.

O conteúdo apresentado aborda uma análise sobre a questão da ideologia e utopia nas diferentes percepções de alguns autores e personagens históricos bem como a sua relação com as ciências-sociais. No contexto, percebe-se que o tema “Ideologia” é controverso e nos remete necessariamente a uma análise mais profunda acerca deste conceito dada a sua complexidade.  

O autor inicia o texto expondo um breve relato histórico e cronológico acerca da origem da palavra “ideologia” iniciando com Destutt de Tracy, o qual afirmava que ela seria a interação entre a natureza e o cérebro humano. Posteriormente Napoleão Bonaparte usou o termo sob outra óptica chamando Tracy e seus companheiros de “ideólogos”. Com sentido diferente, Napoleão afirmava que estes eram metafísicos que faziam abstração da realidade vivendo em um mundo especulativo.

Já na metade do século XIX Karl Marx retoma o termo usando critérios próprios. Para ele “ideologia” é uma espécie de falsa consciência e assim como Napoleão, entendia que eram idéias ligadas a metafísica, algo abstrato, especulativo e ilusório pelo qual os homens percebem a realidade

Lênin, assim como Karl Marx, entendia a “ideologia” como algo inerente ao conflito de classes, ampliando sua significação e incorporando-o a lingüística dos militantes marxistas com as expressões: “Luta ideológica; formação ideológica, etc.

 Karl Mannheim, ao contrário da visão marxista, desenvolve o conceito de “ideologia total” que se opõe ao conceito de utopia, porém unindo-as sob o mesmo entendimento de “falsa consciência”, que seriam as representações que transcendem a realidade.

Nesse contexto, fica evidente o quão complexo é a tratativa do termo “ideologia”, e que dentro de uma mesma corrente de pensamento, inclusive dentro de uma mesma obra, sua conceituação pode ser controvertida.

Não obstante algumas contradições, Michel Lowy adotou a visão de Mannheim por considerá-la mais séria e objetiva, seguindo o pensamento de Karl Marx o qual entende que ideologia se opõe a utopia e esse pensamento serve para a manutenção da ordem vigente. Esse entendimento preserva a criticidade que o termo tinha em sua forma original.

Seguindo o entendimento de Mannheim, adota-se o entendimento de utopia como sendo algo subversivo, que pode romper com a realidade dentro de um espaço crítico. Lowy descarta o conceito vulgar de utopia que a define como sendo “um sonho imaginário e irrealizável”, uma vez que apenas quando o futuro se tornar presente será possível constatar a realização ou não as aspirações do passado.  Ao conceituar os termos “ideologia” e “utopia” o autor refuta o conceito de “ideologia total” adotado por Mannheim e unifica o entendimento propondo a idéia de “visão social de mundo”.  

‘“Visão social de mundo” abarca simultaneamente os conceitos de “ideologia” e “utopia”, aplacando os conflitos gerados anteriormente pelas diferentes abordagens e interpretações acerca do assunto. Para Lowy, este conceito entendido como “um ponto de vista socialmente condicionado”, é um conjunto de valores, idéias, representações e orientações cognitivas.

O uso da palavra “social” na formulação do termo é de substancial importância, uma vez que insere o ser humano de forma orgânica no contexto, considerando suas relações sociais, historicidade e sua interação com a natureza.  

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