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ATIVIDADES TEÓRICAS PRÁTICAS SUPERVISIONADAS DA DISCIPLINA TEORIA LITERÁRIA

Por:   •  17/9/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.335 Palavras (6 Páginas)  •  558 Visualizações

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FACULDADE ANHANGUERA DE TAUBATÉ

CURSO DE LETRAS- PORTUGUÊS E INGLÊS

SOLANGE TEIXEIRA GUIMARAES – RA: 8208962348

                

        

ATIVIDADES TEÓRICAS PRÁTICAS SUPERVISIONADAS DA DISCIPLINA TEORIA LITERÁRIA

TAUBATÉ

2015

2015

FACULDADE ANHANGUERA DE TAUBATÉ

        CURSO DE LETRAS- PORTUGUÊS E INGLÊS        

SOLANGE TEIXEIRA GUIMARAES – RA: 8208962348

                 

ATIVIDADES TEÓRICAS PRÁTICAS SUPERVISIONADAS DA DISCIPLINA DE TEORIA LITERÁRIA

Atividades teóricas práticas supervisionadas da disciplina de Teorias do Letramento, do 3º semestre do curso de Letras apresentadas a Profª Esp. Antônio Soares referentes a segunda e terceira etapas do 1º desafio.

TAUBATÉ

2015

 

Livro: Razão e sensibilidade  

Autora: Jane Austen

RESUMO, OPINIÃO, INFLUÊNCIA E REPERCUÇÃO DA OBRA

Razão e Sensibilidade conta a história de duas irmãs com personalidades muito diferentes: Elinor, a mais velha, é descrita no primeiro capítulo como sendo uma pessoa “de sentimentos fortes”, que no entanto, “sabia como controlá-los”; Marianne, que tem apenas 17 anos quando o livro começa, é “tudo, menos prudente”, incapaz de domar suas emoções, tanto na alegria quanto na tristeza. Elinor é “razão”, Marianne é “sensibilidade”, e Jane Austen usa ambas para mostrar os perigos de ser franco demais numa sociedade essencialmente hipócrita, onde há muito mais mérito em esconder do que em mostrar.

Elinor e Marianne recebem apenas uma pequena herança do pai, o que diminui muito suas possibilidades de fazer um bom casamento. Elinor se apaixona por Edward e sente que ele a ama também, mas sabe que a família do rapaz dá muita importância ao dinheiro e é racional o suficiente para saber que sua situação financeira talvez impeça a união. Por isso, acha mais sensato não se expor e não deixa que ninguém perceba o que há em seu coração.

Marianne, ao contrário, ao se encantar pelo fascinante Willoughby, não faz a menor questão de esconder sua atração, acreditando que fazer isso seria indigno do amor que tem por ele. Os dois passam o tempo todo juntos, rindo, brincando e dançando, sem, no entanto, anunciar oficialmente seu noivado. Isso preocupa a sempre cautelosa Elinor, que teme que sua irmã possa sofrer consequências por seu descaso com as convenções da época, segundo as quais um casal só pode se comportar como tal se seu compromisso estiver lavrado.

Quando Willoughby mostra ser menos digno de confiança do que parecia a princípio, Marianne mergulha na mais cava depressão. Como para ela os sentimentos só valem se forem intensos, sofrer horrivelmente por seu coração partido é uma questão de honra e, em dado momento do livro, ela chega a quase gritar de tanta agonia. Enquanto isso, Elinor também sofre por Edward, mas sempre no mais absoluto silêncio.

Através desse contraste, Jane Austen constrói sua narrativa. Ao longo de todo o livro, ela defende Elinor e condena Marianne, dando uma lição no leitor: a de que é melhor usar a razão para temperar a sensibilidade, sem deixar que nossas paixões nos dominem. Neste livro, a “razão” (que de fato é a melhor tradução para o “sense” do título original) significa não apenas a habilidade de domar as próprias emoções, como também a capacidade de aceitar qualquer perda com estoicismo, ambas personificadas em Elinor, que nada revela, nem nunca reclama.

Para o leitor moderno, essa preocupação talvez possa parecer um pouco exagerada. Mas ela era particularmente importante para as mulheres da sociedade inglesa do início do século XIX, pois qualquer passo em falso poderia condená-las ao exílio social pelo resto de seus dias. Razão e Sensibilidade oferece exemplos de meninas que colocaram seus corações nas mãos dos homens errados e mandaram a prudência às favas, sofrendo com isso toda sorte de consequências terríveis. Já com os homens que as enganaram, pouco ou nada acontece: era-se bem mais indulgente com o sexo masculino.

A discrição era tão presente no cotidiano que, em dado momento do livro, a personagem de Lady Middleton, para quem as regras de convívio são mais importantes do que qualquer outra coisa, fica chocada pelo simples fato de alguém mencionar em público uma gravidez. Outro acontecimento quase incompreensível para o leitor atual é a relutância de Elinor em perguntar a Marianne se ela está mesmo noiva de Willoughby. Embora as duas sejam muito próximas e Elinor esteja fervendo de curiosidade, ela teme ofender Marianne e, com isso, o mistério estende-se por páginas e páginas.

Embora Jane Austen deixe claro que Elinor é o exemplo a ser seguido, seus personagens são realistas demais para serem inteiramente bons ou inteiramente ruins. Marianne é ingênua e um pouco egoísta, mas também inteligente, franca e amorosa, e tão adorável que não conseguimos deixar de torcer por ela. Para muitos analistas da obra de Austen, isso talvez indique que a própria autora no fundo discordava do pensamento vigente em sua época, e acabou deixando isso transparecer em sua construção de Marianne. Até Elinor perde o controle em uma ocasião, e é justamente aí que simpatizamos mais com ela. Afinal, razão demais nunca deu um bom romance.

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