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A HISTÓRIA ECONÔMICA DA AMAZÔNIA

Por:   •  3/3/2017  •  Abstract  •  1.300 Palavras (6 Páginas)  •  235 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

FACULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E ANALÍSES

HISTÓRIA ECONÔMICA DA AMAZÔNIA

DISCENTES: Júlio César Matos de Souza- 21202132

                        Josimar da Silva Rodrigues Junior- 20903071

Docente: Profº DRº Sylvio Puga

MANAUS-AM

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

FACULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E ANALÍSES

HISTÓRIA ECONÔMICA DA AMAZÔNIA

Pontos positivos e Negativos do Modelo ZFM 1967-2017 e cenários Futuros

DISCENTES: Júlio César Matos de Souza- 21202132

                        Josimar da Silva Rodrigues Junior- 20903071

Docente: Profº DRº Sylvio Puga

MANAUS-AM

Em termos econômicos foi ótima a prorrogação do modelo ZFM por mais 50 anos, mas, em termos sociais, foi um desastre porque nada do que é produzido em termos de economia no pólo industrial de Manaus, chega aos moradores do entorno das fábricas, que continuam vivendo em condições horríveis, muitos sem água, luz ou saneamento básico, além da falta de escolas de qualidade, hospitais decentes e segurança eficiente. Com os lucros das indústrias, poderia ser criado um Fundo de Investimento Social, por exemplo, para suprir essas carências do povo pobre, que vem sendo usado como mão de obra barata.

A prorrogação por mais 50 anos do modelo de desenvolvimento econômico Zona Franca de Manaus tem que ser analisado com cuidado, pois existem pontos tanto positivos na economia, como negativos em termos sociais. Hoje, a população de Manaus que não vê ou sente os resultados econômicos do trabalho realizado por causa da mão de obra mal paga e sendo subjugada de todas as formas e muito menos vê ou sente que estejam buscando novas alternativas, investindo em desenvolvimento, inovações voltadas aos recursos naturais, capazes de gerar outra matriz econômica de desenvolvimento ao Estado e deixar de depender do Governo Federal, pleiteando daqui a 50 anos uma nova prorrogação.

Essa nova prorrogação, nos remete a lembrança do que ocorreu em anos anteriores, em particular no ano de 1995, com o fim dos primeiros 28 anos do modelo Zona Franca, cujo mesmo também vem sendo usado politicamente pelos candidatos a todos os cargos, como se fossem os salvadores do modelo que poderá fracassar depois de alguns anos, se nada for feito para mudar a realidade de hoje. Estamos vivendo atualmente num  Pólo Industrial com ruas esburacadas, população vivendo no entorno das fábricas e poucas indústrias, incubadoras, para gerar produtos biotecnológicos da floresta, além da total passividade dos administradores públicos em buscar alternativas de novos modelos de desenvolvimento para o Amazonas fora do que foi prorrogado, deixando os políticos perdidos em suas campanhas, sem olhar para outras possibilidades, como se já não existisse mais nenhuma.

De um passado vigoroso no comércio, na indústria e incipiente em serviços, a Zona Franca de M anuas, criada pelo decreto 288/67, de autoria do deputado Francisco Pereira, foi implantada 10 anos depois, após a vitoriosa guerrilha liderada por Fidel Castro e seus comandados e quando assumiu o poder em Cuba com a derrubada do presidente .

Devido a muita e forte pressão de políticos do Amazonas e de empresários paulistas que tinham fábricas instaladas em Manaus, liderados pelo presidente da Federação das Indústrias do Amazonas, empresário João de Mendonça Furtado, o modelo foi prorrogado e vem sendo assim até os dias de hoje. Em 1995, o Governo Federal foi alardeando que sem a ZFM, Manaus voltaria a ser um “porto de lenha”.

Durante os primeiros 28 anos de existência, o Governador José Lindoso criou uma lei que tentou interiorizar o modelo, fazendo com que indústrias instaladas em Manaus, passassem e investir e desenvolver em poucos municípios. Mas o tripé comércio/indústria/agropecuária nunca chegou a ser concretizado totalmente porque o Distrito Agropecuário, na BR-319, não é propício para o desenvolvimento da pecuária e foi esquecido com o tempo. O Governador Amazonino Mendes criou um modelo que chamou de “Terceiro Ciclo” sem nunca ter ocorrido nem o primeiro porque a exploração do látex era nativo e foi também foi abandonado, o Distrito Industrial, que seria o segundo, foi imposto pelo Governo Militar para empregar a mão de obra dócil, abundante e barata que existia no Amazonas, com medo da expansão do Regime Comunista na Amazônia, a partir de Cuba. Mas nunca se buscou um modelo real de desenvolvimento para o Amazonas que não fosse o criado e imposto em 1967 pelos Militares.

É verdade que ajudou a desenvolver Manaus, mas a empobreceu também em termos sociais porque a riqueza de poucos não é a mesma riqueza da maioria das pessoas que construíram casebres no entorno das fábricas, tais como ocorreu no início da Revolução Industrial na Inglaterra. Manaus é uma cidade inchada de periferias em torno das fábricas e nenhuma coisa foi pensada para resgatar da miséria essas famílias, como a criação de um Fundo de Investimento Social, com parte da riqueza gerada pelas indústrias, voltando aos seus verdadeiros produtores de toda essa riqueza, em forma de melhoria de ruas, saneamento básico, escolas e saúde de qualidade, tudo bancado por esse fundo. Como nada se pensou ou se projetou em busca de alternativas, o Governo Federal terá que prorrogar de novo a Zona Franca daqui a 50 anos porque, como aconteceu durante a exploração da borracha,o governo Eduardo Ribeiro construiu pontes, aterrou igarapés, construiu o Teatro Amazonas e realizou calçamento com paralelepípedos nas principais ruas de Manaus, porque os exploradores e colonizadores da época exigiam saneamento básico, luz elétrica, navios da Companhia de Visconde de Mauá, telégrafos para saber a cotação da borracha na bolsa de valores, mas não pensou em todo esse surto de urbanização gerado pela ilusão de fausto oriunda da borracha.  

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