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As Teorias de Comércio Internacional Comparadas

Por:   •  23/8/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.244 Palavras (5 Páginas)  •  295 Visualizações

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ALUNO: BRUNO FILETE DE MORAIS

ECONOMIA INTERNACIONAL E COMÉRCIO EXTERIOR I (CSA1415- C01)

PROFESSOR: SERGIO DUARTE DE CASTRO

  1. Teorias de Comércio Internacional Comparadas

A teoria do comércio internacional busca identificar os ganhos com as trocas entre países, seu padrão de comércio, a quantidade de bens comercializada e o nível de preços para os quais esses bens são exportados e importados. A teoria mercantilista sobre essas questões predominou entre os séculos XVI e XVIII, na qual o comércio internacional era visto como fonte de riqueza possibilitada por ganhos derivados de superávits comerciais. Estes, em linguagem contemporânea, implicavam um impulso de crescimento pelo lado da demanda e um acúmulo de reservas internacionais que permitia compatibilizar tal crescimento com a estabilização do câmbio e dos preços. Evidentemente, como a economia global é fechada, o ganho de um país se dava em detrimento dos demais, uma espécie de jogo de soma zero. Essa teoria priorizava assim o bem-estar da própria nação, propondo um governo eficiente e capaz de promover as exportações e impor barreiras comerciais aos produtos estrangeiros (SODERSTEN & REED, 1994; APPLEYARD & FIELD, 1998).

1.1 O PRINCÍPIO DAS VANTAGENS COMPARATIVAS

As principais teorias de comércio internacional baseiam se, em sua maioria, no princípio da vantagem comparativa, ou seja, supõem serem as trocas internacionais de bens o resultado das diferenças entre os países em termos de custos relativos e, consequentemente, de preços relativos. O princípio da vantagem comparativa significa enfocar os determinantes do comércio internacional pelo lado da oferta. Contudo, o papel da demanda foi reconhecido pela escola clássica inglesa na medida em que fatores pelo lado da demanda sejam de importância especial na determinação dos preços relativos.

1.2 A TEORIA RICARDIANA OU O MODELO CLÁSSICO

Na origem do princípio das vantagens comparativas está o modelo Ricardiano de comércio internacional, baseado na teoria clássica do valor trabalho. De acordo com este modelo, os custos comparativos são determinados pela produtividade relativa do trabalho. Variações nessa produtividade entre os países adviriam principalmente de diferenças tecnológicas entre eles. A análise Ricardiana começa com uma crítica ao princípio das vantagens absolutas de Adam Smith, ou seja, de que o comércio internacional seja determinado por diferenças absolutas na produtividade do trabalho. O modelo clássico do comércio internacional é baseado em “Parece-nos, portanto, que um país que possua vantagens consideráveis em maquinaria e qualificação [do trabalho], e que, por isso mesmo, esteja apto à manufatura de bens com muito menos trabalho que seus vizinhos possa, em troca por tais bens, importar uma parte dos cereais necessários ao seu consumo, mesmo que sua terra seja mais fértil e que os cereais pudessem ser cultivados com a utilização de menos trabalho do que no país do qual ele é importado”.

1.3 A TEORIA DE HECKSCHER-OHLIN OU O MODELO NEOCLÁSSICO

Um século após Ricardo ter estabelecido o princípio das vantagens comparativas, Eli Heckscher combinou os “preços dos agentes de produção” com o comércio internacional, seguindo a tradição da escola neoclássica. Parece-nos justificada a inserção, aqui, de uma citação retirada do trabalho pioneiro de Heckscher: “Deve-se enfatizar aqui que o termo “fator de produção” não se refere simplesmente às amplas categorias de terra, capital e trabalho, mas às diferentes qualidades de cada uma destas”. “O número dos fatores de produção, portanto, é praticamente ilimitado”. Neste sentido, a versão simplificada da teoria neoclássica, que termina em modelos do tipo 2x2x2 (dois fatores, dois produtos e dois países) parece se constituir em um rompimento importante com a concepção original de Heckscher sobre os determinantes do comércio. No modelo neoclássico, as diferenças de dotações de fatores entre países é o principal determinante das vantagens comparativas. As diferenças de escassez relativa de fatores de produção afetam os custos relativos e, por conseguinte, os padrões de comércio.

1.4 AS TEORIAS NEOFATORIAIS

As teorias do neofatoriais seguem o modelo Heckscher-Ohlin no sentido de que a vantagem comparativa de um país seria o resultado das diferenças internacionais nas dotações de fatores. Este modelo leva em conta, explicitamente, a influência dos recursos naturais e do “capital humano” como determinantes da vantagem comparativa e do comércio internacional. A influência das diferenças nas dotações de recursos naturais é especialmente importante para que se expliquem os padrões de vantagens comparativas nos produtos intensivos nesses fatores.

1.5 TEORIAS NEOTECNOLÓGICAS

No que respeita à influência da tecnologia no comércio internacional, pode-se mencionar o modelo da “defasagem tecnológica” (technology gap) desenvolvida durante os anos 60. De acordo com esse modelo, o processo de inovação tecnológica gera vantagens comparativas e influencia o padrão de comércio internacional do país. Por um lado, a criação de vantagens tecnológicas específicas em um dado país faz surgir o comércio; por outro, leva os produtores de fora do país (competidores em potencial), a responderem através da imitação à inovação.

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