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23 COISAS QUE NÃO NOS CONTARAM SOBRE O CAPITALISMO DE HA-JOON CHAN

Por:   •  9/10/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.521 Palavras (11 Páginas)  •  1.012 Visualizações

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23 COISAS QUE NÃO NOS CONTARAM SOBRE O CAPITALISMO DE HA-JOON CHAN

  1. Resumo do texto:

O colapso total da economia mundial, não ocorreu devido a estímulo fiscal e monetário que evitou o desastre financeiro de 2008. Porém o colapso global de 2008 continua a ser a segunda maior crise da história. No ano de 2010, algumas pessoas declararam o fim da recessão, entretanto na ausência de reformas financeiras, as estratégias monetárias e fiscais pouco rígidas conduziram a novas bolhas financeiras, no qual se essas bolhas estourarem a economia global poderá cair em outra recessão, e mesmo se houver uma sustentação da recuperação as consequências da crise será sentida durante anos, logo os déficits orçamentários afetará negativamente o crescimento econômico a pobreza e a estabilidade social. Há diversas informações a respeito do mercado livre, no qual diz que se não houvesse interferência os mercados produziram os resultados mais eficientes e justos; Que os negócios deveriam ter o máximo de liberdade possível; Que a intervenção do governo no mercado frequentemente é concebida para limitar o escopo da criação da riqueza por razões igualitárias equivocadas. Resumindo, as informações foram de que deveríamos confiar cegamente no mercado e sair do caminho.

Obedecendo as informações, a maioria dos países introduziram uma política econômica de livre mercado ao longo das três últimas décadas, como a privatização de indústrias e instituições financeiras de propriedade do governo, a desregulamentação das áreas financeira e industrial, a liberalização do comércio e dos investimentos internacionais e a redução do imposto de renda e dos pagamentos da previdência social. Segundos os defensores, essas diretrizes poderiam criar alguns problemas temporariamente. As estratégias de livre mercado haviam resultado em um crescimento mais lento, no aumento da desigualdade e em uma maior instabilidade na maioria dos países, os problemas eram bem sérios em países ricos e mais ainda para o um mundo em desenvolvimento.

Para o autor deste livro, as “verdades” espalhadas pelos ideólogos do livre mercado, são verdades egoístas. Apesar dos problemas e limitações do capitalismo, o autor diz que ainda sim, ele é o melhor sistema econômico inventado pela humanidade, porém, faz critica a versão particular do capitalismo que vem dominando o mundo, que é o capitalismo de livre mercado. O objetivo do autor neste livro é nos mostrar algumas verdades essenciais a respeito do capitalismo que não serão reveladas pelos defensores do livre mercado, mostrando para o leitor como de fato funciona o capitalismo e como ele pode ser aperfeiçoado.

O capitulo um do livro, começa mostrando que á medida que o governo interfere no mercado, impondo o que os participantes podem ou não podem fazer, faz com que os recursos não circulem de forma eficaz, inovadas e mais lucrativas, pois perdem o incentivo de investir. O mesmo mercado pode ser percebido por diferentes pessoas, possuindo diversos graus de liberdade, não existindo uma maneira objetiva de definir o quanto esse mercado é livre. Alguns mercados só parecem ser livres, pelo fato de aceitarmos tão bem as regulamentações que os sustentam que se tornam ocultos, sendo assim o livre mercado uma ilusão. As pessoas precisam ser deixadas “livres para escolher”, se tem algumas regras e limites que restringem a liberdade de escolha, sendo assim uma definição política.

O projeto de lei para regulamentar a mão de obra infantil, entrou em pauta no parlamento inglês em 1819, proibindo o trabalho de crianças com menos de 9 anos de idade, e as crianças com idades entre 10 e 16 anos continuaria tendo a permissão para trabalhar, no entanto teria horas de trabalho restringidas a doze horas por dia. Contudo, a proposta causou uma enorme confusão, pois os adversários achavam que estavam destruindo a própria base do livre mercado. A liberdade do mercado vai depender de cada pessoa, se ela considera que o direito das crianças de não precisar trabalhar, é mais importante do que o direito dos proprietários das fábricas de poder contratar as pessoas que eles consideram mais lucrativas, desta maneira não vai encarará a proibição do trabalho infantil como uma violação da liberdade do mercado de trabalho, caso acredite no oposto, vai enxergar um mercado “não livre”, vetado por uma regulamentação equivocada do governo.

Algumas regulamentações admitimos como coisas naturais dentro do livre mercado, como por exemplo, quando surgiu a regulamentação sobre as emissões dos carros e das fábricas, no qual muitas pessoas criticaram por acharem que violaria a liberdade de escolha. E as pessoas se questionavam sobre essa atitude do governo e hoje aceitam essas regulamentações como “naturais”, acreditando que as ações que venham a prejudicar o próximo, mesmo sendo involuntárias, como é o caso da poluição, precisam ser restringidas. E que devem ser usadas com cuidado os recursos energéticos, já que muitos deles não são renováveis, acreditando que reduzir o impacto humano sobre as mudanças climáticas faz sentido. No livre mercado, se aceita de modo tão completo a legitimidade de certas regulamentações, que não enxergamos, e quando analisamos é que verificamos que são sustentados por várias regras.

Existem diversas restrições com relação ao que pode ser negociado, não se tratando apenas das proibições evidentes como drogas narcóticas e órgãos humanos. Embora no passado na maioria dos países estivessem à venda os votos eleitorais, os empregos do governo e as decisões judiciais não estão à venda, pelo menos abertamente. As vagas nas universidades não podem ser vendidas, embora que em alguns países o dinheiro possa comprá-las, seja ilegalmente na seleção, ou legalmente por meio de doações em dinheiro a instituição. A proibição do comércio de armas de fogo e de bebidas alcoólicas em muitos países. A licença do governo com relação aos medicamentos, antes da sua comercialização. Todas essas regulamentações são discursão, como era a proibição do tráfico de escravos, há um século e meio, no qual a restrição com tarifas elevadas do século XIX sobre o livre comércio imposta pelo governo federal dos Estados Unidos enfureceu os senhores de escravos, os quais não viam nada de errado em negociar pessoas no livre mercado. Para aqueles que acreditavam que as pessoas podem ser propriedades de outras, proibir o tráfico de escravos era tão censurável quanto restringir o comércio de produtos manufaturados.

As pessoas precisam de uma licença para exercer as profissões que causam um impacto significativo na vida humana, como a medicina e a advocacia. Muitos países só permitem que empresas com um capital acima de um determinado valor fundem um banco. Até mesmo a bolsa de valores, cuja fraca regulamentação foi uma das causas da recessão global de 2008, tem regras a respeito de quem pode negociar. As empresas precisam cumprir uma lista de exigências e satisfazer rígidos padrões de auditoria ao longo de um determinado número de anos para que as suas ações possam ser negociadas.

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