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AS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO

Por:   •  20/12/2018  •  Resenha  •  1.725 Palavras (7 Páginas)  •  196 Visualizações

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TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO

                                          Abordagem pós-Keynesiana[pic 2][pic 3]

01-Modelo HARROD – DOMAR

 Tentativa de expansão para o longo prazo da teoria Keynesiana.

Tentam demonstrar a possibilidade de ocorrência de uma situação semelhante ao “equilíbrio com desemprego” de Keynes em um contexto onde o estoque capital cresce de forma contínua ao longo do tempo.

 Resultado: obtenção de trajetória de crescimento estável com pleno emprego é possível, mas muito improvável. As economias, via de regra, apresentarão crescimento irregular, alternando períodos de crescimento acelerado com períodos de queda acentuada no nível da atividade produtiva da economia (e desemprego elevado).

*Característica central do modelo: determinação das condições necessárias para manter o equilíbrio entre poupança e investimento ao longo do tempo.[pic 4]

             (1) Para Keynes: manutenção do pleno emprego e/ou plena utilização da capacidade produtiva exigia que: I=sYf. (Ou seja; investimento (I) igual ao produto entre a propensão a poupar da renda disponível (s) e o nível de pleno emprego (Yf)).[pic 5][pic 6]

*De acordo com o modelo de Harrod – Domar, “a máxima Keynesiana” (1) sobre investimento x pleno emprego não está correta. Isso porque O INVESTIMENTO POSSUI DUPLA-NATUREZA. Ou seja, por um lado, o investimento é um componente da demanda agregada, pois contribui positivamente para a utilização efetiva dos meios de produção existentes. Por outro lado, o objetivo final do investimento é aumentar a capacidade de produção da economia (aumentando o nível de renda de pleno emprego).  Assim, ao longo tempo, o investimento se tornará maior capacidade de produção e, então, para manter o pleno emprego, é necessário que os empresários estejam dispostos a aumentar seus gastos.

DOMAR: “DADO QUE O INVESTIMENTO EM KEYNES É APENAS UM INSTRUMENTO DE GERAÇÃO DE RENDA; O MESMO NÃO LEVA EM CONSIDERAÇÃO O FATO ESSENCIAL, ELEMENTAR E BEM CONHECIDO DE QUE O INVESTIMENTO TAMBÉM AUMENTA A CAPACIDADE PRODUTIVA. ESSA NATUREZA DUAL DO INVESTIMENTO TORNA A DETERMINAÇÃO DA TAXA DE EQUILÍBRIO MAIS FÁCIL DO PONTO DE VISTA DO INVESTIMENTO: SE É VERDADE QUE O INVESTIMENTO GERA CAPACIDADE PRODUTIVA E RENDA, ENTÃO ELE PROPORCIONA OS DOIS LADOS DA EQUAÇÃO CUJA SOLUÇÃO DETERMINA A TAXA DE CRESCIMENTO DE EQUILÍBRIO.” (DOMAR 1946, p.46).

*VALIDAÇÃO DO MODELO:

Ῡ = σ.I           (1)

Onde:

- σ (sigma) é a produtividade social do investimento, ou seja, o acréscimo no produto potencial da economia que resulta da realização de um determinado volume de investimento (I).

Com base no “princípio da demanda efetiva”, o nível de renda e de produção de equilíbrio numa economia fechada e sem governo, é determinado pelo multiplicador Keynesiano, ou seja:[pic 7]

                       Fator da proporcionalidade que mensura quanto uma variável endógena         muda em resposta a uma variável exógena.   PS: “Falácia Keynesiana” (Mises).[pic 8][pic 9]

        (2)[pic 10]

 Considerando s a propensão marginal a poupar e que o ponto de partida da economia é uma situação de plena utilização da capacidade produtiva, ou seja:

Y = Ῡ          (3)

Sendo Y = produto e Ῡ = produto potencial

 Diferenciando (3)[1] com respeito ao tempo e substituindo (1) e (2) na equação resultante, obtemos:                          [pic 11]

       (4)[pic 12]

A equação (4) representa a taxa (σs) na qual o investimento deve crescer para que a demanda agregada cresça no mesmo ritmo que a capacidade produtiva, de forma a manter a plena utilização da capacidade produtiva ao longo tempo. Ou seja, se o investimento estiver crescendo a uma taxa igual a σs”, então a demanda agregada criada pelo processo do multiplicador do investimento irá acompanhar o crescimento da capacidade produtiva que resulta das decisões de investimento tomadas pelos empresários. Dessa forma, oferta e demanda agregada estarão se expandindo exatamente no mesmo ritmo e a plena utilização da capacidade produtiva poderá ser sustentada indefinidamente.

 O PRIMEIRO E O SEGUNDO PROBLEMAS DE HARROD

PRESSUPOSTOS DA ECONOMIA MODELO:

a) Um único bem é produzido (bem de consumo ou capital);

b) A poupança planejada é uma função linear da renda agregada (Y), tal como:

                  S = sY               (5)

c) A força do trabalho cresce a uma taxa constante e exógena η (eta), sendo completamente desvinculada de outros componentes do sistema econômico.

d) A tecnologia de produção é do tipo Leontief, com coeficientes fixos, não havendo a possibilidade de substituição entre capital e trabalho. Essa tecnologia pode ser representada por intermédio da seguinte função de produção:

        (6)[pic 13][pic 14]

 Onde: vr é a relação capital-produto requerida (mostra o estoque de capital que é tecnicamente necessário para se produzir uma unidade de produto); e u é o requisito unitário de mão-de-obra (mostra a quantidade de trabalho que é tecnicamente necessária para produzir uma unidade de produto). É conveniente, porém, distinguir entre a relação capital produto efetiva (v) da relação capital – produto requerida (vr). A primeira mostra a relação entre o estoque de capital existente e seu nível de produção em um período, sem avaliar se as firmas possuem ou não o estoque de capital apropriado à esse nível de produção. Nesse contexto, se v > vr, então as firmas possuem mais capital do que o necessário para produção (operam em capacidade ociosa) e vice-versa. Então, temos que:

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