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ANÁLISE DE DEMANDA

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Por:   •  6/10/2014  •  Tese  •  4.862 Palavras (20 Páginas)  •  246 Visualizações

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2 ANÁLISE DA DEMANDA

Em microeconomia, considera-se a demanda, como a quantidade de um bem ou serviço que um consumidor deseja e está disposto e apto a adquirir por determinado preço e em determinado momento. Neste contexto a teoria da demanda busca explicar, fundamen-talmente, o comportamento de um consumidor, tomado individualmente como, por exemplo, um sujeito interessado na compra de um determinado produto ou serviço.

Por sua vez, pode-se considerar que a demanda é condicionada por diversos fatores, como por exemplo a preferência do consumidor, o seu poder de compra, os preços dos ou-tros bens, tanto os bens substitutos como dos complementares e sua renda. Esses são os conceitos que vamos detalhar nesse capítulo.

2.1 Demanda

A demanda ou procura pode ser definida como a quantidade de um determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo a um determinado preço, mantidas constantes todas as outras variáveis (coeteris paribus).

A partir dessa definição, três elementos podem ser destacados:

• a demanda é uma aspiração, um desejo e não a realização deste. Ela é um an-seio de comprar (um bem, um serviço) e a realização dele se dá pela compra do bem desejado. Logo, não se pode confundir demanda (ou procura) com compra;

• para que haja demanda por um bem (ou serviço) é preciso que o indivíduo esteja capacitado a pagar por ele. Em outras palavras, é preciso que tenha renda que lhe permita participar do mercado desse bem. Na realidade, nem todo desejo do consumidor se manifesta no mercado sob a forma de demanda. O anseio de um consumidor comprar um bem somente influirá no preço de mercado desse bem se tal desejo puder ser traduzido em uma demanda monetária para o bem em questão. Assim, podemos afirmar que em economia, demanda significa desejo apoiado por dinheiro suficiente para comprar o bem desejado. Como exemplo, podemos citar as inúmeras pessoas que desejam comprar um carro importado, porém, com certeza, poucas têm os recursos necessários para efetivamente ad-quirir este tipo de bem;

• a demanda é um fluxo por unidade de tempo, ou seja, devemos expressar a procura por uma determinada quantidade em um certo período de tempo. Assim, se dissermos que João deseja adquirir 20 litros de leite e que essa é sua procura, estaremos incorrendo em erro, uma vez que não teremos especificado a unidade de tempo em que João deseja comprar os litros de leite (se por dia, semana, mês, ano, ou qualquer outra unidade de tempo). Para que a informação esteja válida é preciso que se diga que João deseja adquirir 20 litros de leite por mês (ou qualquer outra unidade de tempo) sendo esta, então, a sua procura de leite.

O estudo da demanda está alicerçado no conceito de utilidade. Utilidade é a qualidade que os bens econômicos possuem de satisfazer as necessidades humanas. Esta utilidade difere de consumidor para consumidor, uma vez que está baseada em aspectos psicológicos ou preferências. Como esta utilidade visa satisfazer necessidades humanas, elas têm que apresentar algum valor. A utilidade é um conceito subjetivo, pois considera que o valor nasce da relação homem com os bens e/ou serviços.

2.2 Elementos que influenciam a demanda dos consumidores

Feitas estas observações, devemos identificar quais os elementos que influenciam a demanda do consumidor por um determinado bem ou serviço. Dentre os diversos fatores, os economistas costumam destacar os seguintes: o preço do bem, a renda do consumidor, o gosto e preferência do consumidor, e o preço dos bens relacionados.

Não podemos negar que a quantidade demandada (procurada) de um bem é influen-ciada por seu preço. Normalmente é de se esperar que quanto maior for o valor de um bem, menor deverá ser a quantidade que o consumidor desejará adquirir desse bem; alternativa-mente, quanto menor for o preço, maior deverá ser a quantidade que o consumidor poderá obter desse bem. Quantas vezes você ficou só no anseio de comprar um bem, mas não po-de ser classificado na demanda dele por não possuir recursos financeiros para adquiri-lo?

Da mesma forma, pode-se esperar que para a maioria dos bens, uma elevação da renda do consumidor esteja associada a uma elevação das quantidades compradas. Essa é a regra geral, e os bens que têm essa particularidade são chamados bens normais. Os exemplos incluem a maioria dos alimentos, roupas, aparelhos de som ou domésticos. É co-mum vermos uma pessoa ao receber aumento salarial pensar “agora vai sobrar um pouqui-nho para eu poder comprar mais roupas” ou algo similar.

A demanda de um determinado bem ou serviço também depende dos hábitos e pre-ferências do consumidor. Estes, por sua vez, dependem de uma série de circunstâncias tais como idade, sexo, tradições culturais, religião e até educação. Mudanças nesses hábitos e preferências podem provocar alterações na demanda desse bem. A moda esta ai para com-provar essa afirmação.

Além disso, a demanda de um produto pode ser afetada pela variação no preço de outros bens. Isso ocorre em relação aos denominados bens complementares e bens substitutos. Bens complementares são aqueles que tendem a aumentar a satisfação do consumidor quando utilizados em conjunto. Neste caso, a elevação no preço de um deles produz uma redução na demanda de outro, e uma diminuição no preço gera um aumento na demanda do outro. É no caso, por exemplo, do pão e da manteiga. Assim, um aumento no preço do pão tende a reduzir a demanda de manteiga. Devemos observar que a comple-mentaridade pode ser técnica, caso da caneta tinteiro e tinta, automóvel e combustível, ou psicológica, tal como restaurante com música.

Os bens substitutos (também denominados de concorrentes), por sua vez, são a-queles cujo consumo de um pode substituir o outro. Nesse caso haverá uma relação direta entre o preço de um e a demanda do outro bem. Em outras palavras, uma elevação do preço de um bem produzirá aumento na demanda do outro bem (e uma redução no preço de um provocará redução na demanda do outro). A manteiga e a margarina, ao que parece, enquadram-se nessa classificação. Assim, um aumento no preço da manteiga deverá elevar a demanda de margarina (e uma diminuição no preço da manteiga deverá diminuir a de-manda de margarina). Outros exemplos de bens substitutos seriam leite em pó e leite fresco, carne de frango e carne bovina entre outros.

Além dos bens já citados, existem ainda os bens de giffen. Em economia, um bem de giffen é um produto para o qual um aumento do preço faz aumentar a sua demanda. Este comportamento é diferente

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