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As Fronteiras da Integração

Por:   •  31/8/2017  •  Artigo  •  2.911 Palavras (12 Páginas)  •  256 Visualizações

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                    FRONTEIRAS DA INTEGRAÇÃO, O BRASIL NO BRICS

                                                                                                                                   

                                                                                                 Kauan da Rocha Bittencourt

                                                                                                 André Barroso Viana

                                                                                                 Julia Bassan Franco

RESUMO

      O presente artigo vai fazer uma análise sobre as principais vantagens da coordenação entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS), integrando processos econômicos e sociais com foco nas trocas comerciais e na formatação de acordos regionais de comércio. As chamadas Cúpulas (encontros anuais realizados entre todos os membros do acordo) serão as bases de estudo para o presente trabalho. Será compreendido na primeira parte deste exercício os tratados realizados em torno destas reuniões e posteriormente os resultados, impactos e cenários que foram apresentados em acordos gerais e principalmente acordos bilaterais que de alguma forma favorecem o Brasil.

  PALAVRAS-CHAVE: BRICS; CÚPULAS; COMÉRCIO; ACORDOS

1. INTRODUÇÃO

        A expressão BRIC surgiu em 2001 defendendo a ideia que Brasil, Rússia, Índia e China, futuramente, seriam grandes economias. A cooperação entre estes países começou, de modo informal, no ano de 2006. A primeira reunião formal dos chanceleres ocorreu no ano de 2008, ao qual o termo BRIC passou a ser usado, não só para identificar quatro economias emergentes, mas para instituir uma nova organização político-diplomática. Desde então, os Chefes de Estado encontram-se anualmente, através de cúpulas, para estabelecer acordos gerais e bilaterais. Com o ingresso da África do Sul no BRIC, na 3ª Cúpula, há a mudança do termo para BRICS.  A criação do bloco entoa o certame por uma nova correlação de forças no arranjo mundial, em que estes países almejam crescer e apropriar-se de mais espaços de poder. A colaboração entre os BRICS, que engloba diversos temas, vem ganhando força, e têm potencial de se tornar um novo grande núcleo de cooperação mundial.

2. CÚPULAS E SEUS ACORDOS

2.1 I cúpula

       A primeira cúpula do BRIC foi realizada no dia 16 de junho de 2009 na cidade de Ecarimburgo, Rússia. Teve como foco de discussão a situação econômica mundial da época, que era um momento pós-crise econômica, assim como outros assuntos importantes para o desenvolvimento do mundo e a ideia de aumento das relações do BRICS.

       Foi ressaltado na reunião a importância do G-20 para resolver a crise financeira que abalava o mundo em 2009, a necessidade de pôr mais representação dos países emergentes e em desenvolvimento em instituições financeiras, bem como a importância de investimentos estrangeiros e comercio internacional para concertar a economia mundial. Por conta do maior impacto causado nos países economicamente menores, foi discutida a necessidade de providenciar recursos para esses países e a importância de manter o desenvolvimento mundial. O terrorismo em todas as suas representações foi condenado.

       O meio ambiente e a sustentabilidade, bem como a eficiência enérgica tiveram espaço na reunião e foi decidido cooperação nas áreas de energia, redução dos riscos de desastres naturais, proteção do clima, assistência comunitária, ciência e educação. Foi decidido que a relação dos membros do BRIC é importante não só para os países em questão, mas também para o mundo. Os países também discutiram sobre a ineficiência da ONU e a necessidade de uma reforma e o crescimento da importância do Brasil e da Índia dentro deste grupo.

2.2 II cúpula

        A Segunda cúpula do BRIC se reuniu em Brasília nos dias 15 e 16 de abril de 2010 para discutir assuntos da agenda internacional, bem como medidas concretas para avançar na cooperação e coordenação dentro do BRIC. Tendo como uma das principais questões a serem discutidas, o tema “cooperação energética”, devido à crescente demanda por petróleo, sendo a maior parte por busca da China. O até então presidente Brasileiro Luís Inácio Lula da Silva juntamente com o líder chinês Hu Jintao anunciaram um acordo de venda de 200 mil barris de petróleo diários; também foram acordados que a empresa brasileira LLX, e a estatal chinesa WISCO deveriam construir um gigantesco complexo siderúrgico no Rio de Janeiro.

         

       Outra Pauta relevante abordada no encontro foi a de infraestrutura e agronegócio, tendo enfoque maior nos setores rodoviários e fluviais das Nações envolvidas. A Rússia seguido de Brasil e China anunciaram uma série de acordos para melhorias de rodovias, ferrovias, hidrovias e aeroportos que realçariam as demandas de suas respectivas estruturas urbanas. Já no setor agronômico foram criadas diversas medidas para uma maior troca de informações impulsionando um intercambio cooperativo que diminuiria os preços dos alimentos, sendo que assim as nações que compunham o BRIC sairiam fortalecidas num âmbito global.

       Para o encarte de encerramento, os quatro países sugeriram um viçoso sistema de votação no Banco Mundial, também quanto a reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontada na última reunião do G20.

2.3 III cúpula

       Realizada no dia 14 de abril de 2011, em Sanya (China), a 3ª cúpula do BRICS tem como principal tema "Visão Ampla, Prosperidade Compartilhada",participaram da reunião os presidentes  Luiz Inácio Lula da Silva , Dmitri Medvedev China, Hu Jintao , Jacob Zuma  e o primeiro-ministro Manmohan Singh .

       Durante a conferência foi apontada, entre os líderes do BRICS, um enunciado em que a futura reforma do sistema monetário internacional foi aprovada, ao qual os representantes afirmam ser necessária. Também foi assinado o Plano de Ação, englobando vários objetivos, que impulsiona as bases para a futura cooperação. Verificou-se, inclusive, as operações militares da OTAN na Líbia, que não foram condenados, entretanto, os coordenadores protegem a procura do diálogo para diminuir impasses e controvérsias.

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