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A História Economica Geral

Por:   •  8/7/2021  •  Trabalho acadêmico  •  10.939 Palavras (44 Páginas)  •  178 Visualizações

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Ibmec

TRABALHO HISTÓRIA ECONÔMICA GERAL

Livro Prometeu Desacorrentado – David S. Landes

Grupo:

Bernardo Fonseca Gazzinelli, Eduardo José

de Paula Gomes, Gabriel de Assis Parreira,

Gabriel Kneip, Gabriela Paolucci, Henrique

Vasconcelos        Diniz,        Henrique        Vieira

Figueiredo        Urbano,        Isabella        Amaral

Azevedo, João Paiva, João Pedro Guedes,

João Víctor Machado Silva, Lourenço Castro,

Lucas  Cardoso,  Luiza  Faria  Vasconcellos,

Maria Eduarda Campolina, Paulo Henrique

Caldeira Reis, Thiago Costa Couto Oliveira,

Thiago        Teixeira,        Valentina        Aleixo        de

Carvalho

Belo Horizonte, 2021

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

No início do livro o autor nos explica que a frase revolução industrial, significa muito mais do que uma revolução da área industrial, e que engloba qualquer grande tipo de revolução feita dentro da sociedade através de inovação científica e tecnológica. Em sequência ele introduz o tema do livro, que é sobre como a primeira revolução industrial ocorreu na Europa ocidental.

Em seguida nos é explicado que seu início foi consequência de uma sucessão inter-relacionada das mudanças tecnológicas, onde a forma do trabalho foi intensamente modificada através das indústrias, levando o dono do capital a uma posição em que ele era não só empregador, mas também o comerciante e o detentor dos meios de produção. Enquanto isso, o empregado era apenas remunerado com um salário que não correspondia nem de longe à sua produção. Além disso, o trabalho era intensamente supervisionado e o trabalhador não possuía nenhuma liberdade criativa, o que apresenta reflexos até nos dias de hoje.

Apesar desta disparidade e desigualdade é indiscutível os progressos e as inovações geradas nesse período, como por exemplo a máquina a vapor. O autor frisa que nunca na história da humanidade foi visto um progresso e uma prosperidade tão grande e autossustentável até a chegada da revolução industrial.

Diante desse cenário vemos também a agricultura tendo uma grande importância, uma vez que com a aceleração do produto final feita pela a indústria e a demanda crescente da população, o campo tinha que produzir em uma velocidade nunca antes vista.

Inicialmente, precisamos entender a diferença entre a industrialização e a modernização. A primeira é a mudança que ocorre no modo de produção e nas unidades produtivas. Já a segunda, ocorre após atingir um certo grau de maturidade tecnológica e industrialização. Além disso, para que uma economia atinja a modernização são necessários avanços nos moldes do governo, das instituições, das ordens sociais, na área do conhecimento e também das atitudes e valores dos participantes dessa economia.

Para que uma economia evite as penalidades de uma maturidade desequilibrada, é importante que as mudanças tecnológicas e a industrialização antecedam ou acompanhem as outras áreas da modernização. Ainda que a Europa Ocidental tenha conseguido esse feito, ela sofreu com dores do crescimento, como a destruição da fonte de renda de alguns e a exclusão de outros que não acompanharam o progresso.

Os problemas gerados na Europa pela industrialização também incluíam o aumento da desigualdade entre os ricos e os pobres e entre os empregadores e empregados, a formação de um proletariado inchado e concentrado, a formação de partidos dos

trabalhadores e a revolta da aristocracia com os parvenus (novos ricos) adentrando os círculos sociais, antes intocados.

Essa entrada de burgueses nos ambientes aristocráticos se deu pelo fato de que os nobres já não podiam ignorar a importância daqueles que agora mantinham a maior parte do dinheiro. A nova "aristocracia de chaminé" vinha sendo protagonista de uma enorme transferência de poder, dos donos de terra para os donos de indústrias e meios de produção.

Esse poder dado aos donos dos meios de produção pode ter sido visto por alguns grupos como apenas uma dificuldade para os menores empreendedores. Entretanto, uma análise diferente nos mostra todas as possibilidades que surgiram com as mudanças da Revolução Industrial. Apesar de todas as turbulências do progresso, a Revolução Industrial gerou um aumento geral do padrão de vida, crescimento dos setores de lazer, administrativo e de serviços, criando chances de uma ascensão social e financeira por meio da educação e do trabalho, reduzindo drasticamente a estratificação pré-Revolução.

Até um certo momento, só foi possível observar as mudanças na Europa Ocidental, não sendo uma mudança em várias regiões ao mesmo tempo. Esse desnível trouxe enormes consequências, como o atraso em termos militares, devido a um atraso da capacidade industrial, especialmente em um período de guerra. Também, até hoje pode-se notar um atraso de alguns países, que sofrem com padrões de vida bem mais baixos se comparados com países com uma industrialização mais antiga.

Independente de todos os pontos positivos e negativos identificados, a questão a ser analisada pela História Econômica não são os resultados da Revolução Industrial, mas os motivos de ela ter surgido na Europa Ocidental e de ter ocorrido no momento em que ocorreu.

Apesar das dificuldades de se responder essa pergunta, por causa da falta de dados estatísticos sobre a pré-modernidade, é possível notar que, no momento em que a revolução aconteceu, a Europa Ocidental, com maior destaque para a Inglaterra, havia uma riqueza proveniente de séculos de acumulação e uma população com um crescimento maior que as outras nações, gerado por um padrão de vida melhor. Resumindo, a Europa Ocidental foi a única a se modernizar no momento em que ocorreu e bem à frente de outras nações porque estava pronta para isso, mas nenhuma resposta definitiva pode ser dada, diante de um problema tão complexo e com tantas variáveis envolvidas.

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