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Avaliação de atividades relacionadas à responsabilidade social das organizações no plano ético

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Por:   •  22/4/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.206 Palavras (5 Páginas)  •  373 Visualizações

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Resumo

O mundo contemporâneo é marcado por mudanças constantes e velozes. Como conseqüências, aponta-se o aumento da complexidade do ambiente e o baixo grau de previsibilidade das relações intra e inter-organizacionais.

Assim, para fazer face a demandas cada vez mais diferenciadas, as empresas têm procurado dar respostas não apenas aos seus proprietários e clientes, mas também a outros públicos importantes: empregados, concorrentes, fornecedores, meio-ambiente, minorias marginalizadas, em relação a sociedade como um todo. As organizações vêm se conscientizando de que suas atividades produtivas sofrem e geram impactos variados, sendo necessário, portanto, rever relações com os diversos atores sociais.

O objetivo deste artigo é avaliar as atividades ligadas à responsabilidade social das organizações em termos éticos. A pergunta a ser respondida é: “as empresas adotam políticas e práticas de gestão responsáveis socialmente movidas por comprometimento ético com a sociedade ou por um discurso ideológico que viabiliza sua permanência no mercado ? ”

Para respondê-la, foram analisadas bibliografias diversas correlatas aos temas e levantados exemplos de empresas cujas condutas se inserem num contexto de cidadania corporativa. Os resultados obtidos não são homogêneos e sugerem novas investigações.

1. Introdução

As mudanças atuais que geram impactos nas tecnologias gerenciais, na política e também na economia, vêm desafiando pensadores sociais, filósofos, economistas e administradores no sentido de repensarem o sistema econômico vigente. Segundo MASI (1999), os dois grandes modelos econômicos que se confrontaram no século XX não ofereceram soluções para uma sociedade mais justa: o capitalismo demonstrou saber produzir riqueza, mas não distribui-la, enquanto o comunismo demonstrou saber distribui-la, mas não produzi-la.

GIDDENS (2000) também discute a relação de produção e distribuição de riquezas através dos conceitos “fim da natureza” e “fim da tradição”. O “fim da natureza” diz respeito a uma inversão na relação homem-natureza: antes o ser humano preocupava-se com as ações da natureza sobre sua vida, agora ele se preocupa com suas ações sobre a natureza e seus impactos no futuro. O conceito “fim da tradição” é a compreensão dos eventos cotidianos não como um caminho de destino pré-determinado, mas como algo que se constrói diariamente. O mundo pós-natureza e pós-tradição caracteriza-se pelo “risco fabricado”. Este pode ser entendido como o risco inerente de um sistema que busca o progresso e desenvolvimento humano, desconsiderando o determinismo da tradição e da natureza na medida em que homem e instituições são co-responsáveis pelo futuro. Logo, o “risco fabricado” expande-se a quase todas as dimensões da vida humana, incluindo a esfera do trabalho. Desemprego, marginalização, violência urbana constituem-se, nesta perspectiva, riscos fabricados.

Assim, a sociedade industrial criou, direta e indiretamente, vários de seus problemas os quais podem tanto impulsionar o crescimento das economias, como promover sua estagnação e mesmo declínio. Neste momento, a sociedade industrial, formada por organizações capitalistas que são predominantemente geradoras de riqueza e não distribuidoras, confronta-se com suas próprias limitações. Para modernizá-la, promover sua saúde e perpetuação, tornam-se necessários esforços de natureza diferenciada, conjugados com vários tipos de movimentos sociais. GIDDENS (2000) sublinha que, na administração dessas questões, não se pode simplesmente injetar “mais do mesmo”, ou seja, riscos fabricados não serão resolvidos a contento fabricando-se outros novos. Para ele, as limitações e contradições da ordem moderna não podem ser tratadas de uma maneira antiga, unilinear, tradicional. HOBSBAWN (1995) e AKTOUF (1996) comungam nessa perspectiva, afirmando que a construção de um futuro reconhecível não se dará pelo prolongamento do passado ou do presente, pois com essa base fatalmente findará no fracasso. É preciso, portanto, desenvolver novas formas de atuação sobre os problemas atuais.

Como instituições politicamente privilegiadas e que vêm participando ativamente na formação desse contexto, as organizações capitalistas necessitam de “novas” políticas e “novas” respostas às pressões de toda ordem e de toda sociedade. Demandas cada vez mais diferenciadas exigem ações de natureza variada que definirão a essência da organização. Esta, segundo PARSTON (1997), é delineada por suas responsabilidades. Para este autor, resultados de ordem social são eminentemente necessários para a perpetuação da organização nos cenários local e global. A responsabilidade por esse tipo de resultado é duradoura, deve se estender no tempo. Um fracasso no seu atendimento pode ser tão perigoso quanto não conseguir atender às expectativas de acionistas ou clientes (AKTOUF, 1996; PARSTON, 1997; DUARTE & DIAS, 1986).

Nesta perspectiva, as empresas, classificadas como organizações capitalistas, têm também procurado atuar

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