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A HISTÓRIA DA ECONOMIA

Por:   •  29/8/2017  •  Resenha  •  3.588 Palavras (15 Páginas)  •  363 Visualizações

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FISIOCRACIA

No século XVIII, uma escola de pensamento francesa, a fisiocracia, que consideram o sistema econômico como um "organismo" regido por leis intrínsecas (pela ordem natural das coisas), sendo elas assim, cientificamente relevantes.

Dividiu a sociedade em classes sociais, e teve a preocupação de justificar os rendimentos da classe proprietária de terras. Diferentemente dos mercantilistas, os fisiocratas consideram a riqueza de um país não medida pelo estoque de metais preciosos, mas por tudo aquilo que era retirado da terra (o chamado “produto líquido”). A Escola Fisiocrata surgiu como reação ao mercantilismo. Já que a fisiocracia sugeria que era desnecessária a regulamentação governamental, pois a lei da natureza era suprema, e tudo o que fosse contra ela seria derrotado. A função do soberano era servir de intermediário para que as leis da natureza fossem compridas. Ou seja, criticavam a intervenção do Estado, considerando-a um entrave ao livre funcionamento da economia.

 Os fisiocratas sustentavam que a terra era a única fonte de riqueza e que havia uma ordem natural que fazia com que o universo fosse regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e universais, desejadas pela Providência Divina para a felicidade dos homens. Para os fisiocratas, a riqueza consistia em bens produzidos com a ajuda da natureza (fisiocracia significa “regras da natureza”) em atividades econômicas como a lavoura, a pesca e a mineração. Portanto encorajava-se a agricultura e exigia-se que as pessoas empenhadas no comércio e nas finanças fossem reduzidas ao menor número possível, já que toda riqueza provém da terra, a indústria apenas diversifica o produto e o comércio o distribui. Sendo assim a agricultura a maior fonte de riqueza, fornecendo matéria-prima para a indústria e o comércio.  

O trabalho de maior destaque foi o do Dr. François Quesnay, autor da obra Tableau Économique, o primeiro a dividir a economia em setores, mostrando a inter-relação dos mesmos. Associaram conceitos da Medicina à Economia com o uso de termos como circulação, fluxos, órgãos, funções. Apesar de o trabalho dos fisiocratas estar permeado de considerações ética, sua contribuição à análise econômica representou grande avanço.

OS CLÁSSICOS

O pensamento clássico se desenvolve na segunda metade do século XVIII e no século XIX. Desse modo centra suas reflexões nas transformações do processo produtivo, trazidas pela Revolução Industrial.

A ciência econômica é consolidada com a escola clássica. O marco fundamental é a obra Uma Investigação sobre a Natureza e Causas da Riqueza das Nações (1776), do escocês Adam Smith (1723-1790). Após a morte de Smith, três nomes aperfeiçoam e ampliam suas idéias: o francês Jean-Baptiste Say (1767-1832) e os ingleses Thomas Malthus (1766-1834) e David Ricardo (1772-1823). 

A passa a formar um corpo teórico próprio e a desenvolver um ferramental de análise específico para as questões econômicas. Foram elaborados muitos modelos acerca do funcionamento da economia geral. A análise de questões monetárias teve um lugar de destaque, e contribuiu para o desenho de algumas instituições econômicas importantes, tais como os Bancos Centrais. Apesar de existirem muitas aplicações normativas no pensamento clássico, seu tema central pertence à ciência positiva, situando-se o interesse primordial na análise abstrata das relações econômicas, com a finalidade de descobrir leis gerais e regularidades do comportamento econômico. Os precursores morais e as conseqüências sociais dessas atividades não são mais realçadas como anteriormente.

Os membros da Escola Clássica consideravam o trabalho como a fonte de riqueza do indivíduo e de uma nação. Além disso, defendiam o individualismo e considerava a propriedade privada um direito sagrado do homem. Reconhecem-se o papel da divisão e a racionalização do trabalho no aumento da produção industrial, pois tal especialização provocaria, inevitavelmente, um aumento na produtividade do trabalho e, consequentemente, um maior acúmulo de riquezas.

Em consequência, qualquer mudança que aprimore as forças produtivas estará potencializando o enriquecimento de uma nação. A escola também aborda as causas das crises econômicas, as implicações do crescimento populacional e a acumulação de capital. 

Os clássicos defendem o liberalismo e elaboram o conceito de racionalidade econômica, no qual cada indivíduo deve satisfazer suas necessidades da melhor forma possível sem se preocupar com o bem-estar da coletividade. Essa busca egoísta e competitiva, no entanto, estaria na origem de todo o bem público porque qualquer intervenção nessas leis naturais do comportamento humano bloquearia o desenvolvimento das forças produtivas.

Adam Smith (1723-1790)

Considerado o precursor da moderna Teoria Econômica, colocada como um conjunto científico sistematizado, com um corpo teórico próprio. Em 1776, publicou A riqueza das nações, um estudo abrangente sobre questões econômicas que englobam desde aspectos monetários até a distribuição do rendimento da terra, concluindo com um conjunto de recomendações políticas.

Em uma visão harmônica do mundo real, Smith acreditava que se deixasse atuar a livre concorrência, uma “mão invisível” levaria a sociedade à perfeição. Para Adam Smith, todos os agentes, em sua busca de lucrar o máximo, acabam promovendo o bem-estar de toda a comunidade. É como se uma mão invisível orientasse todas as decisões da economia, sem necessidade da atuação do Estado. A defesa do mercado como regulador das decisões econômicas de uma nação, traria muitos benefícios para a coletividade, independentemente da ação do Estado. É o princípio do liberalismo.

Seus argumentos baseavam-se na livre iniciativa. Considerava que a causa da riqueza das nações é o trabalho humano (a chamada Teoria do Valor-Trabalho), introduzindo a noção de produtividade como determinante da riqueza. Um dos fatores decisivos para aumentar a produção é a divisão de trabalho, isto é, os trabalhadores deveriam se especializar em algumas tarefas. A aplicação desse princípio promoveu um aumento da destreza pessoal, economia de tempo e condições favoráveis para o aperfeiçoamento e invento de novas máquinas e técnicas.

A produtividade decorre da divisão do trabalho, e esta, por sua vez, decorre da tendência inata da troca, que, finalmente, é estimulada pela ampliação de mercados. Assim, é necessário ampliar os mercados e as iniciativas privadas para que a produtividade e a riqueza sejam incrementado.

Para Adam Smith, o papel do Estado na economia deveria corresponder apenas à proteção da sociedade contra eventuais ataques e à criação e manutenção de obras e instituições necessárias, mas não à intervenção nas leis de mercado e, consequentemente, na prática econômica.

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