TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A ECONOMIA DE ESCOPO

Por:   •  29/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.845 Palavras (8 Páginas)  •  1.288 Visualizações

Página 1 de 8

ECONOMIA DE ESCOPO

No sistema de mercado atual, os custos de uma empresa (ou pessoa) são objeto de especial atenção. Para se conseguir mais dinheiro produzindo ou vendendo algo, nem sempre é necessário aumentar preços, pois é possível o mesmo efeito de “aumentar o lucro” ainda que vendendo pelo mesmo preço, mas desde que com um custo reduzido.

Por exemplo, se uma empresa tem custo de 100 para produzir determinado produto, e vende esse produto por 120, ela tem um lucro de 20. Caso ela precise aumentar o seu lucro, ela pode tentar vende-lo por 130 (que com custo de 100 a levará a um lucro então de 30) ou reduzir o seu custo de produção para 90, pois assim, mesmo vendendo pelos mesmos 120, o lucro aumentará também para 30.

Com base no processo capitalista, as empresas passaram a adotar tecnologias mais eficazes nos sistemas de produção, para assim conseguir reduzir os custos.

Também com o passar do tempo, e com a adaptação das empresas ao funcionamento do mercado, se chegou à constatação de que se podia aumentar a eficiência produtiva através da criatividade empresarial, utilizando-se do mesmo maquinário (ou mesma estrutura) já disponível da fábrica. Chegou-se, assim, ao conceito estudado pela ciência econômica como sendo a denominada “economia de escopo”.

Esse novo conceito (agora já não tão novo) é baseado na possibilidade de uma mesma fábrica (unidade de produção) desenvolver mais uma nova linha produtiva (ou de comercialização) aproveitando a mesma estrutura de maquinários ou de prédios e pontos comerciais já existentes da empresa.

Como exemplos dessa “economia de escopo” se pode pensar no exemplo dos supermercados, que aproveitaram a sua estrutura física e logística para passar a comercializar, além de produtos alimentícios, uma vasta opção de eletrodomésticos, bicicletas, etc.

Da mesma forma também os bancos, que passaram a utilizar a sua rede para comercializar cartões de créditos, etc.

É importantíssimo salientar que as economias de escopo não constituem um novo conceito. CHANDER (1990) aborda a questão da evolução da indústria através de uma perspectiva histórica e, ao se referir às principais inovações no processo a partir do último quarto do século XIX, observa que os processos diferiam dos predecessores “no seu potencial para explorar as vantagens sem precedentes das economias de escala e escopo.” Por exemplo, ainda no século XIX algumas fábricas alemãs de pigmentos já estavam realizando grandes investimentos para explorar plenamente as economias de escopo. As plantas expandidas produziam centenas de pigmentos e alguns fármacos a partir de um mesmo conjunto de matérias-primas e o mesmo grupo de componentes intermediários.

Verifica-se assim que o conceito de economias de escopo não é novo. Qual é, então, a grande diferença entre a operacionalização do conceito naqueles tempos e nos dias de hoje? A resposta está na natureza das inovações tecnológicas. O novo fator-chave baseado na microeletrônica permite a exploração de economias de escopo em setores onde isso antes era impensável, com destaque para os bens de consumo duráveis – liberados pela indústria automobilística. Igualmente, torna-se mais fácil o controle de qualidade com a crescente automação, assim como a coordenação do fluxo de produção. Nesses setores a necessidades de padronização, devido aos altos custos de “setup” e “changeover”, impossibilitava a produção com variedade e uma renovação mais rápida da linha de produtos.

Assim, como alternativa para a redução de custos da atividade empresarial, cabe à criatividade tentar adaptar o patrimônio já existente para uma diversificação, de maneira a obter uma redução do custo dessa nova atividade e assim melhorar o lucro do somatório das atividades desenvolvidas.

A economia de escopo incide em empresas que conseguem fazer economia á medida que aumenta sua diversificação de produtos ou serviços prestados, são normalmente definidos em termos de custo total relativo de produção de uma variedade de bens e serviços considerados em conjunto na empresa.

Como exemplo, podemos citar alguns supermercados que aproveitaram o seu espaço físico e aumentaram o seu alcance, buscando clientes de diversas áreas diferentes. Hoje você entra no supermercado Extra e encontra além de produtos comestíveis não perecíveis, produtos de limpeza mas também eletrodomésticos e produtos automobilísticos como pneus e outros. Dessa forma com a evolução tecnológicas outras empresas também aderiram à economia de escopo e vendem de tudo pela internet.

Economia de Escala

Economia de Escala é um conceito econômico cujo significado é a possibilidade de reduzir o custo médio de um determinado produto pela diluição dos custos fixos em um número maior de unidades produzidas. Como os custos fixos são constantes até um determinado patamar, quando maior o volume produzido, menor será o custo médio. Isso ocorre quando uma empresa tem capacidade instalada de produção e aumenta o volume de produtos utilizando os mesmos recursos como maquinários, instalações e mão de obra. Dessa forma, o preço médio dos produtos é reduzido na proporção do aumento do volume. Alguns exemplos de custos fixos: aluguel, depreciação dos maquinários e equipamentos, pessoal administrativo, telefone, investimentos em pesquisa e desenvolvimento do produto etc.

              Desta forma, pode custar R$25.000,00 produzir 1.000 pares de sapatos, mas apenas R$100.000,00 a produzir 10.000 pares. No primeiro caso, o custo unitário de produção é de R$ 25 por par, enquanto no segundo caso apenas de R$ 10 por par. Ora, se a empresa vender o par de sapatos a R$35, ela poderá estar numa situação de prejuízo no primeiro cenário e numa situação confortável de lucro no segundo.

        Entretanto, a economia de escala só pode ser utilizada quando existe demanda no mercado por um determinado produto, pois de nada adianta aumentar o volume de produção se o produto não for absorvido pelo mercado. Neste caso, a empresa ficará com um grande estoque de produtos com custo médio baixo, porém encalhado gerando custos financeiros.

       Para a economia de escala, o primeiro passo é padronizar a produção. Assim já é possível produzir o mesmo item repetidamente sem precisar gastar com patentes, elaboração do design ou publicidade. É preciso ter equipe bem preparada e com funções delimitadas. Uma das grandes dificuldades dessas empresas é a gestão ao atingir o ápice de crescimento.

     A maior vantagem da economia de escala é a redução de gastos, alinhada com o aumento dos lucros, já que o custo médio de produção por unidade é reduzido. Isso garante a possibilidade de oferecer preços mais competitivos para o consumidor, o que tende a alavancar venda. A economia de escala pode reduzir gastos não só na hora de produzir, mas também em outras ações da empresa, como idealização, campanhas de marketing, controle financeiro e distribuição.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (11.8 Kb)   pdf (129.1 Kb)   docx (15.9 Kb)  
Continuar por mais 7 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com