AS ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE PSICOLOGIA UNIP PARAÍSO

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

Monica Akemi Martins Ikuno RA - D57AHH-8

São Paulo 2018

Sumário

1        Introdução        . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .        2

2        Método . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .        3

3        Resultados  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .        4

4        Discussão dos Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .        9

Referências        11

ANEXOS        12

Anexo A - Uma mulher velha ou uma jovem moça?        13

1. Introdução

Esse exercício terá como objetivo realizar uma coleta de dados sobre a relação da percepção com o tempo. Coletar dados e procurar elucidar se a percepção das imagens é afetada pelo tempo de exposição do sujeito à figura.

Percepção é o processo de organização onde selecionamos, organizamos e interpretamos nossas sensações (MYERS, 2012). Ao receber um número enorme  de sensações, nós tendemos a organizar essas sensações em uma gestalt, palavra alemã que significa “forma” ou “todo”. Assim, por exemplo, conseguimos diferenciar uma mistura de sons aleatórios com uma criança chorando (MYERS, 2012).

Dentro de uma figura, temos um fundo. Em um lugar bastante movimentado, de todas as vozes que estamos ouvindo, a que prestamos atenção se torna a figura, enquanto todas as outras se tornam o fundo. Essa relação pode ser invertida continua- mente, mas sempre sendo uma figura contra um fundo. Portanto, o mesmo estímulo pode dar origem a diferentes percepções. Fato comprovado através das “figuras rever- síveis”, onde ao realizar a inversão da figura com o fundo, ou do fundo com a figura, obtemos mais de uma percepção. (MYERS, 2012).

A hipótese escolhida nesse trabalho será a coleta de dados sobre como a percepção das imagens é afetada pelo tempo de exposição de um sujeito à figura. Ao ouvir um som alto repetido diversas vezes, com o tempo, ele irá parecer mais suave. Esse é um exemplo claro da Adaptação Sensorial. Essa adaptação acontece quando as pessoas se acostumam com um estímulo e mudam o referencial delas (FELDMAN, 2015). Portanto, o tempo de exposição pode afetar a percepção sobre uma imagem, assim como o tempo de exposição à um estímulo pode afetar a percepção sobre aquele estímulo.

1. Método

1. Sujeitos:

Todos os sujeitos participantes escolhidos são amigos, conhecidos ou familiares dos aplicadores. Serão ao todo, 06 sujeitos. Sendo 03 de sexo feminino, com idades de 12 anos, 22 anos e 50 anos. E 03 sujeitos do sexo masculino, com idades de 32 anos, 32 anos e 47 anos.

1. Instrumentos:

Será usada uma imagem reproduzida em papel, em preto e branco, onde é possível que o sujeita tenha duas interpretações seguidas, de um rosto de uma moça ou de uma senhora idosa. Essa imagem será apresentada em anexo no final deste relatório.

1. Procedimento de coleta de dados:

Antes de o sujeito analisar a imagem, ele receberá a seguinte e exata instrução do aplicador: “Vou mostrar para você uma figura e você vai me dizer o que vê nela. Este não é um teste psicológico, não há respostas corretas ou erradas, é apenas um exercício que eu tenho que fazer para a faculdade para estudar a Percepção. Você terá um tempo total de 05 minutos para examinar essa figura. Durante esse tempo, você poderá manusear a figura do jeito que você quiser. Todas  as suas respostas    e verbalizações serão registradas por mim, literalmente como elas forem me dadas. Posso começar? Você já viu esta figura antes?”

Continuando o procedimento, serão realizadas pelo aplicador as seguintes perguntas, na exata sequência: “O que você vê nessa figura?”, “O que você acha que influenciou você na hora de identificar essa figura?”

Caso o sujeito já possua conhecimento prévio sobre a figura apresentada, a aplicação continuará. Portanto, posteriormente, apenas serão analisados os dados de quem nunca viu a imagem.

Como iremos observar a influência do tempo de exposição do sujeito sobre a percepção, será especificado para o sujeito que ele terá 05 minutos de exposição.

Assim como todas as respostas e verbalizações do sujeito serão registradas pelo aplicador, literalmente como elas forem dadas, também serão registradas quan- tas e quais figuras o sujeito identificou espontaneamente, se houve sugestão para identificação e como o sujeito manuseia a figura (gira, aproxima de rosto, afasta, etc.).

1. Resultados

Toda a análise dos resultados obtidos com os sujeitos, será feita na base total dos sujeitos e não individualmente.Não analisaremos os resultados separando os sujeitos em categorias. Cada entrevistado representará apenas um sujeito.

Não levaremos em consideração catego- rias e nem dividiremos os sujeitos em grupos de idade ou sexo. O argumento seria as possíveis complicações e complexidade que uma análise mais detalhada, separando os sujeitos por grupos ou categorias, levaria.

As respostas individuais dos sujeitos e as anotações feitas pelos observadores individualmente não serão apresentadas neste relatório.

Dos nove sujeitos analisados, todos os nove sujeitos conseguiram identificar duas figuras, representando cem por cento do total de analisados. Nenhum sujeito percebeu nenhuma figura, nem apenas uma figura. (Tabela 1)

Tabela 1 – Porcentagem de todos os sujeitos que reconheceram:

[pic 2]

[pic 3]

Dos nove sujeitos analisados, oito sujeitos (cerca de oitenta e nove por cento) perceberam a moça primeiro que a velha.

Apenas aproximadamente onze por cento, ou seja, apenas 1 sujeito percebeu a velha na imagem primeiro. (Tabela 2)

Tabela 2 – Porcentagem geral de quais figuras (moça ou velha) foram vis- tas em primeiro lugar

[pic 4]

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