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CHINA DRAGÃO DA ECONOMIA

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Por:   •  12/5/2014  •  Tese  •  2.926 Palavras (12 Páginas)  •  288 Visualizações

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China

A China sempre foi gigante, nos últimos 50 anos passou por um grande progresso econômico. Atualmente, é o país que mais cresce no mundo, com população estimada em 1,3 bilhão de habitantes, e ocupa cerca 9,6 milhões de quilômetros quadrados (são 136 habitantes a cada km2). O crescimento demográfico chinês é acompanhado pelo econômico: há mais de três décadas seu crescimento anual tem alcançado uma média superior a 10% ao ano. A China é considerada a segunda economia do mundo, responsável por movimentar 15% do mercado mundial, ou seja, o gigante não está adormecido, e superar os países que se desenvolveram antes dela e que a obrigaram, dolorosamente, entrar no sistema industrial e urbano contemporâneo", afirma o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Estudos de China e Ásia Pacífico (Ibecap), e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Severino Cabral. A força chinesa, que a torna presente no mundo inteiro, reside em sua cultura milenar, organização social e fortalecimento de seu Estado.

Tendo sido um dos berços da humanidade (achados arqueológicos - como a ossada do Homem de Pequim - atestam a existência de seres humanos em território chinês há aproximadamente 550 mil anos a.C.) e da civilização (os chineses desenvolveram artefatos sofisticados como o papel, a impressão, o papel-moeda, a bússola, a seda, entre outros), a China representa grande parte do pensamento oriental e conta com mais de quatro milênios de História.

Essas duas palavras — dragão e dragar — podem ser consideradas metáforas perfeitas para simbolizar o papel da China no contexto geopolítico e econômico do mundo atual. O Dragão é um símbolo mitológico que congrega os quatro elementos constitutivos do planeta água, ar, fogo e terra. Também é considerado o emblema do Império Chinês, representando a energia masculina e a fertilidade. Além disso, corresponde à quinta criatura do Zodíaco Chinês e, neste sentido, tem como função guardar o Oriente. Simboliza a alvorada, a primavera e a chuva. Já o verbo dragar, tem inúmeros significados como escavar, limpar e, por derivação de sentido, corresponde a engolir, sugar.

Essas duas palavras — dragão e dragar — podem ser consideradas metáforas perfeitas para simbolizar o papel da China no contexto geopolítico e econômico do mundo atual.

Durante o século 20, a China passou por grandes transformações políticas.Em 1911, em substituição ao Império baseado em dinastias, a República da China foi fundada, tendo como líder Sun Yat-sen, do Partido Nacionalista (Kuomitang). O país, então, viveu uma prolongada guerra civil, deflagrada entre nacionalistas e comunistas e, durante a Segunda Grande Guerra, teve seu território ocupado pelo Japão.

Antes da fundação da República Popular da China em 1949, sua economia era baseada na área agrícola, a indústria estava se iniciando e a pobreza se instalava tanto nas áreas urbanas quanto nas rurais. A China adotava um estilo soviético de economia planificada (centralizada), mas com a morte de Mao Tse-Tung (líder revolucionário), os novos governantes começaram a reforma econômica.

Ao fim dessas guerras, ascendeu ao poder o Partido Comunista, liderado por Mao Tsé-tung. Em 1949, sob a influência da recém-declar

ada Guerra Fria, a China foi dividida. De um lado, apoiada pelos Estados Unidos, a República da China, sob a liderança do Partido Nacionalista, cuja capital, Taipei, deslocou-se para a ilha de Taiwan. De outro, a República Popular da China, sob a liderança do Partido Comunista, que estabeleceu sua capital em Pequim.

Com a morte de Mao Tsé-tung, em 1976, o comunista Deng Xiaoping iniciou o processo de abertura da economia, implementando no litoral chinês as Zonas Econômicas Especiais (ZEEs; áreas industriais destinadas a atrair investimentos estrangeiros, contando com subsídios estatais). À medida que as ZEEs tornaram-se bem-sucedidas, expandiram-se para outras regiões do país. A este processo de abertura econômica, o governo chinês denomina "economia socialista de mercado".

Em 1978 Deng Xiaoping privatizou fazendas, eliminando a agricultura coletiva. Privatizou as indústrias estatais consideradas abaixo do desempenho desejável para a época. No ano de 1997 a China substitui o regime socialista, pelo regime capitalista convencional, exercendo um programa intenso de privatização, firmando sua condição de economia globalizada. Em 2001 tornou se membro da OMC (Organização Mundial do Comércio). Atualmente a China possui 70% de suas empresas privatizadas e essa taxa ainda continua em crescimento, com a maior população do mundo e uma economia que há anos vem crescendo num ritmo superior ao da americana, a China representa a maior ameaça à hegemonia global dos Estados Unidos no século 21 a China cresceu 90 vezes tornando-se a economia com maior crescimento global, a uma taxa de 10% ao ano. O PIB atingiu US$ 7,46 trilhões em 2011, colocando a China na posição de segunda maior economia do mundo ficando atrás somente dos Estados Unidos e representando 15% do total mundial, porém PIB per capta ainda é comparado ao de países em desenvolvimento, inclusive inferior ao do Brasil. A China também é credora dos Estados Unidos, a mesma é possuidora de títulos do Tesouro, num valor aproximado de US$ 1,1 trilhão, sendo com isso o maior credor dos Estados Unidos. Se a expansão se mantiver nesse nível, a China deverá ultrapassar os Estados Unidos e se tornar a maior economia do mundo ainda na primeira metade deste século.

"A reforma e a abertura da China podem ser vistas como o fenômeno internacional mais importante ocorrido no terço final do século 20", afirma Cabral. "Ele permitiu que a mais populosa nação do mundo reintegrasse a economia mundial e viabilizasse o processo de globalização econômica e financeira", expõe. Assim, a China se transformou num parceiro econômico extremamente desejado e, desde 2001, pertence à Organização Mundial do Comércio (OMC).

"À primeira vista, a coexistência da abertura e do crescimento econômico com um regime político fechado pode sugerir uma contradição. Entretanto, é justamente nesta fórmula que reside o sucesso da China", relata Veras. "O planejamento e o caráter gradual da abertura têm conferido ao modelo chinês uma imagem de segurança ao mercado.Mão de obra e moeda baratas tornam o preço produto chinês competitivo.

É na inobservância dos direitos humanos que reside um dos mais graves problemas do Estado chinês. A população não é amparada em setores como educação, saúde, direitos

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