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A Utilidade Marginal

Por:   •  3/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  940 Palavras (4 Páginas)  •  472 Visualizações

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Teoria Marginalista

Contexto histórico

No século XIX, a Europa passava por muitos problemas econômicos e sociais, tendo em vista que a distribuição injusta de riqueza e renda contribuía com a pobreza, logo transformou no descontentamento da população. Além disso, a crise nas propriedades rurais prejudicava tanto os fazendeiros quanto os trabalhadores das fazendas, por isso muitos iam em busca de oportunidades na cidade para garantir a sobrevivência. Infelizmente, a cidade não tinha suporte e as fábricas, antes das aprovações das leis de indenização, exploravam os trabalhadores com longas horas de trabalho e locais insalubres. Portanto, esses impasses foram os precursores para o surgimento de pensamentos socialistas, os quais são contrários a economia clássica.

Em 1871, Jevons e Menger publicaram seus livros sobre a utilidade marginal, o que contribuiu com o início da escola marginalista. Embora os marginalistas não concordassem com a teoria clássica de que o rendimento de terra é diferido e que o valor de troca baseia-se pelo tempo de trabalho no processo de produção, eles apoiavam as visões políticas e criticavam o socialismo.

Fundamentos teóricos

Em uma primeira análise acerca dos conceitos teóricos da utilidade marginal, é indubitável a necessidade de conhecer algumas ideias de alguns precursores dessa teoria antes do fundamento aplicado na microeconomia. As obras de Herman Heindrich Gossen (1810-1858) foram apreciadas após sua morte, com o crédito de Jevons em sua obra, por isso Gossen ficou conhecido como o pioneiro da utilidade marginal, pois estabeleceu duas leis. A primeira lei era sobre rendimentos decrescentes: a utilidade adicional de um bem diminui quanto mais ele é consumido. A segunda lei refere-se ao equilíbrio das utilidades marginais por meio do consumo racional para garantir a máxima satisfação, ou seja, o consumidor deverá alocar seu rendimento de modo que a última unidade de dinheiro gasto em cada produto comprado gere a mesma quantidade de utilidade marginal. Dupuit afirmava que o valor fixado em um bem varia de indivíduo para indivíduo.  Além disso, o nível de satisfação depende de como o bem é utilizado, por exemplo, a água deve ser usada para uma tarefa mais importante e, em seguida, à medida que o estoque de água aumenta, é possível utilizar nas funções menos importantes, isto é, a água para beber tem prioridade em relação à água usada para higiene. Apesar que Bentham discutia isso 60 anos antes, Dupuit superou ao ligar diretamente a utilidade marginal decrescente às curvas de consumo individual e do mercado. Ele observou que, com a queda do bem, as pessoas compravam mais para obter satisfação. Nesse contexto, Jevons abordou a teoria da utilidade marginal, a qual é semelhante às ideias anteriores de Gossen e Dupuit, em que Jevons afirmava que só poderia medir através da observação do comportamento humano e resolveu o paradoxo da água e do diamante, tendo em vista que o princípio da utilidade marginal decrescente revela que, embora a utilidade total da água seja maior que a utilidade total dos diamantes, o grau final da utilidade, isto é, a utilidade marginal é bem maior que a utilidade marginal da água.

Segundo a análise aplicada no livro de microeconomia, torna-se necessário abordar o conceito de utilidade total antes da utilidade marginal para facilitar a compreensão. Em suma, quando o consumidor adquire um bem, ele obtém satisfação com a posse desse bem. Assim, a utilidade total compreende a soma de todos os graus de utilidade que o bem possui para satisfazer as necessidades do consumidor. Deste modo, a utilidade marginal é definida como a variação na utilidade total resultante da variação de uma unidade no consumo do bem em questão, por unidade de tempo. Admitindo que a utilidade marginal é decrescente para todos os níveis de consumo, quando a utilidade atinge um máximo, a utilidade marginal é, certamente, igual a zero, já que ela representa incrementos na utilidade total, resultante de variações unitárias no consumo. Consequentemente, quando a utilidade marginal se torna negativa com o aumento do consumo, a utilidade total passa a diminuir.

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