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Adam smith era liberal?

Por:   •  1/9/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.082 Palavras (5 Páginas)  •  634 Visualizações

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Adam Smith, um filósofo moral, tem sido ao longo das gerações colocado no grupo de inspiradores e até fundadores do liberalismo econômico devido às interpretações erroneas de suas obras que atribuem as origens de diversos conceitos contemporaneos.

Costuma-se relacionar Smith e seus postulados com o liberalismo contemporâneo e explicar a acumulação capitalista. De fato, Smith veio a influenciar muitos depois de sua morte, mas não se deve confundir o que ele de fato escreveu e defendeu em vida, num momento historico particular, com autores posteriores que leram Smith com os olhos de outra época.

O grande erro que vem a calhar é a leitura descontextualizada de suas obras e em principal relevancia “A riqueza das nações”.

Em “A Riqueza das Nações” é comum observar ao longo do livro, Adam Smith se “contradizendo” e isso se deve ao seu “método” de análise, Smith analisa a realidade a partir de visões divergentes e então junta seus pensamento (relatos).

Como a obra não é um livro de teoria economica mas sim um livro essencialmente de filosofia moral, é necessário prender-se aos pressupostos que Smith assume para que não haja interpretações erroneas, já que smith relata e associa as análises de como o mundo na inglaterra DEVE ser e não como de fato ele é, mostrando quando a nação se beneficia e quando se prejudica com o objetivo de enriquecê-la (que é a sua grande preocupação na obra: enriquecer a nação).

No liberalismo econômico defende-se que a compreensão sobre o homo economicus se trata de um indivíduo racional que quantifica gastos e gangos e que essa busca maximizadora de satisfação ou lucros levaria ao equilibrio, esse indivíduo seria um agente essencialmente egoista que basea maximizar sua utilidade, reafirmando a crença liberal no mercado que se auto ajusta.

O sujeito que Smith defende nada tem a ver com o homo economicus do liberalismo neoclassico. Um das interpretações erroneas da obra é sobre a explicação da “mao-invisivel” que muitos liberais a usam para explicar, tendenciosamente o sistema liberal, considerando a “mão-invisivel” uma mão-invisivel do mercado.

Em seu livro quarto, no capitulo 2 Smith explica que cada indivíduo tenta ao maximo aplicar seu capital na fomentação da atividade nacional a fim de que seu produto obtenha o maior valor possível, visando sempre seu favorecimento individual, e não o interesse da nação e geralmente ele não tenciona promover o interesse publico nem sabe até que ponto está o promovendo mas por visar favorecimento próprio preferindo fomentar a atividade nacional do que dos outros países, é levado como por uma mão invisível ao promover um objetivo que não fazia parte de suas intenções. Ao perseguir seus interesses próprios, muitas vezes o indivíduo move os interesses da sociedade muito mais eficazmente do que se tivesse esse proposito mesmo. Como a ideia da mão invisivel e também com os fundamentos do livro a Teoria dos Sentimentos Morais em que Smith defende o indivíduo como que possui simpatia ao próximo, mas os homens estão mais dispostos a simpatizar (se colocar no lugar do outro) com a alegria do que com a tristeza, fazendo com que nos faça perseguir a exibir a riqueza, do contrário, temos aversão à pobreza. Então, através dessa mão invisível que a busca pelo interesse próprio pela fortuna conduz algo positivo para a riqueza da sociedade.

Esse indivíduo que Smith mostra em Teoria dos Sentimentos Morais e Riqueza Das Nações é diferente do indivíduo do neoliberalismo. Dessa forma, Smith rejeita a ideia de Mandeviile que diz que ha um egoismo intrínseco nos humanos. Ele não nega o egoísmo, pelo contrário, mas acredita na simpatia como o principal harmonizador das relações humanas. Promovendo seu progresso natural.

Com essa compreensão, é possível ver um dos erros de interpretação da obra Smithiana, quando o homem que é movido pela mão invisivel não é como o homem egoísta de Mandeville nem com os argumentos do indivíduo neoliberal e com essa interpretação erronea acaba gerando uma associação errada da mão invisível.

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