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A Contabilidade Demonstrações Na Economia

Por:   •  9/9/2020  •  Trabalho acadêmico  •  774 Palavras (4 Páginas)  •  180 Visualizações

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PUCPR - Curso de Economia

Macroeconomia (Noite)

Nome: Isabela do Vale Poncio 

Tópico: Inflação 

Position Paper

Em se tratando da análise conjuntural quando o assunto é inflação, muito se tem discutido nos últimos tempos, especificamente motivados pela pandemia de Covid 19 a qual o país desde março de 2020 vem enfrentando, quais serão os próximos passos ou embates que esse grande tema econômico acarretará à população.

De acordo com Maria Andreia Parente Lameiras, no artigo do mês de agosto publicado na Carta de Conjuntura do IPEA, por dois meses consecutivos, o Indicador de Inflação por Faixa de Renda do próprio IPEA apresentou uma aceleração inflacionária na margem, ou seja, não houve um extrapolamento do número, mas também não pode ser desconsiderado, para todas as classes de renda. 

O Boletim Macro, próprio do Instituto Brasileiro de Economia — IBRE/FGV —, referente ao mês de agosto, traz levantamentos sobre as principais cestas e suas porcentagens de contribuição para o futuro da inflação. No mês em questão o economista André Braz apresenta que a distância entre a inflação ao produtor e a inflação ao consumidor triplicou, o que é, sem dúvidas, um grande problema econômico que carece, sim, uma análise.

De acordo com Braz, no mês de fevereiro de 2020 a inflação ao produtor totalizava 7,7%, com 12 meses de alta, por outro lado, o índice IPCA totalizava 4,0%. Após esse mês, potencializada pela desvalorização cambial de mais de 20%, tema também apresentado pelos economistas Tomás Goulart e Yara Cordeiro em um artigo publicado no Blog do IBRE, a inflação começa a de fato ser um problema aos produtores, que nem cabe aqui expor sua importância econômica e produtiva para o Brasil. 

Os indicadores de Bens intermediários e bem finais acumulam, consecutivamente, (7,0%) e (7,8%) que são taxas baixas em relação ao mesmo período do ano anterior, mas, convenhamos, era de se esperar até mesmo que o impacto tão grande da pandemia trouxesse resultados ainda mais negativos. Por outro lado, quando o assunto são as Matérias-Primas-Brutas, estas acumulam, nos últimos 12 meses de comparação, 27,5% de alta, o que, neste momento, é de extrema importância para o não acarretamento de uma crise financeira ainda maior. Entre as matérias-primas em questão, Braz destaca o minério de ferro com 9,3% e a soja, com 6,7%, que tiveram seus preços aumentados durante o período que vivenciamos, o destaque dessas matérias se dão à taxa de câmbio e ao aumento da demanda por parte da China.

Muito se discute sobre a atuação dos combustíveis como um “regulador” da inflação, em relação a esse assunto Braz, assim como apresenta Lameiras, por mais que, obviamente, perceba-se a queda em seu consumo, devido ao fato de as pessoas estarem mais em casa e dependendo menos dos meios de transporte, a gasolina e o diesel, por exemplo, apresentaram um aumento de 52,2% e 27%, respectivamente, nos últimos dois meses. Por mais que não pareça, mas essa alavancagem, discreta, mas eficaz, é positiva para o futuro, ou então para a não decadência do nosso índice inflacionário. 

Por fim, mas acredito que o ponto de maior expectativa até então, tanto o Boletim do IBRE quanto seu blog, apresentam o fato de que mesmo em meio a essa aceleração, preocupante e importante, do índice, os economistas que constituem este paper, afirmam que se mantém a expectativa de que a inflação encerre o ano abaixo de 2%, o que difere do Boletim IBRE do mês de julho já passava de 1,7%, muito ocasionado pelas elevadas taxas do último trimestre. Neste mês de agosto, diferentemente dos demais, desde o início da pandemia, é o mês que mais apresenta uma leve retomada econômica. Braz finaliza dizendo que os riscos que esse índice abaixo da meta são pequenos para causar uma elevada inflação, particularmente, apoio-me no autor e concordo que, por mais que estejamos passando por um momento difícil, a inflação não será capaz de nos engolir, no entanto, essa instabilidade a qual a taxa de câmbio vêm enfrentando pode, sim, provocar uma maior pressão e uma convergência mais rápida à meta, assim como nos diz André Braz.

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