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A GESTÃO INDUSTRIAL

Por:   •  11/10/2020  •  Relatório de pesquisa  •  783 Palavras (4 Páginas)  •  130 Visualizações

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FGV_FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS

PLANO REAL 1994

ROGÉRIO MARTI SERVANTE

GESTÃO INDUSTRIAL

Prof. Mauro Rochlin

PIRACICABA,

ABRIL 2020

  1. PLANO REAL

O Plano Real foi um grande projeto de estabilização da economia brasileira, lançado no governo de Itamar Franco. Em 1994 foram implantadas medidas que conseguiram estabilizar a economia brasileira e colocar fim a crise de hiperinflação na década de 1980. Responsável, e idealizador do Plano real, Fernando Henrique Cardoso (FHC), que na sequencia foi eleito presidente do Brasil. A crise econômica vivida no pais na década de 1990 era decorrente de resultados ruins das gestões passadas. O Brasil sofria com o endividamento externo e uma inflação elevada que impactava diretamente no aumento do custo de vida dos cidadãos brasileiros. É evidente que o resultado positivo que foi obtido, diante das medidas tomadas, é o fator primordial do fim da inflação e sem dúvida o controle da taxa de câmbio. A fase do ajuste fiscal, não mostrou os resultados esperados e foi a partir daí, que nasceram os demais elementos aplicados contra a inflação, conforme avaliação dos membros responsáveis pela política econômica anti-inflacionária. A medida inicial do Plano Real foi fixar tudo em URV, que era uma espécie de moeda que se autocorrigia todos os dias. Logo no início da conversão, foi aplicada sobre os salários a correção da própria URV, e todo mundo esqueceu que os salários haviam sido fixados pela média. Em Julho de 1994, foi feita a conversão para a nova moeda, o Real. Naquele instante, 2750 unidades da moeda antiga, o Cruzeiro, passariam a valer R$ 1,00 que era a mesma coisa que US$ 1.00. A partir desse momento, os preços no Brasil vieram abaixo de forma imediata. O que se viu na sequência foi uma estabilização dos preços (ressaltando que subiam cerca de 1 a 1,5% ao mês, o que comparado com os níveis anteriores, dava clara impressão de estabilidade) e a recuperação do crédito. A demanda cresceu, favorecendo uma forte expansão da economia, o que acabou por impulsionar a economia brasileira. É possível dizer que em um ambiente onde o câmbio é sobrevalorizado, o déficit do governo passa a ser financiado com o déficit em conta corrente. A saída encontrada diante disso tudo é o governo agir reprimindo o processo produtivo, uma vez que o crescimento do produto interno eleva o crescimento das importações, e as exportações não conseguem crescer diante do câmbio sobrevalorizado. O crescimento do produto aumenta o "rombo" nas contas-correntes e como a equipe econômica objetivava desde o início manter a estabilidade, a saída seria reduzir o nível de crescimento.

De fato, uma rápida queda do preço, com rápida expansão do produto, seguida de urna recessão, fez com que o Plano Real fosse bem sucedido no combate e controle da inflação, mas colocou o país numa espécie de armadilha que o impedia de crescer de forma sustentável. Restrição de crédito, com elevadas taxas de juros, fez com que cada vez mais a economia crescesse. O déficit em conta corrente se ampliava, exigindo então novas reduções da atividade econômica. O governo justificava o constrangimento ao crédito como tentativa de controlar o consumo que defendia estar em níveis elevados, mas uma análise cuidadosa da situação levava a crer que não era outra a intenção senão acertar o balanço em contas-correntes. A manutenção dos juros elevados tinha o duplo propósito de financiar o déficit em contas-correntes e acumular reservas. Frente à armadilha do crescimento imposta ao Brasil, o governo numa grande sacada passou a defender o aumento das exportações corno forma de resolver a ausência de crescimento da economia. Esta medida não se mostrou suficiente para eliminar a restrição externa via redução dos impostos nas exportações, algo extremamente sensato uma vez que ninguém cobrava imposto na exportação, que deveria ser cobrado no destino, com intuito de redução do Custo Brasil. Não basta resolver os problemas dos portos, porque quando se melhoram as condições operacionais portuárias, eu reduzo o custo das exportações, mas reduzo, também, o custo das importações. Naquele instante, o Brasil passava por 12 anos de ausência de investimentos na infraestrutura rodoviária, ferroviária, de energia, etc., o que acentuou de forma direta nas restrições produtivas do mercado nacional. A manutenção das reservas e controle da base monetária exigia a emissão decrescente da dívida pública, canalizando assim toda a poupança pública que deveria ser utilizada pra investimentos. O pagamento de juros da dívida pública chegou a ser de aproximadamente 4% do PIB em 1996.

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